Está na hora de escrever o meu habitual artigo de Natal, sempre muito sentido e com esperança de dias felizes e que carece, antes de mais, da definição do conceito de família: “além de uma antiga instituição social, a família é um agrupamento de seres humanos que se unem pelo laço consanguíneo ou pela afinidade, ou seja, a família é composta por pessoas que têm o sangue em comum ou que se unem porque gostam umas das outras.“.. Este Natal tem sabido a pouco, pelo trabalho constante e falta de motivos que façam lembrar a quadra festiva. A verdade é que há alguns anos atrás, já em Novembro se enfeitavam as ruas e não havia ainda a consciência plena do custo para a bolsa e para o ambiente de uma decoração intensa e brilhante que não deixava ninguém indiferente, mesmo os que não são adeptos incondicionais do Natal. Estive no Porto há alguns dias e confesso que a diferença, para a cor, vivacidade e animação com que as ruas da minha cidade de Ponta Delgada estavam enfeitadas, era gritante, sentindo mesmo que a cidade do Porto parecia algo escura e triste como comentei com a Sãozinha. Mas isto é só “decoração”, não é para aqui chamado, não é disto que quero escrever.
A razão deste meu escrito prende-se com o facto de alguns de nós termos a sorte de pertencer a duas famílias e de termos vivência salutar e plena em ambas e a consciência da tristeza de tantos e tantos que não têm esta felicidade e vivem sozinhos e sem sonhos, sem alguém que os ampare, que os motive, que lhes encha o coração de vida e projetos. Falo da sorte tremenda de alguns, grupo a que felizmente pertenço, termos a nossa própria família, a tal dos laços consanguíneos, os nossos entes queridos, aqueles que nos dão vida e que são o “combustível” essencial para que façamos no dia a dia tudo aquilo que sentimos ser necessário para os vermos felizes e de corações cheios, a começar pelo AMOR e CARINHO que recebemos de pais e avós e que tentamos passar para filhos e netos, terminando no “pão e água” que colocamos na mesa todos os dias, essenciais para o crescimento e maturação natural de todos os membros da família, principalmente dos mais novos que ainda não têm qualquer meio de subsistência e dependem inteiramente dos progenitores. E se conseguirmos realizar diariamente esta tarefa educativa e laboral com o coração cheio e pleno de sonhos e vontade de servir, então sentir-nos-emos totalmente realizados e não haverá nada literalmente que nos falte na vida para atingir a felicidade. Mas falo também da incrível sorte que é ter uma segunda família, a tal da afinidade, aquela em que as pessoas se juntam porque gostam umas das outras, na qual nos sentimos também ser parte perfeitamente integrante e extremamente sortudos de a ela pertencer… Esta segunda família tem também um papel educativo de grande relevo e sem a vivência que nela se obtém, os nossos jovens não seriam os seres completos, bem formados e com experiências de vida que não se adquirem se somente fizermos parte da nossa família de consanguinidade. Aliás, é o trabalho conjunto das duas famílias que permite o sucesso, a educação e o desenvolvimento salutar dos jovens em crescimento, com todas as coisas boas e más que recebem de ambas as famílias, permitindo-lhes fazer as correções necessárias para que se transformem em seres saudáveis, fortes e corajosos mas também meigos, carinhosos e proprietários de corações bondosos e generosos. E a todos peço que, se por acaso pertencem a esta tal segunda família mas dela não sentirem o carinho e amor que todos merecemos receber, então mais vale procurar noutro lugar a família que nos acolherá com amor e carinho e onde nos sentiremos mais felizes e parte integrante de um todo que é muito mais do que a soma das partes.
A todos desejo uma VIDA FELIZ, porque o Natal deveria ser comemorado todos os dias… porque a minha é, neste momento, de extrema felicidade até porque a minha família de afinidade (todos os que “labutam” para termos informação precisa e relevante no hoqueipatins.pt) me dá imensas alegrias todos os dias e sem eles já não posso passar!!!
ABRAÇOS e BEIJOS para todos, com especial relevo para Bruno Soares, Mário Duarte, Ricardo Paulino, Jorge Paulino, David Veiga, Rui Pedro Santos, Gonçalo Ramos, António Lopes, Dinis Santos, Ricardo Rodrigues, Miguel Bastos, Hermano Duarte, André Castro, João Gonçalves, António Anacleto e a benjamim Mariana Pio…