Outra coisa não seria de esperar… Os segundos jogos das Semi Finais do Playoff do Campeonato Placard foram super-equilibrados com períodos de alternância de ligeira supremacia de uma equipa sobre outra mas sem jamais haver domínio das partidas por qualquer uma delas.
Comecemos pelo Porto-Benfica. Os encarnadas vinham muito motivados depois do resultado do sábado passado mas sabiam que iam defrontar uma equipa que estava, naturalmente, desejosa de “mostrar serviço”, com a intenção nítida de provar que o que tinha acontecido na Luz não tinha passado de um dia mau, como todas as equipas têm. A verdade é que o Porto entrou decidido e aos 4 minutos Carlo termina uma rápida transição defesa-ataque da sua equipa com um potente e bem direcionado remate ao ângulo superior esquerdo da baliza de Pedro Henriques, totalmente impotente para esboçar qualquer intenção de defesa. Seguiu-se um período algo amorfo, sempre com muita intensidade, mas em que as equipas pareciam meio adormecidas até que Gonçalo Alves não reagiu da melhor maneira a uma decisão da equipa de arbitragem que obrigou Rui Leitão a admoestá-lo com Cartão Azul. No período de Power Play e após uma bola rechaçada pela equipa do Porto devido à pressão feita pelo Benfica, Lucas Ordoñez vai recolher a “pretinha” atrás da sua própria baliza, percorre toda a pista na diagonal e quase já sem ângulo remata cruzado ao canto superior do 2º poste marcando um golo que a “Xavi” Malián ainda hoje deve estar a custar porque apesar da colocação do remate de Lucas, “Mali” poderia ter feito bastante melhor.
A segunda parte começou com espetáculo de ambos os guarda-redes com intervenções extremamente importantes e de grande coragem a impedir a alteração do marcador até que o Benfica faz a 10ª falta que permitiu a Gonçalo Alves redimir-se do cartão azul da 1ª parte e bater Pedro Henriques na marcação do livre direto com o seu habitual remate, desta vez direcionado para o lado (inferior) esquerdo, entre a luva do stick e o tronco do guarda-redes do Benfica. Dois minutos depois Nil Roca interseta um passe perigoso do Porto e lança o contra-ataque dos encarnados que terminou com o remate fulminante de Diogo Rafael após passe de Ordoñez do flanco contrário. Depois… depois foram 3 minutos decisivos em que o Porto esteve endiabrado e o Benfica, sentindo a “pressão”, tentava mas não conseguia contrariar os “dragões”!!! Primeiro foi Carlo Di Benedetto que sai do canto, avança para o centro da área e aplica um remate que não deve ter sido visto por Pedro Henriques devido à colocação de Bruno Di Benedetto, conseguindo o golo que desbloqueava de novo o jogo para o lado azul. O Porto sentiu que o golo tinha abalado as hostes benfiquistas e passou a pressionar ainda mais o ataque do adversário, atitude que teve efeito positivo 2 minutos depois quando Carlo Di Benedetto e “Eze” Mena conseguem roubar a bola a Diogo Rafael e iniciam um contra-ataque que termina com passe de Carlo e desvio no limite de Mena para um golo que deixou as bancadas do Dragão Arena em delírio. O Benfica não desistiu, subiu as “linhas”, começou também a pressionar a transição dos azuis e fruto deste avanço, e após pressão intenda dos “águias”, “Nalo” afasta a bola da sua meia-pista na direção da meia-pista contrária e Carlo, em momento de recuperação defensiva, “pica” a bola por cima do stick do seu irmão e fica sozinho em frente a Pedro Henriques aplicando nova “picadinha” com toque batido contra o piso, conseguindo, assim, o 5º golo do Porto com eficácia notável. Faltavam 10 minutos para terminar o jogo mas até final nada se alterou… Belíssima partida em que se enfrentaram duas equipas muito equilibradas e em que o jogo se decidiu em pequenas ações que conjugaram falhas ofensivas e defensivas com eficácia tremenda de ambas as partes nos momentos de decisão e com uma característica interessante: mais de metade das situações que decidiram o jogo tiveram conclusão em jogadas totalmente individuais (1-1, 2-1, 3-2 e 5-2) e pensamos que, cada vez mais nestes jogos entre equipas muito equilibradas e com jogadores de alto nível, esta característica volte a imperar… Aguardemos agora pelo terceiro jogo no Pavilhão Fidelidade marcado já para domingo 28 de maio com a eliminatória empatada. Melhor cenário seria impossível para bem do Hóquei em Patins. Veja abaixo o resumo que os nossos parceiros do “Som D’hoquei” prepararam:
Vamos agora ao jogo de Barcelos:
O Barcelos-Sporting, para não fugir à regra, de tão equilibrado que foi teve até prolongamento que terminou com a vitória do Sporting por 3-2, após 2-2 no tempo regulamentar. A primeira alteração no marcador tem início numa perda de bola de Ferran Font a meia-pista muito bem aproveitada por Danilo Rampulla que, após um compasso de espera para avaliação da situação, entregou a “Vieirinha” que em descida pelo flanco direito e já quase sem ângulo consegue encontrar o “buraco da agulha” batendo Girão com alguma perícia/felicidade… Aos 20 minutos e após uma jogada confusa a meia-pista, a bola fica em poder de André Centeno que patina em diagonal do centro para a esquerda, desliza até perto da “quina” da área e aplica um remate fabuloso ao primeiro poste com a bola a bater estrondosamente na barra e a ressaltar no solo para além da linha de baliza… Logo de seguida João Souto é admoestado com Cartão Azul e Luís Querido é chamado à marcação do respetivo Livre Direto. Nunca saberemos se foi da importância do momento (o 3-0 poderia ser decisivo para o destino da partida) ou se foi excesso de zelo na tentativa de colocação ao ângulo, como é habitual no capitão do Barcelos, mas o certo é que Querido rematou direto ao poste direito da baliza de Girão deixando o resultado no empate ao intervalo. O Barcelos esteve “por cima” durante a primeira parte mas a verdade é que o Sporting conseguiu limitar os danos e chegou ao intervalo a perder “somente” por 2-0.
A 2ª parte começou com a 10ª Falta do Sporting e as hostes barcelenses animaram-se de imediato com a possibilidade do 3-0. Luís Querido rematou direto de novo mas a bola saiu ao lado batendo com estrondo na tabela final. O Capitão, responsável por tantas e tantas vitórias devido à eficiência na marcação de Grande Penalidades e Livres Diretoa, afinal, é um ser humano e como todos nós, também falha!!!!!!! Três minutos depois Alessandro Verona dá um duro golpe nas aspirações dos barcelenses marcando um belíssimo golo de meia distância com remate imparável ao ângulo superior esquerdo da baliza de “Conti”, golo que teve algum efeito em ambas as equipas, para o Barcelos o sentimento de injustiça por sofrer o 2-1 após algumas possibilidades de fazer o 3-0, nomeadamente nos dois livres diretos, e para o Sporting uma injeção de ânimo por finalmente conseguirem “entrar” no jogo, ficando somente a 1 golo do empate. A 10ª Falta do Barcelos aos 9 minutos não teve consequências devido a 2 fabulosas intervenções de Acevedo, primeiro na tentativa de transformação do Livre Direto correspondente e depois na recarga do mesmo “Nolito” e, assim, o jogo avançou para o seu final até que, a 5 minutos do fim, João Souto arranca uma gincana em diagonal do flanco esquerdo para o centro da pista e com fabuloso movimento passa em frente a “Conti” e com um pequeno “gancho”, marca pelo cantinho direito da baliza do guardião azul. O empate colocava tudo igual mas com o Sporting ligeiramente por cima em termos anímicos também porque a perda da oportunidade de o Barcelos vencer o jogo fez mossa nos seus jogadores. O prolongamento trouxe, aos 4 minutos da 2ª Parte, o golo de “Nolito” envolvido em muita contestação por parte dos jogadores do Barcelos que discordam, talvez, da intervenção de João Souto junto da baliza. O Sporting segue na frente desta eliminatória e recebe no próximo domingo no Pavilhão João Rocha um Barcelos que tem a consciência de que uma derrota lhe negará o acesso à Final do Playoff.
No próximo domingo termos os terceiros jogos desta Semi Final:
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