(1/03/2025) Começa hoje aquele mês que está em pé de igualdade com o meu dezembro, em termos de simpatia, ambos têm trinta e um dias, são muito diferentes, mas hoje o foco está neste que tem o seu nome formado a partir de Marte, o deus romano da guerra, a quem este mês era dedicado.
Antes do calendário juliano, era neste mês que começava o ano, coincidia com a chegada da primavera, e era também o mês em que tinham início as campanhas bélicas, lá está tudo por causa do Marte.
Na tradição popular, o mês de março está associado a provérbios relacionados com a duração do dia solar, Em março, tanto durmo como faço, com a instabilidade meteorológica, Março, marçagão, manhã de Inverno, tarde de Verão, Em março, chove cada dia um pedaço, Lua cheia em março trovejada, trinta dias é molhada, ou com a agricultura, Poda em março, vindima no regaço, Nasce a erva em março, ainda que lhe deem com o maço, ou Vento de março, chuva de abril, fazem o maio florir.
Muitos ditados neste mês onde nasce a primavera, mas para quem liga a signos, quem nasceu até ao dia vinte é Peixes, um dos signos da água, mas também de gente um bocadinho distraída, constatação que não tem sustentação científica, mas porque tenho esposa, filho e neto que nasceram no terceiro mês do ano.
A Célia e o Ricardo são uns peixinhos perfeitos, passam muito tempo a nadar nos seus esquecimentos, constroem um mundo próprio onde habitam algumas horas do dia, mas são pessoas muito felizes, já o Francisco, que caminha para o segundo aniversário, ainda faltam dados para perceber até que ponto é que a água influenciou a sua maneira de lidar com o espaço onde vivemos.
Agora que já perceberam porque gosto tanto deste mês, chega a hora de falar com uns miúdos que também estão no meu coração.
“Bom dia Avô”.
“Bom dia juventude, preparados para uns dias de férias?”.
“Claro que sim”, confirmaram os quatro.
“Vocês são fãs do Carnaval?”.
“Gostamos, principalmente, destes dois dias de férias”, riu-se a LARANJINHA.
“Eu não ligo nenhuma ao Entrudo”, confirmou o PIPOCA.
“Nada”, sublinharam o AMAGADINHO e o PACHITO.
“Já percebi que jogamos na mesma equipa, nunca liguei nenhuma a esta festa, como vós o melhor era o feriado à terça-feira, que sempre tive na minha atividade profissional. Antes de irmos aos nossos palpites, deixem-me olhar para a última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, já se conheciam todos os apurados para os quartos de final, só faltava definir algumas posições em casa grupo, tudo fechado, vamos ter OC Barcelos – Liceo, Noia- Trissino, Benfica – Reus e Oliveirense – FC Porto, jogos em duas mãos, sendo que podemos ter uma final 100% portuguesa, mas logo vemos como corre esta eliminatória. Bom, como combinámos a semana passada, vamos usar a mesma tática de sábado, mas avançando por ordem alfabética invertida, ou seja, de Z para A, pelo que começa o PIPOCA”.
“Verdade, o meu nome é o último, hoje o primeiro, na Segundona esta semana o sorteio deu-me o Famalicense – Leiria e Marrazes (6-2) e Oeiras – Turquel (3-5)”, apostou ele.
“Agora sou eu, esta semana na Terceirona calhou-me em sorte o Escola Livre – Os Águias (7-2) e vou num empate no Lavra – FC Porto B (3-3)”, rematou o PANCHITO.
“Esta semana não há Feminona, pelo que os meus palpites vão para o Inter-Regiões feminino, que vai regressar ao Luso, local onde decorreu a I edição em 2020, e que eu vou acompanhar, sendo que as minhas apostas são no AP Leiria – AP Minho (2-4) e AP Aveiro – AP Coimbra (1-5)”, terminou a LARANJINHA.
“Antes de avançarmos, duas notas, eu estive na narração dessa primeira edição no Luso, a dias de começar a pandemia, sendo que este ano a prova tem o apelido de Memorial José Cunha, antigo presidente da Associação de Patinagem de Aveiro, recentemente desaparecido e que eu tive o grande prazer de conhecer. Vamos lá aos meus palpites, só há um jogo da Quarteirona no fim de semana, o Lavra – Sobreira (4-1), pelo que me calhou um jogo da Taça WSE, o Riba d’Ave – Sarzana (6-3)”.
“Tenho sido um nabo nestas apostas, mas esta semana quero virar este ciclo negativo, na Primeirona os papelinhos deram-me o Benfica – Candelária (7-3) e o HC Braga – OC Barcelos (3-5)”, concluiu o AMAGADINHO.
“Muito bem, antes que a LARANJINHA me pergunte o que é o almoço, já coloquei um lembrete no meu ESPERTINHO para não me esquecer disso”.
“Boa, o Avô está em grande”, riu-se ela.
“Sempre, hoje vou fazer um Bife à Pai, um belo pedaço de carne de vaca com muita molhanga”, expliquei eu com uma enorme gargalhada.
“Adeus Avô, bom apetite e até terça-feira”, saíram eles em grande velocidade.
“Adeus, cá estaremos no dia de Carnaval”.
Os bifes já estão temperados, agora só falta o resto.

Ler Ferguson e ver os Simpsons é meio caminho andado para um bom percurso desportivo, para já está no FORA DO BANCO desta semana.
Nome Completo: Diogo Alexandre Rocha Silveira
Clube atual: Académico Futebol Clube
Idade: 26 anos
Local de Nascimento: Vila Nova de Gaia
Prato preferido: Bacalhau à Brás
Melhor local para viver: Ao pé da praia
Livro que está na mesa de cabeceira: Liderança, de Alex Ferguson.
O filme que já viu mais do que uma vez: Não é um filme, mas uma série e são os Simpsons. Vejo e revejo todos os episódios
Jogou hóquei em patins? Se sim, em que clube(es): Joguei hóquei durante 18 anos, começando na formação do Hóquei Clube Paço de Rei (HCPR), em sub17, primeiro ano fui para o Académico do Porto (AFC) e estive lá 3 anos. Depois fiz um ano em Riba d’Ave (RAHC) e na época a seguir, por causa dos estudos, voltei para a cidade do Porto e joguei no Clube Infante Sagres (CIS). O primeiro ano de sub-23 fiz no AFC (época de covid) e na época a seguir ingressei no Fânzeres. Terminei a carreira como jogador no AFC, após a época no Fânzeres
Como/quando chegou a opção de ser treinador: A opção de ser treinador começou com o estágio de 12º ano, que fiz no AFC, e comecei lá na Academia de Patinagem. O “bichinho” e o gosto por treinar começou nessa altura e ao longo dos anos e experiências que vivenciei intensificaram esta paixão
Clubes/seleções que já treinou: Académico Futebol Clube (desde a Academia de Patinagem até aos sub-23), FC Porto Dragon Force – Alfena (escalão de sub-9 e sub-11) e Clube Infante Sagres (escalão de sub-13 como adjunto e preparador físico, sub-9 e sub-11, seniores como adjunto e preparador físico)
Mais fácil treinar equipas da formação ou seniores: É uma pergunta ambígua, pois são duas formas de competição diferentes e com objetivos diferentes, não existindo uma mais fácil de que outra. Se uma fosse mais fácil que outra, de certeza que haveria mais treinadores interessados em treinar uma das duas por ser mais fácil. Na minha opinião ambas exigem objetivos, na formação a longo prazo, e nos seniores a curto prazo (talvez), sendo que na formação queremos motivar crianças para o gosto da prática da modalidade, a sentirem-se bem com os patins nos pés, ensinar o que é o jogo coletivo e o trabalho em equipa, dar-lhes a conhecer as bases de jogo e adquirirem competências técnico-táticas necessárias para poderem jogar. Nos seniores além de ser o culminar da formação de um jogador, deve ser onde os resultados contam, os objetivos de querer ganhar estão mais vincados
Quanto tempo demora a preparar o próximo jogo da sua equipa: Depende sempre do jogo que temos e da importância do mesmo, mas normalmente demoro 2 dias a ver vídeos, a analisar o adversário e depois os treinos que temos disponível no clube (3 treinos por semana)
Se pudesse, que regra alteraria no hóquei em patins: Atualmente, alteraria a regra de se poder jogar a bola com o patim
Maior tristeza como treinador: Feliz ou infelizmente ainda não tenho nenhum momento que possa dizer que foi a minha maior tristeza. Tenho levado cada momento menos bom como uma aprendizagem e que posso sempre fazer ou pensar melhor sobre alguma situação ou momento de jogo
E, claro, a maior alegria: A maior alegria como treinador é conseguir ver os meus atletas a atingirem os seus objetivos pessoais e coletivos ao final de um jogo ou ao final da época, isto significa que os consegui ajudar verdadeiramente
Para terminar, o que mais o irrita durante um jogo: Nada irrita mais a um treinador durante um jogo do que um atleta não cumprir o que foi acordado, ou quando comete uma falta desnecessária e ainda leva o cartão azul, no entanto é uma questão que não tenho uma resposta concreta, pois as situações acima enunciadas são algo comum e normal quando trabalhamos com pessoas e com o desgaste físico.

(4/03/2025) Uns trabalham, outros têm tolerância de ponto, para muitos é feriado, mas para todos hoje é Dia de Carnaval, cuja origem remonta, muito provavelmente, aos gregos que todos os anos faziam festas para agradecer aos seus deuses a produção agrícola desde os meados dos anos 600 a 520 a.C.
Nas sociedades agrícolas da Antiguidade, o final do inverno e o início da primavera, representava o começo de um novo ciclo agrícola, era, naturalmente, um motivo de celebração, sendo que em 590 d.C. a religião católica decidiu incluir esta tradição pagã nas celebrações religiosas da Páscoa.
Nos países cristãos, as duas maiores celebrações religiosas são o nascimento de Jesus, no Natal, e a sua morte na Páscoa, que representa para todos os cristãos um período de tristeza pela morte de Jesus Cristo e, consequentemente, de reflexão, pelo que nos dias que antecedem este período, realiza-se uma grande festa em que todos os excessos são permitidos.
Na Idade Média, nos quarenta dias que antecedem o domingo que assinala a morte de Jesus Cristo, conhecido como Quaresma, as pessoas deixavam de comer carne, esses dias antes de se iniciar essa quarentena passaram a ser conhecidos como carne vale que, em latim, quer dizer Adeus carne, expressão latina que dá origem à palavra portuguesa Carnaval.
A forte tradição cristã em Portugal fez perdurar este costume, em várias regiões do país a ementa do período de Carnaval é constituída essencialmente por pratos de carne, pois No Entrudo, come-se de tudo por oposição ao período de Quaresma, durante o qual muitos portugueses evitam comer carne.
Não sei se eles vêm mascarados, mas não vai demorar muito para ficar a saber, num dia em que reunimos depois de almoço, pois eles estão de férias escolares.
“Boa tarde Avô”.
“Boa tarde juventude, pensei que vocês hoje vinham fantasiados”, ri-me eu.
“Achas, como já te tínhamos dito no sábado, não ligamos nada a esta celebração”, recordou o AMAGADINHO em nome do grupo.
“Trata-se de uma festa cristã e secular, mas estava só a brincar convosco, pois já sabia que não lhe ligam a mínima, só mesmo aos dois dias de férias escolares”.
“Isso mesmo Avô, acho era que devia ser a semana toda”, gozou o PIPOCA.
“Não queriam mais nada”, disparei eu com uma gargalhada.
“Ora como arrancamos com o alfabeto invertido, sou eu a começar com a minha Segundona, na zona Norte os três primeiros venceram, com o Carvalhos na liderança, enquanto que a Sul as notícias vieram da Linha, o Paço de Arcos perdeu na Parede, foi alcançado pelo vizinho que venceu com uma mão cheia sem resposta, cedendo o primeiro lugar ao Turquel que ganhou, pela diferença mínima, ali ao lado, em Oeiras”, concluiu ele.
“Agora é a minha vez, na Terceirona vamos ter muitos jogos hoje, mas olhando só para os do fim de semana, os líderes são, da série A à D, OC Barcelos B, HC Mealhada, Os Tigres e CRIAR-T”, informou o PANCHITO.
“Com a Feminona em descanso, na transição entre a primeira e a segunda fase, estive de olho no Inter-Regiões feminino, no escalão de sub-17, que se realizou no Luso, três dias com muito hóquei, mas com uma transmissão televisiva sem a qualidade que a prova merecia e exigia, sendo que nesta 5ª edição da prova tivemos um vencedor inédito, a AP Coimbra bateu (0-1) na final a AP Lisboa, um golo marcado no prolongamento, com o último lugar do pódio a ficar para a AP Porto, que já venceu por três vezes (2020, 2023 e 2024), além de uma para a AP Aveiro em 2022”, concluiu a LARANJINHA.
“Aproveitei estes dias sem aulas para não fazer nada, sendo que até a Primeirona só teve quatro jogos, com mais alguns a realizarem-se hoje e amanhã, mas já da próxima jornada, pelo não há a minha meia-dúzia classificativa, mas olhando para as partidas que já se realizaram, excelente vitória do Juventude Pacense em São João da Madeira, enquanto que nos outros a vitória sorriu aos favoritos”, finalizou o AMAGADINHO.
“Muitos jogos a meio da semana, aproveitando estes dias de folia, já eu estive atento à Taça WSE, começou mal com a eliminação do Sporting, o Igualada respondeu de forma igual ao resultado em Lisboa, sendo que a eficácia das grandes penalidades foi favorável aos espanhóis, também em Riba d’Ave foram precisos penáltis, mas favoráveis à equipa portuguesa, eliminando o Sarzana, já em Tomar os da casa venceram o Voltregà, dando a volta à desvantagem que trouxe de Espanha, encontrando os ribadavenses nas meias finais da prova, ou seja, vamos ter uma equipa tuga na final”.
“Avô, só falta a classificação da tua Liga”, recordou o PANCHITO.
“Deves estar a adivinhar que vais na frente, mas por acaso até é verdade, pela segunda vez acertaste em cheio num resultado, logo um empate, tens agora 21 pontos, o PIPOCA tem 20 e a LARANJINHA chegou aos 17, o AMAGADINHO entregou-me a lanterna vermelha, com 12 pontos e eu tenho oito”.
“O Avô está a dar muito avanço”, brincaram os quatro.
“Exatamente, eu não quero que vocês desanimem logo no início. Malta, um resto de bom dia de Carnaval e até sábado”.
“Adeus Avô”, despediram-se eles.
Lá em fundo ainda consegui ouvir as trocas de argumentos sobre a Liga do Avô.

Foi na margem sul do Tejo que tivemos A SACADA desta semana, no Pavilhão Desportivo Municipal Leonel Fernandes, no Seixal, tivemos quinze golos, com o respetivo realce para Santiago Santos (10) e Simão Henriques (2), guarda-redes do HC Beja.

Perto do final da semana passada, encontrámos a PENÚRIA num jogo da Liga dos Campeões que decorreu no Minho, apenas um golo para cada lado, pelo que neste espaço vão surgir quatro atletas, Conti Acevedo e Pol Manrubia (OC Barcelos), Xavi Malian e Gonçalo Alves (FC Porto).

No Pavilhão Municipal, agora Patrícia Sampaio, mesmo à beira do Nabão, o Sporting local conseguiu chegar às meias-finais da Taça WSE, Filipe Almeida marcou os dois golos que deram a volta à eliminatória e recebe O VELHO desta semana.