A 2ª jornada da WSE Champions League decorreu ontem à noite com 8 jogo, 2 em cada um dos 4 grupos da competição. Vitórias e Sporting e Barcelos no Grupo “D”, empates de Benfica e Oliveirense no Grupo “A” e Porto no Grupo “B” e derrota do Valongo no Grupo “C” frente ao super-poderoso Barça de Hélder Nunes e João Rodrigues que, a favor da verdade, teve um sabor a vitória… já explico porquê!
Comecemos pelo Grupo “D” no qual o Sporting fez valor o seu estatuto e plantel e acabou por vencer por margem bem dilatada o SCRA St. Omer, campeão francês e dominador do hóquei gaulês das últimas épocas. Os “leões” começaram bem o jogo e chegaram à vantagem de 2-0 para depois a reação natural do SCRA dar frutos ao atingir o empate a 2 golos já no início da 2ª parte. Os franceses solicitaram, então, um “Timeout” que acabou por se revelar mais recompensador para o Sporting que carregou no acelerador e chegou ao 6-2 em pouco mais de 7 minutos para terminar o jogo num confortável 7-3 conseguido em terras gaulesas. O Barcelos tinha tarefa mais complicada na receção ao Reus, 4º classificado da OK Liga, mas a verdade é que uma primeira parte exemplar trouxe a vantagem por 2 golos ao intervalo com golos de “Alvarinho” e Miguel Rocha e se o golo de Diego Rojas para o Reus aos 3 minutos da 2ª parte ainda assustaram, “Alvarinho” tratou do “assunto” ao minuto 8 para depois o Barcelos limitar gastos e acabar o jogo com merecida vitória sobre uma das melhores equipas espanholas.
No Grupo “A” onde pontificam Oliveirense e Benfica, dois empates selaram os encontros da noite com os “águias” a conseguirem vantagem de 2 golos por intermédio de Lucas Ordoñez e “Pablito” Álvarez (LD) para depois a reação do Liceo levar o jogo para 3-2 para os da casa (Bruno Di Benedetto, César Carballeira e Aléx Rodríguez) e a 5 minutos do final Nil Roca fechar o marcador no Riazor. Em Calafell, num jogo muito disputado e sem golos de bola corrida, a Oliveirense tomou a dianteira por Tomás Pereira a transformar um penalti com 8 minutos de jogo e Martí Casas selou o resultado final com um livre direto a penalizar a 10ª falta da Oliveirense a 8 minutos do final da partida. Penso que, com mais ou menos dificuldades, as equipas portuguesas vão acabar por se apurar sem grandes dores de cabeça.
No Grupo “C”, o Valongo recebeu o todo-poderoso Barça, multi-campeão da OK Liga e da Liga dos Campeões, líder incontestado do campeonato espanhol desta época (7 pontos de avanço sobre o 2º classificado, com 16 vitórias, 1 empate e sem conhecer a derrota, ainda) e aqueles que viram o jogo ficariam com a ideia de que estávamos a ver 2 das melhores equipas do mundo, tal a réplica que o Valongo deu ao multi-milionário clube espanhol. A verdade, verdadinha, é que Edo Bosch está a fazer um fantástico trabalho com uma equipa formada na sua maioria por jovens, já que 8 dos 10 convocados têm 23 anos ou menos e só Nuno Santos (26) e “Xico” Silva (32) apresentam idade superior aos 23. Edo transformou este grupo de jovens já de si muito aguerridos e de tremenda qualidade numa equipa fabulosa, adulta, com a noção da necessidade de impor ritmos diferente ao jogo consoante as circunstâncias, totalmente conhecedores dos princípios defensivos que permitem às equipas lutar por títulos e adicionou, se possível, ainda mais “garra” ao conjunto, tornando esta equipa TEMÍVEL em qualquer pavilhão e contra qualquer adversário… Confesso que adorei o jogo que o Valongo realizou contra o Barcelona e penso mesmo que, se o 4-4 a 1 minuto do fim tem “entrado”, o empate seria o resultado final, e que justo seria. Obviamente sou português e posso ter a visão “obliqua” mas é indesmentível a qualidade do conjunto de Edo Bosch, que se está a transformar num treinador de grande qualidade… Brincando (com todo o respeito) com a analogia das palavras, diria que uma coisa é fazer omeletes com ovos “caros”, outra coisa é ir ao “nosso quintal” buscar ovos “frescos” e sair uma omelete tão boa (ou melhor, se considerarmos o potencial desta equipa) do que as “muito caras” que andam por esta Europa fora. Parabéns, jovens do Valongo (sim, “Xico”, TAMBÉM ÉS JOVEM!!!!), parabéns Edo, parabéns Valongo por este exemplo de FORMAR e COMPETIR ao mais alto nível com o “produto” do vosso trabalho. E o futuro próximo é risonho porque me parece que este Valongo, se não perder identidade, tem todas as possibilidades de vencer quer Lodi (já o fez em Itália) quer Forte para se apurar com o Barça para os Quartos de Final. E para terminar, convido-vos a ver o golo de Miguel Moura aos 13 minutos da 1ª parte, um “mimo” de técnica, beleza e personalidade. No outro jogo da jornada, o Forte dei Marmi venceu o Lodi num (já habitual) emotivo clássico italiano.
Finalmente no Grupo “D”, o Porto foi a Noia defrontar uma super-equipa (que bem que joga este Noia de Jordi Bargalló), muito aguerrida (às vezes demais) desfalcada de Gonçalo Alves e a sua falta tem mesmo de se fazer sentir, ainda mais neste jogos de alto nível em que se decide um título europeu. O zero-zero aceita-se pelo que ambas as equipas fizeram e o Porto tem agora 2 jogos com o Sarzana para se recompor e atacar as 2 jornadas finais já à frente do grupo e com todas as hipóteses de vencer o restantes jogos. O Trissino de João Pinto “Mustang” só enfrentou dificuldades até aos 15 minutos, apesar de o jogo ter sido, todo ele, extremamente disputado e cheio de quezílias, porque Giulio Cocco (ex-Porto), João Pinto e Jordi Méndez encarregaram-se de por “ordem” na casa e ganhar confortavelmente um desafio que esteve muito complicado para os da casa.
