Parabéns à Rádio


Ao domingo, a nossa reunião matinal de preparação do dia começa mais cedo, porque a minha tarde está, quase sempre, muito ocupada.

“Bom dia”, gritaram os três quando entraram na sala, fazendo-me dar um salto na cadeira.

“Bolas, que susto! Bom dia juventude. Vocês têm que ter cuidado que eu já não tenho idade para surpresas destas. Bem, vamos lá ao tema fora da caixa de hoje. Alguém tem alguma sugestão?”.

“Nós tivemos uma ideia. Como hoje é o Dia Mundial da Rádio e como sabemos que o Tio fez muitos relatos, gostávamos que nos contasse algumas histórias engraçadas que se lembrasse”, desafio lançado pelo o OLHA, em nome da equipa jovem.

“Eh pá, a ideia é interessante, mas o espaço é que é pouco, pois tenho imensas. Mas antes de irmos a isso, vamos combinar o trabalho de hoje. Como ao domingo temos sempre menos jogos, mantemos a tática habitual, ou seja, cada um de vocês escolhe um jogo, com a novidade de que também eu vou analisar um. O que vos parece?”.

“Acho bem”, confirmou a RODINHAS. “Mas agora queremos ouvir as histórias!”.

“Vamos lá ver por onde vou começar. Uma das coisas que me orgulho ao longo destes mais de 35 anos de rádio é só ter tido um problema, em Benavente, com o senhor muito zangado com algo que eu teria dito, que se veio a perceber mais tarde, que tinha sido um colega de outra Rádio e não eu”

“Então e o relato mais invulgar?”, perguntou o ALÉU

“Olha aconteceu na Moita da Norte, perto de Torres Novas, onde não havia nenhum local para ficarmos. Eu tinha ido com a minha Princesa, era um campo pelado, daqueles com uma vedação em tubo a toda a volta, sendo que fiz o relato aí encostado, no meio do público, com os espetadores a corrigirem-me quando eu trocava o nome a um jogador. Foi a 2 de janeiro, para a Taça do Ribatejo e era o único relato que a rádio transmitia nesse dia, ou seja, foram noventa minutos que nunca mais acabavam, mas toda a gente respeitou o meu trabalho e tudo acabou e bem”, terminei eu a rir.

“Um dia destes queremos que nos contes mais histórias”, pediu o OLHA.

“Fica combinado, mas agora vamos ao trabalho”.

Em frente à baía do Seixal fica o Pavilhão Desportivo Municipal Leonel Fernandes, casa do Grupo Desportivo CRIAR-T que hoje está no GPS.

A Associação de Solidariedade CRIAR-T existe desde 1996, tendo recebido o hóquei do Seixal depois do clube ter abdicado da modalidade.

Partindo de Lisboa, atravessa a ponte 25 de abril e trinta minutos depois está neste município cuja população cresceu 5,2% nos últimos dez anos, registando atualmente166500 habitantes.  

Quando chegar à hora de dar ao dente pode ir até ao JazzComia, no 35 da rua Paiva Coelho, onde além de excelentes refeições, também a música é boa.

Quando estava a chegar à nossa sala de reuniões, o som que de lá vinha era alto.

Música agradável, que saía de um telemóvel.

“Então juventude, temos festa?”, perguntei eu.

“No Dia Mundial da Rádio temos que a ouvir”, gritou o ALÉU, tentando sobrepor-se aos decibéis de um tema musical.

“Concordo, mas baixem lá isso um bocadinho, senão não nos ouvimos uns aos outros. Quem quer começar com a explanação do hoje?”.

“Como o Tio se vai estrear, damos-lhe o privilégio de ser o primeiro”, disse o OLHA com um sorriso malandreco.

“Muito bem, eu estive na Ventosa do Bairro, um jogo da 2ª divisão, duas equipas que tentam chegar cedo à manutenção, mas onde o cartão foi o vencedor. Cinco advertências, sete azuis e dois vermelhos, no meio de uma dúzia de golos. Quem se segue?”.

“Eu hoje dediquei-me a um jogo do escalão feminino, no velhinho pavilhão Carlos Bernardino tivemos uma enchente de golos, com o favorito a confirmar o seu estatuto”, concluiu o ALÉU.

“Agora é a minha vez”, começou a RODINHAS. “Estive na zona de Sintra onde jogavam dois candidatos desta zona C da 3ª divisão. A vitória dos da casa carimbou a candidatura ao primeiro lugar, mas este grupo tem seis formações a lutar pelo topo”.

“Hoje calha-me a mim terminar”, começou o OLHA. “Eu fui com o ALÉU ver o CACO que esta tarde/noite tinha dois jogos. Se as moças perderam, os rapazes venceram bem e continuam na frente da série D do terceiro escalão. Antes de arrumarmos a papelada, o Tio podia contar-nos uma história sobre um relato de hóquei, pois esta manhã só falou dos de futebol.”

“Apanhaste-me desprevenido! Claro que não fiz tantos como de futebol, sem contar com as narrações para a HPTV, mas gostava de destacar a forma como me têm recebido na ilha do Pico. Já vou cinco anos consecutivos à Candelária e sempre me têm recebido como se fosse da casa. Bem, está na hora de irmos descansar. Até para a semana”.

Hoje no FORA DO RINQUE temos um filho da Princesa do Lima, que gosta de marcar uns golos e, como eu, comer um bom arroz de polvo com umas jolas.

Nome Completo: Eduardo Alexandre da Lomba Gavinho Chavarria

Clube atual: Escola Desportiva de Viana

Alcunha (se tiver): Duda

Idade: 30 anos

Local de Nascimento: Viana do Castelo

Clube estrangeiro futebol: Manchester United

Jogador português futebol: Cristiano Ronaldo

Jogador estrangeiro futebol: Kevin de Bruyne

Jogador de outra modalidade, português ou estrangeiro:  Rafael Nadal

Prato: Arroz de polvo

Sobremesa: Baba de camelo

Bebida: Cerveja

Filme: 300

Ator: Jared Leto

Atriz: Não tem

Série televisiva: Não tem

Livro: Não tem

Cidade portuguesa: Viana do Castelo

Cidade estrangeira:  Capri

Animais de estimação: Cães/Gatos

Jogo de computador/consola: Far Cry

Hobbies: Padel/Surf

Outra modalidade desportiva, se não fosse o hóquei: Hóquei no gelo

Aquele momento ou jogo, de hóquei, que nunca vais esquecer: Foram muitos que não consigo escolher.

Nasceu na Cidade dos Estudantes e o negro da Académica esteve desde muito cedo no seu corpo.

Apenas com 20 anos vai sendo importante na sua equipa, como o fez hoje com cinco golos marcados.

Para o João Matias vai O VELHO de hoje.

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