A jornada 19 da Fase Regular do Campeonato Nacional da 1ª Divisão terminou no domingo com a vitória muito expressiva do Barcelos sobre o-Sporting num resultado que não se anteciparia mas totalmente justo. O jogo começou, como se poderia esperar, com ambas as equipas a dividir as despesas até que “Alvarinho”, liberto na zona central à entrada da área por ação de Luís Querido que “arrastou” consigo 2 defensores (Matías Platero e Ferran Font), bate André Girão com um remate forte dirigido a meia-altura ao centro da baliza mas que (parece) sofreu um pequeno desvio que surpreendeu o guarda-redes sportinguista. Depois de um período em que “Conti” Acevedo esteve imperial ao impedir todas as investidas de Ferrran Font e “Nolito” Romero num Sporting com uma estratégia definida para uma defesa muito forte e “baixa” e baseada na eficiente ação de André Girão, foi Miguel Rocha que, aos 19 minutos da 1ª parte após uma sucessão de ataques e contra-ataques, atira um “míssil” teleguido ao “esquadro” superior direito da baliza sportinguista que não permitiu a defesa do guarda-redes da seleção nacional. De imediato Paulo Freitas deu ordens aos seus homens para se adiantarem na pista à procura da baliza do Barcelos mas a verdade é que “Conti” estava em dia sim com o apoio total dos postes da sua baliza que pararam, também, alguns remates leoninos. Na 2ª parte o Sporting apresentou uma alteração no seu 5 inicial com a passagem de Henrique Magalhães para o “banco” e a entrada de “Nolito” Romero, o que evidenciava de imediato uma tentativa de “atirar” mais a equipa para o ataque abdicando da estratégia de cariz mais defensivo que tinha adotado na 1ª parte mas, afinal, foi o Barcelos que, logo aos 3 minutos, faz o terceiro golo por Luís Querido na transformação de um penalti com remate muito bem direcionado ao canto superior direito (de novo) da baliza de Girão, sem qualquer hipótese de defender a precisão milimétrica da ação do capitão barcelense. O golo espicaçou os jogadores do Sporting que tomaram conta do jogo e tentaram a procura mais insistente do golo “empurrando” o Barcelos um pouco mais para a sua área mas a verdade é que foi sol de pouca dura e os azuis começaram a beneficiar da quebra emocional que o resultado provocava aos seus adversários materializada em algum desacerto coletivo. Aos 13 minutos da 2ª parte os árbitros assinalam uma falta de João Souto e penalizam o jogador leonino com cartão azul que permitiu a Darío Giménez, na transformação do livre direto, uma ação técnica muito vistosa e de “predestinado” que resultaria no quarto golo do Barcelos. Pouco tempo depois Ferran Font não conseguiu ultrapassar a oposição de “Conti” Acevedo na transformação de um penalti e ainda a recarga de Alessandro Verona, em ações seguras do guarda-redes argentino que até foi uma exceção à regra devido ao pouco trabalho a que foi submetido na 2ª parte mas que permitiu continuar a manter “trancada” a sua baliza e a dar à equipa minhota a confiança que o “zero” transmite. No minuto seguinte Danilo Rampulla “mata” o jogo fazendo o 5-0 numa assistência de Miguel Rocha que aproveitou uma falha ofensivo do Sporting e lançou um rápido contra-ataque que terminou com sucesso total. Logo de seguida o Barcelos comete a sua 10ª falta de equipa e “São Constantino”, impecável e com a ajuda do poste, defende de novo para completar um jogo em que respondeu sem falhas a todas as situações a que foi chamado a intervir, até porque alguns segundos depois Darío Giménez carimba a vitória marcando em nova transformação de livre direto resultante da 10ª falta do Sporting fechando desta forma o resultado em 6-0, números totalmente justos e que pecam, talvez, pela ausência de um golo do Sporting, que seria muito merecido se não fosse… “Conti” Acevedo. Este resultado permite ao Barcelos vantagem no confronto direto entre as duas equipas no caso de empate pontual no final da fase regular, mas só evidencia um dia negativo por parte do Sporting por oposição a um jogo quase sem falhas do Barcelos e provavelmente não se repetirá porque a valia de ambas as equipas é tal e tão equilibrada que estes resultados acontecem em poucas ocasiões durante uma época desportiva. A verdade é que o Sporting perde 2 jogos consecutivos por números muito expressivos (3-7 em casa com o Porto e agora estes 6-0 em Barcelos) que fazem soar a “campainha” ao seu corpo técnico que tem agora 1 mês para elevar os níveis globais da equipa para enfrentar o Play-Off ao seu melhor nível.
Nos outros resultados da jornada 19, o Benfica venceu em Tomar por 3-1 e conseguiu a sua 10ª vitória nos últimos 11 jogos (empatou em São João da Madeira no dia 20 de Janeiro), o Porto venceu também por 6-0 mas na receção ao Parede e no resultado surpresa da ronda a Juventude de Viana foi até Oliveira de Azeméis vencer a Oliveirense por 4-3, com “Rei” Ventura a obter finalmente uma vitória após 7 derrotas consecutivas e 1 empate na última jornada em casa com o Braga. O Valongo venceu em Braga por 3-2 e fortalece a sua posição na tabela com vista ao Play-Off e é 6º classificado com mais 12 pontos do que a equipa que ocupa o primeiro lugar não selecionável para a fase decisiva da época, enquanto a Sanjoanense, na receção ao Marinhense, venceu também pela margem mínima e saiu da zona de despromoção, se bem que com os mesmos pontos do Parede, agora o 12º classificado, primeira posição que implica a descida de divisão. Turquel e Paço de Arcos dividiram pontos num empate a 4 golos que beneficia os da “Linha” e penaliza o “Lanterna Vermelha” que fica agora a 3 pontos do lugar acima na tabela mas ainda com legítimas esperanças porque tem 1 jogo em atraso relativamente ao Marinhense, 13º com 11 pontos, e 2 jogos em atraso relativamente ao grupo que os precedem e que lutam também pela permanência, a saber, Parede, Sanjoanense e Juventude de Viana.
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