Mais logo vamos certamente assistir pelo Porto Canal, FC Porto TV e FPP TV a um dos mais emocionantes jogos da época, um jogo de “Mata-Mata”, como alguém gostava de dizer, mas que tem mais “mata” para os azuis porque se perderem no jogo que começa mais logo pelas 20 horas, terminarão a época desportiva sem atingir o objetivo principal (depois do título europeu, bem vistas as coisas), enquanto os encarnados terão, a exemplo do Porto (se vencer) outra oportunidade para decidir a eliminatória no dia 4 no Pavilhão Fidelidade. Vejamos qual o contexto em que tudo irá acontecer mais logo neste jogo importantíssimo do Playoff do Campeonato Placard:
Como podemos constatar pelo quadro acima (referente somente aos jogos do Playoff) os últimos 3 resultados verificados terminaram com vantagem para o Benfica, que venceu 2 daqueles jogos e perdeu o outro, mas a questão é que, à medida que as “coisas” se aproximam do fim começam a vir ao de cima as características que “não se vêm”… Mais logo a tenacidade, a entrega, a inteligência competitiva, a oportunidade e a frieza emocional vão ser fatores muito mais importantes do que a técnica, a estratégia ou até mesmo a força física.
Vamos começar por conferir o caminho de cada equipa até esta “final”, com a certeza de que neste momento só mesmo uma equipa ocupa já o seu lugar na Final real, o Sporting vencedor da Semi-Final com o Barcelos:
Lembrei-me que seria uma ótima ideia começarmos por ver os resumos dos 3 jogos anteriores, como forma de abrir o “apetite” para o jogo de logo à noite:
Pablo Álvarez tem sido super-eficiente nesta ponta final da temporada, qual fénix renascida de um longa carreira que não quer ver esquecida pelos fãs da modalidade e que quer provar que quem é BOM, é sempre BOM, independentemente da equipa em que joga, chame-se ela Barça ou Benfica, qual deles o maior colosso!! “Pablito” está, de facto, numa forma inacreditável, sempre no sítio certo dentro da área, sempre oportuno na forma como finaliza e, principalmente, super motivado, muito bem acompanhado por alguém que lhe quer seguir as pisadas e que tem tudo para o conseguir, visto que todos concordamos (ou não!!) que Gonçalo Pinto, um jogador de características semelhantes à de Álvarez (dentro da área), pode garantir o futuro do oportunismo do ataque benfiquista por muitos anos. Mas seria extremamente injusto esquecer Lucas Ordóñez, aquele que substituiu (na minha opinião) um desgastado Nicolía na “motorização” da equipa encarnada, muito bem acompanhado por “Roby” Di Benedetto e Diogo Rafael, “este” Lucas Ordóñez tem sido a grande mola impulsionadora do jogo atacante do Benfica e mantém intactas as qualidades que motivaram o clube lisboeta a ir “buscá-lo” ao Barça. Outro originário da mesma árvore onde “nasceram” também Lucas e “Pablito”, Nil Roca tem sido uma grata surpresa, merecendo completamente a confiança que motivou os dirigentes do Benfica a “pescar” no Barcelona e como para o fim fica sempre guardado o melhor bocado, este Benfica assenta todo o seu poderio técnico-tático num guarda-redes muito seguro, que falha pouquíssimas vezes e em que os companheiros confiam totalmente, dando ao grupo a sensação de imbatível. O Benfica neste Playoff sofreu apenas 13 golos e 5 deles pelo Braga.
Gonçalo Alves tem sido, há já algumas épocas, a “arma” mais poderosa e eficiente que o Porto possui mas qualquer adversário que subestime Carlo Di Benedetto comete o maior pecado mortal possível, porque eles os dois são os mais perigosos jogadores azuis em frente às balizas adversárias e são o “armamento bélico mais pesado” que o Porto possui no momento, sendo ambos responsáveis por 13 dos 22 golos que o Porto já marcou neste Playoff, Se atendermos ainda a que na fase regular ambos marcaram 72 golos dos 130 que o Porto conseguiu, percebemos então que um jogo em que GAlves e Carlo não estejam “bem”, será sempre um jogo muito complicado para o Porto vencer. A acompanhar “estes dois”, o Porto apresenta armas muito importantes e eficientes, e se a nova geração (Mena e “Xavi”) já não deixa dúvidas a ninguém do seu valor e importância para a movimentação estratégica do Porto, ninguém coloque “fora da carroça” um Reinaldo Garcia que, tal como o Vinho do Porto, quanto mais velho, mais guerreiro e importante, continuando a transmitir para dentro da pista uma vontade e crença indomáveis sendo, para mim, um exemplo de abnegação, entrega e qualidade como poucos, aquele em que Ricardo Ares coloca toda a confiança quando as coisas abanam em demasia. Obviamente que não se pode falar do Porto sem mencionar a importância que “Rafa” tem nos seus movimentos dentro da área adversária mas também na área da sua própria equipa convenhamos que o Porto tem em “Mali” um dos melhores guarda-redes do mundo, tendo tido uma importância extraordinária em alguns jogos no passado recente em que teve grande responsabilidade nos resultados positivos que a sua equipa conseguiu. “Xavi” Malián é um esteio, é uma “peça” super-importante neste Porto e se estiver “bem”, será poucas vezes ultrapassado, necessitando para isso do apoio completo da sua equipa avançada, que sozinho ninguém consegue milagres. Que me desculpem Roc e Barata mas quero ainda referir a “formiguinha” desta equipa portista, um jogador que não ressalta à vista desarmada mas é um trabalhador incansável e um homem que merece toda a confiança de Ricardo Ares: Telmo Pinto continua a ser um jogador de enorme qualidade, “material” de seleção nacional e um homem que deixa os companheiros descansados quando têm de sair para dar lugar a este “craque”.
Para não tornar muito comprido este meu escrito, apresento abaixo os valores relativos ao Playoff da estatística das Bolas Paradas, quer na tentativa de os transformar no ataque quer também relativo à eficiência com que os guarda-redes os defendem:
O Porto é a equipa mais eficiente a transformar com sucesso as Bolas Paradas de que dispõe e se vos disser que tem tido melhor taxa de sucesso na marcação de Livres Diretos do que em Penaltis (consulte o quadro completo seguindo a ligação apensa ao quadro acima), podemos não acreditar, mas é verdade, tal a eficiência que Carlo e Gonçalo conseguem. O Benfica, por sua vez, só conseguiu transformar 1 livre direto em sete tentativas e nenhum dos 2 penaltis de que dispôs, apresentando números (11% de sucesso) muito pouco condizentes com o seu estatuto… mesmo assim com melhor resultado do que outras equipas, mais eficazes mas já eliminados, enquanto o Benfica continua na prova!!!!! E um dos fatores que pode ter ajudado a esta permanência pode ser também porque na defesa das bolas paradas Pedro Henriques só tenha sofrido 2 das 6 tentativas adversárias, ambos de livre direto, porque em penaltis está imbatível neste Playoff. Mas, atenção, o seu adversário de hoje não está muito pior, já que somente permitiu 3 golos de Bola Parada, 2 de livre direto e 1 de penalti.
Em relação às Faltas de Equipa verificamos que Benfica e Porto, em média, não fazem mais de 9 por jogo e, por conseguinte, não é de esperar que mais logo a decisão do jogo passe pelas faltas cometidas. O Benfica só por uma vez (em 5 jogos) ultrapassou as 10 faltas (exatamente 14 no 2º jogo com o Porto) enquanto o Porto já por 3 vezes chegou às 10 faltas (em 6 jogos, 2 deles contra o Benfica). Terão mais logo as faltas de equipa uma subida drástica? Não seria de estranhar!
Para saber tudo sobre o Playoff do Campeonato Placard siga as ligações abaixo:
