(27/04/2024) Penso que todos nós temos empatias diferentes sobre os diversos meios de transporte.
Muitos não gostam, nunca viajaram e nunca vão entrar dentro de um avião, apesar de ser o meio mais seguro para o fazer, mas cá para mim, aqueles que andam dentro de água é que me deixam desconfiado.
Talvez seja pelo facto de não saber nadar, no entanto não sou radical ao ponto de não os utilizar, pois já viajei várias vezes em barcos, o meu primeiro emprego até foi numa empresa de construção e reparação naval, mas não sou grande fã deste meio de ir e vir.
Eu sei que somos um país de navegadores, que descobrimos os quatro cantos do Mundo, mas não devo ter como descendente nenhum deles, como por exemplo Fernão de Magalhães, ele que morreu há 503 anos quando participava na primeira viagem de circum-navegação.
O navegador português partiu a 20 de setembro de 1519 naquela que seria a mais longa viagem marítima alguma vez realizada, sendo o comandante de uma frota de cinco navios que se propunha atingir as ilhas Molucas, navegando pelo ocidente, ao serviço do rei de Castela, D. Carlos V.
Após a difícil travessia do Oceano Pacífico, durante mais de 3 meses e com os mantimentos e água reduzidos ao mínimo, Magalhães chegou às Filipinas a 17 de março de 1521, com três dos cinco navios que partiram, as naus Concepcion, Trinidad e Victoria.
Numa tentativa de criar aliados e estabelecer igualmente bases de apoio para futuras viagens, encontrou apoio na ilha de Cebu, onde chegou a 7 de abril, estabeleceu boas ligações com o governante local e, entrando assim no xadrez político da região, concordou em levar a cabo uma investida militar contra o seu inimigo, Lapu Lapu, governante da ilha vizinha de Mactan, mas em inferioridade numérica, Fernão de Magalhães acabou por perder a vida no combate a 27 de abril.
Juan Sebastián Elcano acabaria por tomar o comando da expedição, apenas com a nau Victoria, navegando pelo ocidente e completando a primeira circum-navegação a 6 de setembro de 1521, quando chegou a Sanlúcar de Barrameda.
Retirados os pés de dentro de água, está na altura de ir receber os meus analistas do hóquei.
“Bom dia Tio”.
“Muito bom dia juventude. Que tal correu esta semana?”.
“Uma maravilha, um dia sem aulas e festejámos os cinquenta anos do 25 de abril”, gritaram eles, atropelando-se uns aos outros.
“Fizeram muito bem, temos que estimar os valores da democracia, pois anda por aí muita gente com saudades de um ditador”.
“Pois foi, também li que há muitos que gostavam de um líder forte e que não precisasse de eleições”, explicou o OLHA.
“Bem deixemos essas nuvens negras, para vos confessar que estive a fazer uma reflexão sobre meios de transporte, li umas coisas e agora deixo-vos uma pergunta. Qual é o mais seguro?”.
“Acho que é o avião”, afirmou a RODINHAS.
“Talvez seja o autocarro”, arriscou o ALÉU.
“Eu também acho que é o avião”, concordou o OLHA.
“Pois é, eu também iria para o avião, mas segundo um estudo de 2021 realizado por uma revista norte-americana, o meio mais seguro é o elevador”.
“O elevador!?” exclamaram os três com um ar de indignação.
“Verdade, eles consideraram que se trata de um meio de transporte, o segundo é o avião, enquanto que o autocarro é o mais seguro dos que circulam em vias terrestres”.
“Não me vou esquecer dessa do elevador”, riu-se a RODINHAS.
“E quem tem medo deles?”.
“Nós, já falamos sobre isso e não gostamos muito de andar de avião”, confirmaram a RODINHAS e o ALÉU.
“Eu, se puder evitar, deixo o barco para última opção”, explicou o OLHA.
“Eu estou contigo, não dou grande confiança a transportes que andam nas ondas do mar”, ri-me eu. “Depois de confessarmos os nossos medos, vamos lá ao Plano de Festas para esta semana, que vai ser da autoria da RODINHAS, ou seja, demos a primeira volta, pois foste tu que começou neste regime rotativo”.
“Verdade. Este fim de semana o AMAGADINHO está de folga, mas o Tio vai ficar com a Taça de Portugal, a Segundona, que neste fim de semana tem menos jogos, fica por conta do OLHA, a Terceirona vai ser a praia do ALÉU, enquanto que eu vou lidar com a Liga dos Campeões feminina. Antes de terminar, vamos lá saber a ementa para o sábado em Oriola”, finalizou ela com esta pergunta habitual e uma enorme gargalhada.
“Hoje vamos celebrar o cinquentenário da Marta, uma antiga colega de trabalho da Princesa, vem uma dezena de amigos e vamos almoçar e apagar as velas no Camponês”.
“Um beijo para ela, um abraço ao Tio e até terça-feira”, despediram-se eles.
“Adeus juventude, o vosso beijo será entregue”.
Eles saíram da minha vista e eu vou à procura do almoço que vai ser uma grande festa.
Nasceu num Principado, bom a defender grandes penalidades, tem uma alcunha que se confunde com o apelido e no Dia do Trabalhador está no FORA DO RINQUE.
Nome completo: Fernando Pedro Falacho
Clube atual: Juventude Azeitonense
Alcunha: Falacho
Idade: 28 anos
Local de nascimento: Vaduz (Liechtenstein)
Clube estrangeiro futebol: Manchester City
Jogador português futebol: Bernardo Silva
Jogador estrangeiro futebol: Viktor Gyökeres
Jogador de outra modalidade, português ou estrangeiro: Ângelo Girão
Prato: Massa Carbonara
Sobremesa: Brigadeiro
Bebida: Guaraná
Filme: Velocidade Furiosa
Ator: Não tenho
Atriz: Não tenho
Série televisiva: Não tenho
Livro: Mindset
Cidade portuguesa: Quinta do Conde
Cidade estrangeira: Leipzig
Animais de estimação: Três cães, todos rafeiros, Unde, Ice e Shandon
Jogos de computador: League of Legends, Valorant, Helldivers2
Hobbies: Ginásio, jogar computador e praticar airsoft
Outra modalidade desportiva, se não fosse hóquei: Futsal
Aquele momento ou jogo, de hóquei, que nunca vais esquecer: Foi num torneio de Sesimbra, joguei contra o Sporting e que o jogo ficou 0-0, tanto no tempo regular, como no tempo extra. Fomos ganhar nos penáltis, eu não sofri nenhum, o que nos levou a ganhar o torneio com uma casa cheia.
(30/04/2024) Nos trezentos e sessenta e cinco dias do ano, mais um quando é bissexto, como este que decorre, há sempre alguns que são mais marcantes, como por exemplo este 30 de abril.
Foi há 35 anos que eu e a minha Princesa arrancámos para esta longa maratona, sem fim à vista, muito por força desta cumplicidade entre nós, uma forte união alicerçada na capacidade de fazermos cedências, cimento fundamental para uma relação duradoura.
Conhecendo a importância deste dia para nós, há 12 anos a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) criou nesta data o Dia Internacional do Jazz, anunciado pelo pianista e embaixador da boa vontade da UNESCO, Herbie Hancock.
A comemoração tem como objetivo lembrar a importância deste género musical e o seu contributo na promoção de diferentes culturas e povos ao longo da história, estilo musical associado à luta pela liberdade e à abolição da escravatura.
Para promover este Dia decorrem vários concertos de jazz, promovidos por escolas, grupos e músicos, com o intuito de apresentar à população este género musical, um estilo musical que apela à criatividade e à improvisação, que teve origem nos Estados Unidos da América, através da comunidade afro-americana no século XIX, tendo-se popularizado nas primeiras décadas do século XX, sendo New Orleans reconhecida como a cidade onde nasceu o jazz.
O portátil começou a dar sinais de vida, com três janelas e três cabeças a surgirem de seguida.
“Boa noite Tio, muitos parabéns!”, exclamaram eles.
“Boa noite juventude…, muito obrigado. Como sabiam que hoje é um dia importante para mim?”.
“Porque temos apontado no telemóvel para não nos esquecermos”, riu-se o OLHA.
“Até sabemos que faz hoje 35 anos que começou esse vosso grande amor”, brincou a RODINHAS.
“Vê lá Tio, até sabemos que era um domingo e que foram jantar a uma marisqueira em Vialonga”, afirmou o ALÉU.
“Bolas, vocês sabem muita coisa. Nesse longínquo ano de 1989 eu estava como treinador-adjunto do Alhandra, sendo que nesse dia vencemos em Casaínhos, uma pequena aldeia perto de Fanhões, no concelho de Loures, garantindo a manutenção, acho que na 2ª divisão distrital”.
“Então foi um dia muito feliz, mas não sabíamos dessa tua veia de treinador”, confessou ela.
“Quando deixei de jogar, pedi para treinar com o plantel e fiquei a ajudar o Nobre, que era o técnico nesse ano, já no seguinte – há 35 anos – comecei com os juvenis do clube, mas depois o trabalho de Auditoria na CGD não me possibilitava estar sempre perto de Alhandra e terminou aí essa minha pequena incursão no meio técnico do jogo. Mas por agora já chega de pontapé na bola, vamos para dentro do rinque para olharmos para a Segundona que teve uma espécie de meia jornada”.
“Foi isso mesmo”, confirmou o OLHA. “Realizaram-se quatro jogos de cada zona, com o restante a ficar para o próximo fim de semana. A norte a Juventude Viana venceu tangencialmente, garantido o 2º lugar, independentemente do que o Póvoa, 3º classificado, faça em Paredes, já na zona sul, o Parede perdeu em Oeiras e a Biblioteca em Sintra, deixando o Paço de Arcos isolado no 2º lugar, após vencer no Casablanca a Salesiana, numa partida emocionante e com uma entrada forte dos forasteiros que marcaram cedo por três vezes, resposta dos locais que chegaram ao intervalo a perder pela diferença mínima, na segunda parte chegaram aos dois de vantagem, mas no último minuto a Salesiana conseguiu empatar, mas ainda com tempo para um último golo a dar os três pontos à equipa de Peca Peca, que podem ser fundamentais para o objetivo de subida. Resta acrescentar que os líderes Sanjoanense e Candelária não jogaram, mas estão tranquilamente à espera da festa”, finalizou ele.
“Bolas, que jogo na Linha, até me faltava o ar”, ri-me eu. “Vamos até à Terceirona”.
“A um mês do fim as coisas vão ficando cada vez mais claras”, começou o ALÉU. “Começando pela série A, o líder Limianos venceu e aumentou para oito pontos a diferença para o Lavra, que está no 2º lugar e empatou em Barcelos, na B a rapaziada de Oliveira do Hospital ganhou e segue na frente com mais 7 pontos e menos um jogo que a concorrência, encabeçada pelo Leiria e Marrazes, já na série C tivemos troca no 1º lugar, dado que o Tojal foi surpreendido em casa pela malta de Almeirim, foi alcançado na 2ª posição pelo Sporting de Torres, enquanto que o Alcobacense venceu na Madeira e recuperou a liderança, com dois pontos de avanço e menos um jogo para os dois perseguidores. Falta a série D onde, arisco, tudo já está resolvido, apesar da matemática ainda não o ter confirmado, mas o Marítimo de Ponta Delgada está no 1º lugar e vai subir, enquanto que o Sporting B vai discutir a liguilha de ascensão à Segundona”, terminou o ALÉU.
“Concordo contigo em relação a essa antecipação, mas agora vamos saltar para aquilo que ficou decidido este fim de semana, começando pela Liga dos Campeões feminina e pela análise da RODINHAS”.
“Obrigado Tio. À semelhança do que vai acontecer no setor masculino, onde vão estar quatro equipas portuguesas, na vertente feminina eram todas espanholas. Na primeira meia-final o Coruña foi eliminado pelo Fraga, sem surpresa, mas já no segundo jogo o Palau Plegmans, atual 1º classificado do seu campeonato, foi surpreendido pelo Vila-sana, que está na 3ª posição, deixando pelo caminho a principal favorita a vencer a prova. Na final tivemos um jogo muito equilibrado, apenas um golo em cada parte, com o Fraga a vencer ao intervalo, prolongamento sem golos e fomos para os penáltis, onde foram necessários dez para cada equipa para entregar o título europeu ao Fraga, equipa da província de Huesca, comunidade autónoma de Aragão”.
“Foi uma vitória surpreendente”.
“Sem dúvida Tio, pois foi a primeira vez que participou na prova, ao fim de dezoito edições, com a curiosidade desta equipa ter sido uma das quatro que teve que disputar uma ronda preliminar de qualificação, para entrar na fase de grupos”, finalizou ela.
“Por cá realizou-se em Barcelos a final a quatro da Taça de Portugal, três jogos muito equilibrados, com a primeira meia-final a ser resolvida no prolongamento e a segunda nas grandes penalidades, as duas a terminarem empatadas a dois golos no final do tempo regulamentar, as duas desempatadas, em fases diferentes, mas pelo mesmo resultado. A final – que se pode repetir na Liga dos Campeões – não fugiu à regra da incerteza até ao fim, duas vezes a equipa que jogava em casa esteve na frente, duas vezes os portistas empataram, mas à terceira conseguiram passar para a frente e festejaram a vitória na prova, no único jogo que só teve cinquenta minutos”, conclui eu.
“Já me esquecia, como correu o aniversário no sábado?”, questionou a RODINHAS.
“Um belo almoço, boa disposição e muita galhofa. Pessoal até sábado e não se esqueçam que amanhã é feriado”.
“Dia do Trabalhador, lá nos esquecíamos disso”, confirmaram eles com uma enorme gargalhada. “Adeus Tio”, despediram-se os três.
“Adeus juventude”.
Como eu não tenho feriados, vou mas é já descansar.
Foi à entrada de Lisboa – ou à saída, dependendo do lado de onde se vem – que ocorreu a SACADA desta semana, visita da equipa B do Turquel num jogo que teve quinze golos, com destaque para Jorge Silva (HC Odivelas) que sofreu nove.
Foi com um novo presidente eleito – depois de 42 anos de PC – que o FC Porto entrou em campo para a final da Taça de Portugal, andou dos nove minutos da primeira parte, aos nove da segunda atrás do prejuízo, altura em que o argentino Ezequiel Mena marcou o golo decisivo, inscreveu o seu nome na 19ª vitória dos azuis-e-brancos na prova e fica com O VELHO desta semana.