Quem vai ser o Campeão Nacional da 1ª Divisão? O Porto tem todas as possibilidades de o fazer, atendendo à estatística no confronto com o Benfica no Dragão Arena (3 vitórias em 3 jogos, 4-3 na jornada 7 da Fase Regular, 5-0 no jogo 1 do Playoff desta época e 9-6 no jogo 3).
Carlos Nicolía pode ser a peça que faltará no xadrez do Benfica e o excesso de palavras (foi mesmo?) de que padeceu no último jogo poderá sair muito caro ao seu clube se, ainda por cima, Lucas Ordoñez não puder jogar… É evidente que o Benfica não é uma equipa qualquer, está a disputar a Final do Campeonato Nacional da 1ª Divisão e os restantes elementos do seu plantel irão, certamente, mostrar que só faz falta quem lá está, ou seja, se Nicolía (e Ordoñez) não estiver(em) disponível(is), não se pode considerar que fazem falta porque Diogo Rafael e seus companheiros têm argumentos suficientes para fazer esquecer os colegas ausentes. O problema é que, se assim for, o cansaço virá ao de cima um pouco mais cedo do que seria de esperar mas também é verdade que é exatamente neste “ponto” que entra em ação a “mão” do treinador e Nuno Resende já provou que estrategicamente sabe colocar as peças, tomando como maior exemplo os 2 jogos disputados no Pavilhão Fidelidade durante este Playoff.
Na minha opinião a chave do sucesso (ou não) do Benfica no 5º jogo está virada para Pedro Henriques e se estiver totalmente concentrado no jogo será um dos maiores entraves à vitória portista e, quem sabe, o primeiro impulso do ataque benfiquista. Pedro Henriques tem sido um esteio da equipa encarnada e mais logo não será diferente.
Vamos agora aos donos da “casa”… Gonçalo Alves foi, é e será sempre a referência do ataque portista e se estiver num daqueles dias “endiabrados” irá marcar pelo menos 2 golos. O “peso” de GAlves na equipa do “dragão” é tal que em Portugal mais nenhum jogador tem tanta influência nos resultados da sua equipa. E para confirmar esta teoria bastará referir os 57 golos já marcados esta época para o Nacional da 1ª Divisão, total que significa exatamente 1/3 dos golos marcados pelo Porto.
Juntemos agora os golos marcados por Carlo Di Benedetto (49 esta época) e concluímos que a dupla marca 55% dos golos da equipa azul, pelo que a ausência da dupla luso-francesa seria bastante mais notada do que a dupla argentina do Benfica se atendermos aos 49% dos golos benfiquistas que marcam. Para além disso, Gonçalo e Carlo são os especialistas de serviço na marcação de bolas paradas do Porto, área em que os “dragões” são os melhores da fase regular do campeonato (48% de sucesso, 30 marcadas em 63 tentativas) em comparação com os 30% do Benfica, a ocupar um baixíssimo 10º lugar entre todas as equipas que participaram na prova inicial (18 marcadas em 60 tentativas).
“Xavi” Barroso, Ezequiel Mena e Telmo Pinto têm sido uns ótimos “wingmen” da dupla Gonçalo Alves/Carlo Di Benedetto mas não podemos JAMAIS esquecer a influência determinante que Reinaldo Garcia e “Rafa” têm na manobra coletiva da equipa portista, verdadeiros pilares da “construção” de um estratégia que assenta em “Xavi” Malián e… Ricardo Ares!
Ao fundo da foto acima, muitos adeptos suspensos das ações super rápidas dos craques, perplexos pela excelência da técnica com que regalam os seus admiradores… É HÓQUEI EM PATINS…! Nunca deixa de nos maravilhar! Vamos a isso, rapazes… Estamos todos a aguardar as 20 Horas para desfrutar de um GRANDE jogo e, espera-se, também, de um grande espetáculo televisivo.
Eu sei que não referi tudo o que devia, que me esqueci de muita coisa e que, provavelmente, haverá sempre quem pensa que o melhor era eu estar quieto… Mas não consigo, mais vale fazer o pouco que sei do que não fazer qualquer referência a este momento único e deixá-lo passar silencioso no “deserto” do quase nulo mediatismo que o Hóquei em Patins tem a nível jornalístico. Reservo qualquer comentário à arbitragem por dois motivos: há sempre gente que achará que são a pior equipa em campo (se a sua equipa perder) e outros haverá que dão o benefício da dúvida aos árbitros e acreditam que são HONESTOS e que falham porque são seres humanos tal como todos nós, só que sujeitos à enorme pressão de decidir em milésimos de segundo… O meu RESPEITO para com Joaquim Pinto e Pedro Figueiredo que irão, certamente, fazer o que melhor sabem esperando que os jogadores cooperem para bem da modalidade.
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