Piquenique dos Idosos com Vento, mas sem Stress


(15/06/2024) Por muito que se goste de hóquei em patins, nesta altura do campeonato não se pode passar ao lado do Europeu de futebol que começou ontem, não só por termos por lá a nossa seleção, mas porque é uma grande competição.

Por esse motivo vamos ter que alterar um dos dias da nossa reunião, mas disso falaremos mais tarde.

Ainda há duas semanas por aqui falávamos sobre a violência infantil, sendo que hoje saltamos para o lado oposto da nossa vida, a denominada terceira idade.

Celebra-se hoje o Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa, data que foi criada em 2006 pelas Nações Unidas e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, tendo como objetivos refletir numa questão social sensível e acabar com a violência contra a pessoa idosa.

Numa sociedade cada vez mais envelhecida – serão 1,2 mil milhões de pessoas com mais de 60 anos em 2025 – os idosos são esquecidos e sujeitos a maus-tratos físicos e psicológicos, quer pelas suas famílias, quer pelos serviços de acolhimento ou pela sociedade em geral.

Todos os anos se registam vários casos de abuso contra os idosos e muitos mais acontecem em silêncio, sem conhecimento público, sendo que parar os abusos verbais, emotivos, financeiros e corporais e promover a integração e o bem-estar do idoso são os desafios lançados pela celebração desta data. 

Eu que já estou a caminho dessa faixa etária, espero e desejo que esta parte da vida de todos nós seja o melhor possível, pois por vezes não basta ter saúde física, necessitamos de uma excelente saúde mental.

O portátil começou a ganhar vida própria, sinal que daqui a pouco eles estão de chegada para mais uma reunião de sábado.

“Bom dia Tio”.

“Bom dia juventude”.

“Fica tranquilo, que não te vamos perguntar já o que é o almoço hoje”, brincou a RODINHAS.

“Já imaginava, porque senão era sempre igual todas as semanas, pois sei que vocês gostam de me surpreender”.

“Para já eu tenho um pedido”, avançou o OLHA.

“Venha ele”.

“Na terça-feira, dia da nossa reunião, Portugal vai jogar com a Chéquia no Europeu, não podemos alterar para outra hora ou data?”.

“Já tinha pensado nisso. Como o AMAGADINHO já não tem aulas, falo com ele na segunda de manhã e nós reunimo-nos à noite, à hora de terça, o que acham?”.

“O Tio nunca nos falha!”, exclamou o ALÉU.

“E que tal um palpite para o vencedor do Euro?”, perguntou a RODINHAS.

“Já estão a abusar! Guardem lá as apostas para vocês e vamos ao Plano de Festas para esta semana, que me calha a mim. Vou ficar com a Feminona, a RODINHAS trata da luta pelo título da Terceirona, a subida fica para o OLHA, já o ALÉU vai espreitar os sub-23, numa altura em que a prova está a chegar ao fim”, terminei eu.

“Então vamos lá saber o que é o almoço hoje”, riu-se o OLHA.

“Primeiro, deixa-me armar em Tio”, gozou a RODINHAS. “Sabiam que hoje é o Dia Mundial do Vento?”.

“Por acaso não sabia”, confirmei eu.

“Foi criado em 2007 pelo Conselho Global de Energia Eólica com o objetivo de divulgar os benefícios e princípios da energia eólica, que tem a força dos ventos como fator fundamental para a geração de energia limpa, renovável e competitiva, começou como uma data europeia em 2007, mas tornou-se numa data mundial em 2009”, conclui ela.

“Depois de mais um banho de cultura, só me resta dizer que o almoço hoje vem do Camponês, um belo choco grelhado”.

“Disso eu gosto”, riu-se o ALÉU. “Estão sempre a dizer que não gosto de nada…”.

“Tu és um esquisito”, interrompeu o OLHA.

“Verdade, tu não gostas de nada”, ria-se a RODINHAS.

“Resolvam lá isso, e não se esqueçam que nos voltamos a reunir na segunda-feira”.

“Adeus Tio, até segunda”.

Eles saíram da minha vista, mas em fundo continuava a ouvi-los a massacrarem o ALÉU por causa dos seus gostos gastronómicos.

Do alto da sua simpatia, tem levado comigo no Inter-Regiões, alinhamos numa maravilhosa espetada em pau de louro e está hoje no FORA DO BANCO.

Nome Completo: Amílcar David Henriques Fragoeiro.

Clube atual: Grupo Desportivo do Estreito/Associação de Patinagem da

Madeira

Idade: 41anos

Local de Nascimento: Câmara de Lobos – Madeira

Prato preferido: Espetada Madeirense

Melhor local para viver: Região Autónoma da Madeira

Livro que está na mesa de cabeceira: Ciência Política – Estudo da Ordem e da Subversão

O filme que já viu mais do que uma vez: Gladiador

Jogou hóquei em patins? Se sim, em que clube(es): Sim. Grupo Desportivo do Estreito, Futebol Clube Carvalheiro

Como/quando chegou a opção de ser treinador: Quando apresentei a modalidade ao meu filho, ele pediu-me que fosse eu a ensiná-lo. Na semana seguinte tinha 4 miúdos, no final do mês já eram 8… e assim começou

Clubes/seleções que já treinou: Grupo Desportivo do Estreito, Seleção da

Madeira – APM

Mais fácil treinar equipas da formação ou seniores: Mais fácil treinar seniores

Quanto tempo demora a preparar o próximo jogo da sua equipa: No momento que termina o último, até o momento em que começa

Se pudesse, que regra alteraria no hóquei em patins: Esta última, bola no patim/patim na bola

Maior tristeza como treinador: Perder jogadores na formação, principalmente para o abandono da modalidade

E, claro, a maior alegria: Ter uma equipa feliz, comprometida com os ideais do clube/treinador

Para terminar, o que mais o irrita durante um jogo: Indisciplina, falta de respeito pelo adversário.

(17/06/2024) Com umas horas de antecipação relativamente ao habitual, vou conversar com o AMAGADINHO, para percebermos como ele está a ver a Primeirona.

Sempre com uma pontualidade britânica, ele já chegou.

“Bom dia Tio”.

“Bom dia. Para já deixa-me agradecer-te a alteração horária da nossa conversa, mas os outros amanhã querem ver o jogo de Portugal”.

“Não faz mal, até porque as minhas aulas terminaram na sexta-feira”.

“Muito bem, quer dizer que já estás de férias, e, espero eu, com boas notas”.

“Correu bem este ano, só tive um 3, o resto foram quatros e cincos”, afirmou ele com orgulho.

“Parabéns, continua sempre assim e a tua vida será mais fácil. Bem, vamos lá ao hóquei, começando pelos últimos jogos das meias-finais”.

“No Dragão o padrão foi o mesmo dos outros dois jogos, vantagem inicial do FC Porto, reação do Sporting, mas à terceira os leões conseguiram levar a decisão para o prolongamento, depois de uma excelente reação na segunda metade do jogo, conseguiram mesmo a vantagem no tempo extra, mas os azuis-e-brancos conseguiram chegar ao empate e depois foram mais eficientes nos penáltis. Já na Luz tivemos o jogo mais desequilibrado dos cinco, fruto de uma entrada muito forte do Benfica a que a Oliveirense nunca conseguiu responder”.

“Ontem já tivemos o jogo 1 da final, que este ano tem uma curiosidade”.

“Verdade, Benfica – atual campeão – e FC Porto tem os dois 24 campeonatos ganhos, pelo vamos ter um desempate para o empate que se estabeleceu na temporada passada”.

“Interessante, já sabemos que vamos ter o campeão com um quarteirão de títulos”, ri-me eu.

“Nem mais. Sobre este jogo no Dragão – recordo que os nortenhos foram o vencedor da fase regular, ficando com a vantagem de jogar, caso seja necessário, três jogos em casa – a coisa promete, o Benfica esteve três vezes em vantagem, a última já no prolongamento, mas não resistiu à fase terminal dos azuis-e-brancos, levando para a Luz um jogo de avanço, partida que está marcada para depois de amanhã às oito da noite”.

“Nem mais, quando voltarmos a conversar já podemos ter campeão, mas vamos ver o que nos reservam os dois próximos jogos. Abraço e até segunda-feira”.

“Adeus Tio”.

O que cresceu este miúdo desde o início da Primeirona!

(18/06/2024) Numa altura em que o Europeu de futebol domina as atenções desportivas, com a Copa América também a chegar, fiquei a pensar como é a minha relação com os diversos desportos.

Gosto de quase todos, mas o primeiro amor foi, e é, o futebol, depois apareceu na minha vida escolar o andebol, que por algum tempo fez o meu coração desportivo baloiçar, uns anos mais tarde o hóquei entrou na minha vida, porque os filhos também servem para nos pregar estas partidas.

Não tem nada a ver – chama-se encher chouriços – mas hoje celebra-se o Dia Internacional do Piquenique e o Dia Internacional do Pânico, dois acontecimentos que a única coisa que têm, aparentemente, em comum é a letra P.

Com a aproximação do verão, o tempo convida as pessoas a saírem de casa e do trabalho e a estenderem a toalha no chão para comer. As comemorações deste dia são simples e qualquer pessoa pode aderir, pois basta preparar um pouco de comida e levar a cesta e a toalha para o ar livre.

Alguns hotéis realizam piqueniques de fim de tarde, com petiscos e iguarias diferentes do habitual, as escolas organizam piqueniques com os alunos e efetuam-se também piqueniques de caridade.

Para organizar um piquenique deve preparar comida a gosto com antecedência e escolher um sítio propício, como os parques das cidades.

Já o Dia Internacional do Pânico, ao contrário do que parece, não é um convite às pessoas para perderem a cabeça, mas sim para encontrarem formas de combater o pânico, que muitas vezes ataca no quotidiano silenciosamente.

Pode encarar este dia como uma simulação, para estar preparado e para saber como reagir ao pânico nos momentos mais difíceis que se avizinham, uma data que visa soar o alarme da urgência da adoção de formas de atenuar o stress, no trabalho e na vida pessoal.

Cá para mim a bela conjugação destas duas comemorações é mesmo fazer um belo piquenique, bem descontraído e sem pressas, de forma a libertar a pressão dos dias em que a malta anda sempre a 100 à hora.

Velocidade é uma característica de um jogo de hóquei em patins, sendo que eles também surgem sempre acelerados.

“Boa noite Tio”, gritaram os três.

“Boa noite juventude. Estão a gostar do Europeu?”.

“Não é o Tio que não quer que se fale de futebol neste espaço?”, perguntou a RODINHAS com um ar provocatório.

“Confirmo, mas em tempo de Euro vou abrir uma exceção”, ri-me eu.

“Tenho gostado, bons jogos, muitos golos e sem polémicas”, afirmou o OLHA.

“Ia falar nisso, o VAR tem estado quase de férias, e um enorme fair-play em todas as partidas”, confirmou o ALÉU

“Isso é agora, deixa os jogos começarem a ser de mata-mata e lá se vai o desportivismo”, gozou a RODINHAS.

“Já chega de futebol, vamos lá à nossa modalidade e começo já eu que estive de olho no jogo um das meias-finais da Feminona, o mesmo resultado nos dois jogos, na Feira tivemos um golo em cada metade, marcou primeiro o Turquel, empataram as miúdas da casa, o jogo foi para prolongamento com o Académico a vencer, já em São João da Madeira o campeão nacional esteve a perder, conseguiu dar a volta ao marcador, fruto da experiência da sua capitã Marlene Sousa, numa partida que não teve golos na segunda parte. Como todas as eliminatórias, incluindo a final, são à melhor de três, no próximo fim de semana na Aldeia do Hóquei e na Luz vamos conhecer as finalistas deste ano”, conclui.

“Agora posso ser eu”, avançou o ALÉU. “Com uma jornada por disputar e vários jogos em atraso, o Alenquer fez ontem a festa na casa do velhinho Infante de Sagres, sagrando-se vencedor do nacional de sub-23, pois apesar de ter mais dois jogos que o OH Sports, a equipa de Oliveira do Hospital apenas pode igualar os alenquerenses, mas tem desvantagem no confronto direto, portanto o caneco vai para a Vila Presépio”, terminou ele.

“Parabéns aos vencedores e agora vamos ver quem também quer fazer a festa na Terceirona”.

“E já não falta muito para se saber, o OH Sports empatou ontem em Alcobaça, tem cinco pontos de avanço sobre os alcobacenses, vantagem no confronto direto e joga as duas últimas jornadas em casa, ou seja, falta-lhe um empate para ser campeão”, afirmou a RODINHAS. “Deixa-me acrescentar que o Marítimo de Ponta Delgada ainda tem, matematicamente, hipóteses, está a seis pontos do líder, joga na casa dos dois primeiros, mas precisa de vencer, golear e uma ajuda de terceiros, ou que quer dizer que precisa de um milagre”, finalizou ela com um sorriso.

“Também muita matemática vai ser precisa para encontrarmos as duas equipas que vão subir à Segundona, que já está de férias. Todas as quatro equipas têm hipóteses, mais Leiria e Marrazes e Sporting B estão nos dois primeiros lugares, mas Sporting de Torres e Lavra ainda não estão afastados, sendo que no próximo domingo alguma coisa vai ficar decidida, mas acredito que não tudo”, rematou o OLHA.

“Vamos ter emoção até ao fim na promoção da Terceirona”, sublinhei eu.

“Portugal, Portugal, Portugal… até sábado Tio”, despediram-se eles.

“Adeus juventude, vamos lá dar cabo dos checos amanhã”.

Olhei para o relógio e pensei: “Ainda tenho tempo para ver um bocadinho do jogo da França”.

Esta semana ela chega de Alcobaça, tivemos dez golos, numa partida que terminou empatada, destaque para os guarda-redes, um de cada equipa – não é a primeira vez – Edu Leitão (Alcobacense) e Bernardo Andrade (OH Sports).

No início das meias-finais da Feminona, as cachopas da Feira derrotaram um dos finalistas da época passada, o Turquel, com o golo decisivo, no tempo extra, da autoria da Daniela Silva, ela que fica com O VELHO desta semana.

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