Decide-se hoje a composição da Final Four da WSE Champions League, e esta pode contar com 3 equipas portuguesas.

Os jogos para hoje são os seguintes:

Na semana passada os resultados foram os abaixo apresentados:

A constatação principal é de que em três jogos da 1ª Mão, os vencedores foram as equipas visitantes, o que lhes concede neste 2ª Mão uma dupla vantagem, se considerarmos o facto de jogarem no seu próprio ambiente e o ascendente no resultado, à partida para os jogos de hoje.

Comecemos pelo primeiro jogo de hoje, o único que não conta com equipas lusas. O Noia traz um ascendente de 1 golo do jogo realizado em Itália (1-2) e a lógica dá toda a vantagem à equipa espanhola. O Trissino de João Pinto “Mustang” sofreu a perda do seu treinador e agora é este jogador português o comandante da nau italiana, com todos os prós e contras que uma situação destas acarreta. Não sabemos se o “Mustang” vai promover alterações de índole tática na equipa, até porque a saída de Tiago Sousa foi por motivos familiares mas antecipamos que João Pinto, que contará com “Alvarinho”, não poderá deixar de acompanhar os comandados dentro da pista até porque os italianos têm também outra baixa, face à saída de Andrea Fantozzi por motivos semelhantes aos de Tiago Sousa, e Fantozzi é um dos jogadores que primeiro sai do banco de suplentes para ajudar a equipa em pista. O Noia, 4º da OK Liga espanhola, apresentar-se-à na máxima força com os habituais Jordi Bargalló, Ivan Morales e “Toni” Salvadó como principais desequilibradores.

Às 20 Horas joga o Benfica na receção ao Reus Deportiu, atual 3º classificado da OK Liga espanhola, atrás de Barça e Liceo. A equipa espanhola tem em Candid Ballart e Marc Julià os seus grandes esteios mas é mesmo Martí Casas quem desequilibra, tal a classe e veia goleadora que tem demonstrado nos últimos jogos. No entanto, o Benfica já provou em Reus que está na “Liga Europeia” para vencer, começa o jogo de hoje com a vantagem de 1 golo trazida de Espanha e conta com um conjunto de “luxo” para tentar seguir em frente na maior prova do panorama europeu do Hóquei em Patins, de tal forma que “Edu” Castro tem-se dado ao luxa de deixar de for do 5 inicial um jogador como Lucas Ordéñez… Zé Miranda é o “enfant terrible” desta “nova” equipa do Benfica mas Pau Bargalló e João Rodrigues são “peças” incontornáveis, já para não falar do “peso” de Nil Roca e “Roby” de Benedetto no desempenho da equipa. O mais lógico é pensar que o Benfica seguirá em frente mas todos os cuidados são ainda poucos!

O Porto desloca-se ao Pavilhão Dr. Salvador Machado com a vantagem de 2 golos obtida no jogo da 1ª Mão e, em outros tempos, este pequeno ascendente seria suficiente para garantir a passagem. O problema é que a Oliveirense está em subida de forma visível com 5 vitórias e 1 empate nos últimos 6 jogos realizados para o Campeonato Placard, conta com um “Xano” Edo sempre muito frio e extremamente competente, com um Marc Torra que está nitidamente em melhoria e com os habituais “Facu” Navarro e Lucas Martínez em grande forma, fatores que adicionados ao ainda muito “errático” desempenho dos dragões, com jogos bastante bons (goleadas sobre Murches e Riba d’Ave) alternando com outras prestações menos boas (derrotas com Benfica e resultado escasso com Juventude de Viana), deixa tudo em aberto para o jogo de mais logo pelas 21 horas… Neste jogo, dispenso qualquer prognóstico!

Um Barcelos em grande vai receber o 2º classificado da OK Liga espanhola com uma vantagem de 2 golos obtida no Palácio Riazor na brilhante vitória por 6-4 da semana passada mas o que mais impressiona nesta equipa minhota é a sua crença e a confiança que os seus jogadores emanam em cada ação que realizam em pista. Luís Querido é o “capitão” dos capitães, um jogador de “mais vale partir que torcer” e que tem dado um exemplo flagrante de garra e competência aos seus companheiros e depois… tem ao seu lado 3 craques, só para falar nos mais mediáticos: Miguel Rocha, “só” o melhor goleador da WSE Champions League, “Conti” Acevedo, para mim um dos melhores guarda-redes do mundo e o sempre surpreendente Danilo Rampulla, um génio que por si só é capaz de fazer pendular a balança para o lado da sua equipa… O Liceo de César Carballeira, “Dava” Torres e “Tato” Ferruccio não vai a Barcelos para prestar vassalagem à equipa local mas terá imensas dificuldades para sair vitoriosa do “inferno” da “Catedral”, com os fiéis apoiantes barcelenses a criar um clima de apoio constante aos seus jogadores. Penso que o Barcelos vai gerir da melhor maneira a dupla vantagem que possui.

GOLEADORES E GUARDA-REDES

Quando 3 dos 4 primeiros goleadores da WSE Champions League são portugueses e 6 dos 7 primeiros jogam em equipas lusas, percebe-se perfeitamente o domínio dos lusitanos no Hóquei em Patins ao mais alto nível da Europa. E quando dos melhores 22 goleadores da prova máxima da modalidade, 13 fazem parte de equipas portuguesas, 11 são espanhóis, 4 são portugueses, 4 são argentinos e 3 são franceses, percebe-se porque é que a hegemonia mundial no Hóquei em Patins centra-se nestes 4 países.

Se atendermos somente aos Guarda-Redes que participaram em pelo metade dos jogos em que foram convocados, verificamos que Pedro Henriques continua a liderar a tabela dos que melhor média de golos sofridos apresentam, com “Conti” Acevedo, a juntar-se a Miquel Estrada para ocuparem o “Top3” dos Guarda-Redes com menos de 2 golos sofridos por partida. Com menos de 3 golos sofridos em cada jogo estão ainda “Xavi” Malián, António Marante, Manuel Silva (Diessbach) e “Xano” Edo.

Se atendermos ao universo da competição, também nos Guarda-Redes a predominância de portugueses é visível, com 8 nos primeiros 10 menos batidos desta WSE Champions League, mesmo se atendermos ao facto de alguns deles terem participado ativamente num número reduzido de jogos e alguns já não estarem presentes na prova

Saiba tudo sobre a Fase Final da WSE Champions League através da ligação apensa ao botão abaixo: