20 Milhões


Contrariamente ao que tínhamos previamente combinado, este fim de semana não vamos estar juntos na nossa sala.

Depois de três dias de muito trabalho, cheguei ao final do Inter-Regiões muito cansado.

Na segunda-feira estava bem pior e depois de vários esfreganços com a zaragatoa, confirmou-se a desconfiança.

O Covid tinha-me apanhado, normal quando as máscaras já entraram de férias.

Enquanto esperava que o Zoom permitisse a nossa reunião, fui espreitar o site, a forma carinhosa como o tratamos. O hoqueipatins.pt já ultrapassou os 20.000.000 de visitantes, fruto do trabalho de um pequeno grupo que quer que o hóquei em patins seja uma modalidade ainda maior.

“Estás aí Tio?”, ouvi uma voz que chegava através das colunas do portátil.

“Liga a câmara”, pediu a RODINHAS.

“Já está, tinha-me esquecido desse pormenor. Olá juventude”, saudei eu, enquanto no monitor surgiram os três, que me mandavam abraços e beijos.

“Estás melhor?”, perguntou o OLHA.

“Vou melhorando a cada dia que passa, mas este bicho é uma gripe das chatas. Mas já recuperei o apetite e até já bebo uma jola”.

“Ah, estão estás quase bom”, riu-se o ALÉU.

“Hoje estamos à distância, mas amanhã já podemos estar na nossa sala, pois é o último dia de isolamento, segundo as novas regras em vigor. Vamos fazer um balanço como fizemos em Bragança, agora de manhã, falando de alguns assuntos fora da prova e mais logo com aquela análise, semelhante à da prova masculina. O que acham?”.

“Já tínhamos falado sobre isso e até já fizemos o trabalho de casa, que vai ser parecido com o de há um mês e com os mesmos autores”, explicou o OLHA.

“Muito bem, estou de acordo”, confirmei eu. “Vamos lá a um destaque para cada um de vocês”.

“O que gostei mais foi da praia”, gritou a RODINHAS.

“Aliás nota-se, pois já tens um belo bronze”, confirmei. “Espero que tenhas colocado protetor solar”.

“Claro que sim. Só lá estive um bocadinho, mas a água estava fria, além da disponibilidade não ter dado para mais”.

“Para mim o melhor foi pudermos almoçar e jantar todos os dias”, avançou o ALÉU. “Apesar do Tio ter que pagar os sumos à parte”, gozou ele.

“Bem, eu fiquei fã da equipa do Bar do pavilhão”, começou o OLHA “Que gente tão cinco estrelas. Sempre bem-dispostos, a equipa da Simone e do Luís Coelho transformaram os momentos entre os jogos numa verdadeira montanha de boa disposição”.

“Já para não falar do choco frito da Paula”, brinquei eu. “Bem, esticámo-nos no tempo e já não temos espaço para muito mais. A minha proposta é fazermos o balanço da prova de Sesimbra amanhã. Sobre os jogos, até ao final das Crónicas nesta época, cada um de nós vai olhar para uma partida, como já fazíamos ao domingo. Estão de acordo?”.

“Achamos muito bem”, confirmaram os três, enquanto que desapareciam do monitor.

Para chegarmos ao GPS de hoje temos que apanhar um voo aéreo, ou caso tenha muito tempo, pode ir de barco até à ilha da Madeira.

Lá vamos encontrar o Clube Desportivo São Roque clube criado em 1979.

O clube está situado no município do Funchal, freguesia de São Roque que nos últimos dez anos perdeu 11% da sua população, que nesta altura regista 8350 habitantes.

Já se sabe que quando chegamos de uma viagem longa, o apetite está em alta, cuja solução pode ser resolvida no Restaurante Miradouro, onde, segundo consta, a vista é excelente e a comida também.

O último PALPITE DO TIO foi para o Murches vs Oeiras, onde palpitei na vitória (4-2) dos da casa, mas foi ao lado, pois os pupilos de José Carlos Califórnia venceram (3-5), sendo que em relação aos marcadores acertei no Paolo Dias, Gonçalo Suissas e Miguel Fortunato, três em quatro para minimizar a aposta errónea.

Para amanhã o PALPITE DO TIO – a precisar de revitalização – vai para uma partida do nacional de sub-15 na Aldeia do Hóquei. O Turquel recebe o Benfica e o meu feeling vai para uma vitória dos encarnados (2-5), golos de José Filipe, Simão Seara, Diogo Duarte e Santiago Honório.

Para não me apanharem desprevenido, liguei o portátil mais cedo e com tudo ligado no Zoom.

Enquanto eles não chegavam, fui recordando mentalmente alguns dos contactos que tive em Sesimbra.

Enche-me de orgulho os elogios que fui ouvindo, entre aqueles que gostam das Crónicas, um cachecol que chegou de Arazede – onde já foi muito feliz – em forma de reconhecimento do trabalho do site, até ao senhor que me pediu um minuto para informar que tinha trocado durante um jogo o nome de uma das guarda-redes da AP Porto, mas com uma educação que devia servir de exemplo para todos.

Pelo canto do olho vi-os chegar.

“Boa noite juventude”.

“Boa noite Tio”, responderam os três em coro.

“Está tudo em forma?”.

“Sim, Tio. Até tivemos tempo para dar um pulinho à praia, tomei-lhe o gosto depois de Sesimbra e eles foram comigo”, explicou a RODINHAS.

“Que desperdício de tempo. Bem, vocês já sabem a minha opinião sobre esse tema … se estiverem de acordo começo eu a nossa visão sobre um jogo. Eu estive muito atento à meia-final portuguesa da Liga Europeia, que se realizou esta manhã em Torres Novas, no Palácio dos Desportos. Foi um jogo de incertezas atá ao último segundo, mas eu andei à procura de saber quem era a Helena Sentieiro”.

“Jogava em que equipa?”, perguntou O ALÉU.

“Em nenhuma, claro. A prova feminina foi em Sesimbra. É o nome do pavilhão, recentemente batizado com o nome de uma professora de Educação Física, que apesar de um acidente a ter deixado numa cadeira de rodas, conseguiu levar o andebol feminino local ao título nacional”.

“Extraordinário”, assentiu a RODINHAS. “Aproveito a boleia e avanço para o meu jogo que se realizou no Zeca Carmo e João Lota”.

“Isso é aonde?”, questionou o OLHA.

“Em Alenquer, mas não estejas à espera que eu faça como o Tio, se queres saber mais vai ao Dr. Google. Por lá tivemos aquilo a que eu chamo muita pressa. Muito antes do intervalo já o jogo estava resolvido e a rapaziada do Seixal desceu de divisão”.

“Agora chegou a minha vez”, afirmou o ALÉU. “Uma verdadeira final aconteceu em Famalicão, mas nem quero saber o nome do pavilhão. No fim tivemos a festa prometida com a equipa da casa a regressar à 1ª divisão”.

“Ora só falta o OLHA. Anda lá com isso!”.

“A mim calhou-me um derby de sub-17, e antes que me perguntem, foi no Gimnodesportivo de Sacavém. Num jogo com poucos golos, Tiago Duarte desequilibrou para o lado dos encarnados quando o relógio se preparava para dar as últimas do jogo”.

“Agenda encerrada. Amanhã estamos de regresso e na nossa sala”.

“Até amanhã Tio”, enquanto um clique deixou o ecrã sem ninguém.

No FORA DO RINQUE de hoje temos uma jovem, que além de ser simpática, joga que se farta, no último Inter-Regiões feminino fez parte do cinco ideal e foi a melhor marcadora da prova.

Nome Completo: Leonor Neto Coelho

Clube atual: Hóquei Clube de Turquel

Alcunha (se tiver): Não tenho

Idade: 15 anos

Local de Nascimento: Caldas da Rainha

Clube estrangeiro futebol: Bayern Munique

Jogador português futebol: Bruno Fernandes

Jogador estrangeiro futebol: Robert Lewandowski

Jogador de outra modalidade, português ou estrangeiro: Não tenho

Prato: Lasanha

Sobremesa: Serradura

Bebida: Água

Filme: Não tenho

Ator: Não tenho

Atriz: Não tenho

Série televisiva: Brooklyn 99

Livro: Não tenho

Cidade portuguesa: Coimbra

Cidade estrangeira: Paris

Animais de estimação: Cão

Jogo de computador/consola: Não tenho

Hobbies: Jogar padel, ouvir música

Outra modalidade desportiva, se não fosse o hóquei: Futsal

Aquele momento ou jogo, de hóquei, que nunca vais esquecer: O momento mais marcante posso dizer que foi a minha estreia na equipa sénior, na primeira divisão nacional, contra o OC Barcelos.

Há jogos que marcam a carreira de um jogador.

O de hoje, acredito, será um deles.

Para o Nuno Silva (Famalicense) vai O VELHO de hoje.

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