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Hóquei em Patins - 2013/2014
António Gaspar, Professor de Educação
Física e Treinador de Hóquei em Patins de Nível 3
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MUNDIAL de A a Z
Caiu o pano sobre o 41º
Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins Angola ‘
2013. Durante cerca de uma semana, as cidades de
Luanda e Namibe foram palco dos jogos deste
mundial. Forma o centro do mundo hoquista. Foi o
primeiro mundial realizado em África, berço da
humanidade, numa clara demonstração do empenho e
evolução do hóquei em patins em Angola.
Tal como me habituei, nos
tempos de Carlos Miranda e Bruno MIranda nas
suas crónicas do Tour de France dos idos anos 70
no jornal A BOLA, também agora me abalanço a
fazer um MUNDIAL DE A a Z.
Angola – país organizador do
41º Campeonato do Mundo de hóquei em patins de
2013. Muita ambição, grupo difícil, melhoria da
classificação do último mundial. Nota positiva.
Brasil – seleção renovada,
gente jovem. Técnico argentino. Preparação com
condições e apresentação em prova de forma mais
competitiva. Melhorou 2 lugares desde 2011. Teve
o melhor marcador do evento – Cláudio Filho
“Cacau” com 15 golos. Guarda Redes a bom nível –
Aurélio Rieger.
Calabeto (Carlos Alberto
Jaime) – presidente da Federação Angolana de
Patinagem, presidente do COHOQUEI. Alma mater
deste mundial. Sonhou, acreditou e aqui está –
1º mundial no continente africano. Com homens
como ele, qualquer sonho é possível de ser
realizado. Parabéns presidente MANCALAS
Dirigentes – do CIRH. Muitas
decisões não percebidas, nem tendo em conta
critérios regionais que possam ter a ver com
interesses extra desportivos. Nem assim. Não
respeitam a modalidade e estão a cavar a
sepultura do hóquei em patins, nas palavras de
Fernando Claro, presidente da Federação da
Patinagem de Portugal.
Espanha – PENTACAMPEÃ, 16
títulos mundiais. Melhor Guarda Redes – Carlos
Grau e Melhor Jogador do Mundial – Pedro Gil.
Marc Gual, Jordi Adroher e Jordi Bargalló os
outros titulares da equipa que mostrou o seu
melhor para alcançar o pentacampeonato.
Parabéns.
França – o próximo
organizador do 42º Campeonato do Mundo em 2015
em La Roche sur Yon. Trouxeram uma equipa para
trabalhar para 2015, mas muito trabalho de casa
deve ter de fazer. O seu capitão – Cirilo Garcia
– de Argentino naturalizado já não deve constar
no próximo, bem como o outro Argentino
naturalizado – David Morales. Questiona-se por
isso a sua utilidade numa seleção que se
apresentou projeção de futuro. Se no Namibe
ainda deram um ar da sua graça – ganharam ao
Uruguai (quem não ganhou?) e à Alemanha (esta
por um magro 1 x 0, mas suficiente) – a viagem
para Luanda para a segunda fase foi prejudicial.
Nunca mais se encontraram e tiveram muita
dificuldade de se apresentarem competitivos.
Desceram um lugar na classificação. Ficaremos
atento ao que fizerem no seu próprio país.
Guarda Redes – Carlos Grau
(Espanha) o melhor. André Girão (Portugal) valor
seguro nas redes nacionais. Aurélio Rieger
(Brasil) e Lucio Armijo em bom plano durante o
mundial, sendo peças importantes para os seus
países melhorarem a classificação anterior
Horários – um dos itens
fundamentais para que tudo corra a contento. As
razões para o atraso de várias situações, são as
mesmas para tal não acontecer. Nunca se acertou
com os horários apresentados nos vários
comunicados. O fato de os hotéis estarem longe,
do trânsito em Luanda ser caótico, não são por
si só razões que justifiquem o que aconteceu.
Até porque quando havia compromissos com os
satélites – transmissão da RTP – o jogo começava
a horas.
Inglaterra – falamos de um
ausente. À última da hora decidiram não se
apresentarem. Lá terão os seus motivos, mas quem
fica a perder, em primeiríssimo lugar é o hóquei
patinado do próprio país. Não é possível o
desenvolvimento sustentado se não se dá
condições de evolução aos seus praticantes, sem
continuidade. Mais do que não terem vindo a este
mundial, vamos ver se esta ausência não vai
provocar um retrocesso.
Juízes – um campeonato do
mundo é uma prova de excelência e como tal deve
ter condições – desportivas, logísticas e
organizacionais – como tal. Vem isto a propósito
de constatarmos que a nível de infraestruturas
este campeonato foi aquele em que a organização
(país) mais se empenhou para apresentar e
apresentou pavilhões, hotéis e transportes ao
nível exigido pelos melhores, sendo dos melhores
que estiveram à disposição de todos nos últimos
mundiais. As equipas apresentaram o seu melhor
nível competitivo, trabalhando por várias
semanas por forma a conseguirem os objetivos
traçados, tentando apresentar-se ao mais alto
nível e aí os melhores, aqueles que tem um
campeonato interno mais competitivo,
apresentaram-se melhores com mais opções e mais
fortes. Assim, através da sua prática regular e
competitiva, conseguiram as melhores
classificações. E os juízes que aqui estiveram?
Para além do fato de não estarem em sintonia na
aplicação das regras – como sabemos nem todos os
países usam as mesmas regras – nem nos uniformes
conseguiram ser iguais. Cada um utilizava
equipamento próprio e assim surgiram árbitros em
dupla com uniformes diferentes. Como a sua
atuação é resultado da sua prática, não é
possível que os árbitros de países com fraca
atividade onde não tem nem jogos em quantidade
nem estão habituados a atuarem sob pressão que
surge de jogos de elevado índice
competitividade. Por isso mesmo não podem
apresentar-se em condições de ajuizarem ao mais
alto nível, pois não se encontram com
experiência de decidirem (e bem) na fração de
segundo e com a certeza da interpretação das
regras. Nada nos move contra as pessoas como ser
humano. Estamos a escrever sobre a função que
exercem. Tem de se preparar, serem sérios,
rigorosos e competentes. Muitos deles não tem
nos seus países competição que os prepare para
um campeonato do mundo e assim estranha-se que
se encontrem a dirigir partidas dos 8 primeiros.
E como é possível que numa final Espanha
Argentina não se encontre pelo menos um árbitro
português. E estavam cá dois – Luís Peixoto e
Miguem Guilherme. Do melhor que se apresentaram
em pista.
Kaissarinha – nome da
mascote do 41.º Campeonato do Mundo de hóquei em
patins, que se disputou em Angola.
O nome Kaissarinha, uma homenagem ao antigo
jogador Kaissara, foi o mais votado numa eleição
pública na Internet, obtendo 323 votos, vencendo
outros nomes como Charra Charra (255 votos),
designação atribuída a um tipo de patins usados
nos primórdios da modalidade em Angola, e
Cassendinha (115), em referência ao bairro
Cassenda, onde o hóquei em patins é muito
popular.
Kaissara, hoje vice-presidente da Federação
Angolana de Patinagem, foi dos primeiros
jogadores angolanos a abraçar o profissionalismo
na Europa.
A mascote que publicitou o primeiro mundial da
modalidade em África, inspirou-se na cultura
Lunda "tchokwe", tinha as cores da bandeira
nacional (amarela, vermelha e preta), e ao peito
tinha a inscrição "Angola 2013".
Luanda - (antigamente Loanda)
é a capital e
a maior cidade de Angola.
Localizada na costa do Oceano
Atlântico, é também o principal porto e centro
económico do país.
Constitui um município subdividido em 13
distritos urbanos e é também
a capital da
província homónima. Foi fundada a 25
de Janeiro de 1576 pelo fidalgo e
explorador português Paulo
Dias de Novais, sob o nome de São
Paulo da Assunção de Loanda, conta
com uma população de aproximadamente5 milhões de habitantes, o
que a torna a terceira mais populosa cidade lusófona do
mundo, atrás apenas de São
Paulo e Rio
de Janeiro, ambas no Brasil.
As indústrias presentes
na cidade incluem
as de transformação de produtos agrícolas,
produção de bebidas, têxteis, cimento e
outros materiais de construção, plásticos, metalurgia, cigarros e sapatos.
O petróleo,
extraído nas imediações, é refinado na cidade,
embora a refinaria tenha
sido várias vezes danificada durante a guerra
civil que assolou
o país entre 1975 e 2002.
Luanda possui um excelente porto natural, sendo
as principais exportações o café, algodão, açúcar, diamantes, ferro e sal.
Os habitantes de Luanda são, na sua grande
maioria, membros de grupos étnicos,
principalmente ambundu, ovimbundu ebakongo.
Existe uma minoria significativa de origem europeia,
constituída principalmente por portugueses,
e uma importante comunidade chinesa.
A língua oficial e a mais falada é o português,
sendo também faladas várias línguas do grupo bantu,
principalmente o kimbundu.
Luanda foi a principal cidade a acolher os jogos
do Campeonato
Africano das Nações 2010 em futebol e
o Afrobasket de 2007
É uma cidade moderna com um belíssimo parque
hoteleiro que recebeu os participantes a este
41º Campeonato do Mundo, tendo todos em uníssono
referido tal facto.
Moçambique – depois do
brilharete com o 4º lugar obtido em 2011 em S.
Juan, Argentina, difícil, muito difícil se
tornava repetir tal classificação. Apresentou
uma equipa muito idêntica com algumas novidades,
muito jovens, que podem prespetivar um futuro
risonho, assim os seus dirigentes queiram
apostar na modalidade. No entanto, e pela
segunda vez consecutiva consegue ser a seleção
africana com melhor desempenho e também ficar na
tabela classificativa na metade superior.
Namibe – a outra cidade sede
deste 41º Campeonato do Mundo. Um pavilhão mais
pequeno (3.000 lugares), uma população
entusiástica, acolheu com grande hospitalidade
todas as seleções presentes em especial a
nacional angolana.
Anteriormente Moçâmedes
designa uma cidade e um município,
capital da província do Namibe,
em Angola.
O município tem 8 916 km² e cerca de 162 mil
habitantes . É limitado a
Norte pelo município de Baía Farta, a Este pelos municípios de Camucuio, Bibala e Virei,
a Sul pelo município de Tômbua e
a Oeste pelo Oceano
Atlântico e é
constituído pelascomunas de Namibe, Lucira e Bentiaba.
A cidade foi fundada em 1840 e,
até 1985,
teve o nome de «Moçâmedes». É o terceiro maior
porto de Angola, depois de Luanda e
Lobito. É também o terminal do
caminho-de-ferro do Namibe. A região,
maioritariamente desértica, com clima fresco e
seco, alberga a Welwitschia
mirabilis, uma espécie vegetal endémica.
Dos diversos bairros periféricos, o mais extenso
é o «Cinco de Abril», que surgiu em consequência
das cheias do dia 5 de Abril de 2001. Na sua
maior parte, os populares perderam os entes
queridos e os haveres, tendo os sobreviventes
sido encaminhados para a área antes desértica.
Organização – Muita obra em
tempo recorde para tudo estar em conformidade
com as exigências de uma competição deste
género. Nota positiva. Dois pavilhões novos –
Luanda e Namibe – mais um em Malanje e
reabilitação dos pavilhões da cidadela. Infra
estruturas boas, muito boas para o
desenvolvimento da modalidade no país.
Portugal – seleção que se
apresentou com objetivos bem definidos desde a
sua chegada a terras angolanas. Equipa jovem com
larga margem de progressão. Foram “afastados” da
final por um “golo de ouro” ou melhor “golo de
morte” e com outras decisões muito discutíveis
(mas isso já foi abordado). Seriedade, humildade
e trabalho são os vetores que vão nortear a
evolução desta seleção sabedores de que o futuro
lhes pertence.
Querido – José Carlos
Querido, treinador português de créditos
firmados, aparece aqui à frente da seleção
moçambicana. Conseguiu fazer de uma seleção de
um país com uma estrutura hoquista insipiente
uma equipa para lutar pelos lugares cimeiros,
colocando pela segunda vez o país entre os 8
melhores do mundo, sendo a melhor seleção
africana.
Repórteres – das várias
partes do mundo hoquista, acompanhando a sua
seleção e inúmeros correspondentes, estiveram
presentes. Todos fizeram o seu trabalho o melhor
que sabem, fruto da sua experiência e
conhecimento. Mas entre todos temos de destacar
a “Armada Argentina”. Eram um “autocarro cheio”.
Por todos os lados e por todas as razões faziam
reportagens. Os homens da rádio então andavam
sempre de microfone em punho. As viagens de
avião Luanda – Namibe e regresso então foram um
palco de performances que puseram o pessoal de
voo com a cabeça em água. Para eles não existem
regras a cumprir na ânsia de levar a informação
a todos os seus fiéis ouvintes – Rádio
Rivadavia, Radio Tucumán, Rádio Cadena Cinco,
Rádio Aire Santa Fé – e os jornais Diário de
Cuyo, Clarín e Quilmes Deportivo. Fizeram um
trabalho de divulgação deste mundial a todos os
níveis brilhante.
Seleções – 16 seleções de 3
continentes. Feitas as contas finais, Espanha
alcança o 16º título mundial e o 5º consecutivo.
Das quatro seleções classificadas nos 4
primeiros lugares, todas são constituídas por
naturais do seu país, isto é, não tem atletas
naturalizados, num mundial em que a regra foi
essa. Impensável até agora pensar em seleções
como a Itália, França, Brasil, Alemanha entre
outras, aparecerem aqui com atletas que não
nasceram nos países que agora representam.
Itália apresentou 3 Argentinos, França, 2
Argentinos, Moçambique 5 Portugueses, Angola 4
portugueses e 1 Argentino, Alemanha 2
Portugueses e África do Sul com 9 Luso
Descendentes.
No outro extremo da
classificação as três seleções que baixaram ao
Grupo B – Uruguai, Áustria e Estados Unidos
representam os continentes Americano e Europeu.
No 1º Campeonato Mundial em África, os seus 3
representantes – Moçambique, Angola e África do
Sul – conseguiram a permanência no Grupo A para
o próximo Mundial a disputar em França em 2015.
Toy limpa chão – uma figura
deste mundial. Figura do BAI Basket. Agora
chegou a vez de entrar nas casas de todo o mundo
que assistiu aos jogos transmitidos pelas
estações televisivas. Com a sua “arte” é um
espetáculo dentro do espetáculo. Ninguém fica
indiferente a esta figura que tem o sonho de
limpar o chão do pavilhão do FC Barcelona e não
pretende acabar a sua carreira de “LIMPADOR” sem
atuar num jogo da NBA. Simpático, comunicativo
q.b. sempre se disponibilizou para tirar
centenas de fotos com os atletas das várias
seleções aqui presentes (que o digam os
moçambicanos…)
Uruguai – 4ª classificada no
último mundial “B”, repescada pela ausência da
Inglaterra à última da hora, veio a este mundial
com muita vontade de participar, mas não passou
disso mesmo. 16ª a chegar e 16ª classificada no
final. Bons rapazes!
Voluntários – a base de todos
os eventos deste quilate. Sem voluntários,
difícil seria por de pé e dar continuidade à
realização do mundial. Desde voluntários de
pista, de seleções, de apoio à imprensa,
bilheteiras, entradas, condutores, tradutores a
assistências vários, a eles um muito obrigado
por estarem presentes quando necessário fazendo
se passar despercebidos quando não necessários.
Bem hajam pelo trabalho realizado, tantas e
tantas vezes não reconhecidos.
(X)imagem
– o maior ganho
para Angola é em termos de imagem. Imagem da sua
capacidade organizativa e imagem do país lá
fora. Os elementos das comitivas integrantes
deste mundial ficaram agradados e certamente
gostariam de voltar como turistas.
Zzzzz – vamos dormir sob o
manto do 41º Campeonato do Mundo de Hóquei em
Patins.
António Gaspar |
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DIA 7 – sábado, 28 de setembro de 2013
No Namibe
15º / 16º Lugares – Uruguai 1
x Áustria 5 – duas seleções já relegadas para o
Grupo B, jogaram para cumprir calendário e
ratificar o resultado do ano passado em que a
Áustria garantiu a última vaga para este
mundial. Recorde-se que a seleção sul americana
está aqui em substituição da Inglaterra
13º / 14º Lugares – Colômbia
6 x Estados Unidos 1 – jogo que decidia quem
acompanhava as seleções do jogo anterior até ao
Grupo B. Repetição do 1º jogo deste mundial, só
que desta vez a Colômbia fez o trabalho de casa
todo e garantiu o 13º posto, descendo um lugar
relativamente ao evento de 2011.
11º / 12º - África do Sul 3 x
Alemanha 6 – A África do Sul que já tinha
garantido a permanência, jogou descansada e a
Alemanha ganhou conseguindo só perder um lugar
desde a última edição.
9º / 10º Lugares – Angola 6 x
Suíça 1 – os Suíços procuravam manter o mesmo
nono lugar, mas tal tornou-se difícil pelo
endiabrado Martin Payero que só à sua conta
marcou 4 golos. Assim Angola melhorou 2 lugares,
não conseguindo o primeiro objetivo que era
disputar os 8 primeiros lugares.
Em Luanda
7º / 8º Lugares – Moçambique
5 x França 4 – Os moçambicanos começaram algo
receosos, mas cedo foram para cima dos franceses
e, finalmente, Fred apareceu. Marcou 3 golos e
fez a cabeça em água dos defensores contrários.
Pelas condições em que o hóquei em patins se
encontra em Moçambique, este sétimo lugar, não é
um retrocesso, mas sim um êxito. Pelo segundo
mundial consecutivo ficou nos 8 primeiros e é
seleção africana com melhor lugar na
classificação.
5º / 6º Lugares – Brasil 1 x
Itália 2 – jogo muito tático, fruto talvez da
condição física dos atletas. Cacau marcou o 1 x
0 para o seu Brasil e com este tento deve ter
selado a conquista do troféu de melhor marcador
deste mundial. Feitas as contas Itália manteve o
5º lugar do mundial transato e o Brasil, fruto
da renovação e das condições, melhores, de
preparação, subiu 2 degraus na tabela
classificativa.
3º / 4º Lugares – Portugal 10
x Chile 3 – Portugal com estes 10 golos passou a
ser a seleção com maior número de golos deste
campeonato e ao sofrer 3 golos, atingiu a marca
dos 9 golos consentidos o que faz com que seja
segunda seleção, ficando a Espanha com 7 a
liderar neste item. A seleção lusa imprimiu um
ritmo forte desse o inicio para não deixar os
chilenas imporem o seu jogo pausado e 5 x 0 ao
intervalo, quase que sentenciou o resultado. Na
segunda metade baixou um pouco de intensidade e
permitiu os 3 golos do Chile.
Luís Sénica disse no final
que “este jogo foi presente na revolta desta
seleção e futuro naquilo em que nós acreditamos”
e “ todos nós precisamos de rigor,
credibilidade e seriedade, fomos sérios
humildes e trabalhadores”
1º /2º Lugares – Espanha 4 x
Argentina 3 – PENTACAMPEÃ. São 5 contra 5 e no
fim ganha a ESPANHA. E está tudo dito.
Um jogo intenso com uma
Espanha dominadora desde o inicio chega com toda
a justeza a 3 x 0, mas os astros individuias da
Argentina nunca se renderam e foram buscar
forças aonde elas estavam e com um final
empolgante fazem 3 x 3.
Só que, como estavam, a subir
“por uma escada rolante descendente”, pararam na
igualdade a 2 minutos do fim, quiçá a pensar no
prolongamento e chegou o génio do melhor jogador
do torneio – Pedro Gil e no ataque seguinte
resolveu – ESPANHA CAMPEÃ MUNDIAL ‘2013,
PENTACAMPEÃ, 16 TÍTULOS MUNDIAIS, 16 TÍTULOS
EUROPEUS - . 32 no total
PORTUGAL 15 títulos mundiais
e 20 titulos europeus – 35 no total. Ainda somos
o país com mais títulos do mundo. Até quando?
Classificações individuais
MELHOR MARCADOR – Cláudio
Filho “Cacau” (Brasil) – 15 golos
MELHOR G. REDES – Carlos Grau
(Espanha)
EQUIPA FAIR-PLAY – Áustria
(menos faltas cometidas)
MELHOR JOGADOR DO MUNDIAL –
Pedro Gil (Espanha)
Classificação final
1º Espanha
2º Argentina 3º
Portugal 4º Chile
8º França
7º Moçambique
6º Brasil 5º Itália
9º Angola
10º Suíça 11º
Alemanha 12º Áf. do Sul
16º
Uruguai 15º Áustria
14º Est. Unidos 13º
Colômbia
A classificação foi assim
apresentada para se visionar desde já as séries
do próximo mundial – França’ 2015.
Relativamente a este
articulado da “feitura” das séries, achamos que
algo deve mudar pois que, com alguma certeza
define-se desde já as 4 seleções que vão
disputar o titulo, bem como as que vão ficar nos
8 primeiros lugares. Basta para tal olhar para a
classificação de 2011 e de 2013.
Também aqui chegou a altura
de inovar, melhorando a competitividade. A
incerteza do resultado leva à melhoria da
competição.
Para quando outra
alternativa? Não será chegada a altura de se
adaptar a modalidade a quadros competitivos mais
interessantes?
António Gaspar |
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DIA 6 – sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Dia de decisões – Espanha x
Chile e Argentina x Portugal, os vencedores
estão na final. No outro extremo Estados Unidos
x Uruguai e Colômbia x Áustria os derrotados
estão no grupo B no próximo ano.
“ O hóquei não é
uma agência de viagens” e “O campeonato
ficou manchado desportivamente falando” –
palavras de Fernando Claro, Presidente da
Federação da Patinagem de Portugal na
conferência de imprensa no final da meia final
que opôs a seleção de Portugal à sua congénere
da Argentina.
No seguimento da sua
intervenção disse mais “O árbitro espanhol já
deu provas da sua incompetência no jogo de ontem
da Itália e como prémio veio arbitrar o jogo de
Portugal” “Este comité Internacional não defende
o hóquei em patins e por isso não deve
continuar. A FPP não votou neste comité!”.
De seguida agradeceu aos
portugueses e angolanos que apoiaram a seleção e
referiu que não mereciam isto que se passou. Por
fim deu os parabéns à organização angolana pelas
condições que disponibilizou para as equipas e
pelo trabalho feito.
“É o primado da
incompetência premeditada” palavras de
Luís Sénica na conferência de imprensa.
“Marcamos 2 golos, isto é, a bola entrou logo no
primeiro remate e depois foi confirmada pelo
João e os árbitros invalidaram” “Nestas coisas
temos de ser sérios. O critério das faltas tem
de ser isento” “Esta seleção trabalhou com
dignidade e competência e vai ganhar, hoje fomos
afastados da final mas com a consciência que
somos fortes” “É muito difícil jogar com uma
potência”
Assim, quer o presidente da
Federação da Patinagem de Portugal, quer o
treinador nacional mostraram a sua indignidade
pelo que se passou dentro da quadra de jogo na
segunda meia final que definiu a Argentina para
se juntar à ainda campeã em titulo, a Espanha.
Mais logo pelas 21h15 se saberá o vencedor deste
41º campeonato do mundo de hóquei em patins
Angola ‘ 2013.
Dos restantes jogos há a
destacar os resultados – Espanha 7 x Chile 0,
Brasil 7 x Moçambique 5, Itália 6 x França 5.
No jogo do Brasil x
Moçambique a árbitra angolana Patrícia Costa
averbou vermelho direto ao Guarda Redes de
Moçambique, Igor Alves, por palavras dirigidas
por este com o resultado ainda favorável a
Moçambique que chegou a estar a vencer por 1 x
3. Muito difícil se vai tornar a vida a Zé
Querido para levar a sua seleção a fugir ao 8º
lugar. De qualquer forma Moçambique continua nos
8 primeiros lugares do Grupo A pelo segundo
mundial consecutivo.
Itália x França foi um jogo
muito intenso com muitas alternâncias no
marcador tendo a França o pássaro na mão, mas
nos instantes permitiu não só a igualdade a 5
como em simultâneo com o último segundo de jogo
o 6 x 5 final. Já após o apito para o fim do
jogo o jogador B. Nedder foi expulso pelo
árbitro suíço.
A Espanha dominou e fez a
gestão do esforço dos seus jogadores para o dia
da final.
Nos jogos da série do Namibe
– disputa do 9º ao 16º lugares – os resultados
foram os seguintes –Colômbia 7 x Áustria 3,
Suíça 4 x África do Sul 2 (a África do Sul
esteve a ganhar 0 x 2), Uruguai 3 x Estados
Unidos 6 e Alemanha 1 x Angola 4
Daqui se infere que Uruguai e
Áustria já “garantiram” o passe para o Mundial B
do próximo ano e serão acompanhados pelo
derrotado do Colômbia x Estados Unidos (na 1ª
jornada do deste mundial, após 4 x 4 no tempo
regulamentar os Estados Unidos venceram nos
penaltis 7 x 6 a Colômbia)
Assim para amanhã último dia
da prova temos no Namibe e a partir das 9h00 os
seguintes jogos:
9h00 – 15º / 16º lugares –
Uruguai x Áustria; 10h45 – 13º / 14º lugares –
Colômbia x Estados Unidos; 12h30 – 11º / 12º -
África do Sul x Alemanha – 9º / 10º lugares –
Angola x Suíça
Em Luanda e a partir das
15h15 temos os seguintes jogos:
7º / 8º lugares – Moçambique
x França
5º / 6º lugares – Brasil x
Itália
3º / 4º lugares – Portugal x
Chile
1º /2º lugares – Espanha x
Argentina
No inicio da jornada das
meias finais foi “brindados” com mais uma tabela
dos melhores marcadores ao fim dos quartos de
final e é a seguinte
11 GOLOS
Cacau – Brasil
8 GOLOS
Jorge Silva – Portugal
Luís Viana – Portugal
Lucas Karschau – Alemanha
Sérgio Pereira – Alemanha
Nicolas Fernandez – Chile
Pascal Kissing – Suíça
António Gaspar |
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DIA 5 – quinta-feira, 26 de setembro de 2013
E começou os
quartos de final, quer para os 8 primeiros lugares, quer para os 8 últimos – a
glória (o título) e a morte(s) (das 3 seleções que serão relegadas para o Grupo
B).
Em Luanda
aconteceu a primeira triagem. Das oito equipas – Espanha, França, Itália,
Argentina, Brasil, Portugal, Chile e Moçambique – foi feita a triagem para quem
vai disputar os 4 primeiros lugares e quem vai para a disputa do 5º ao 8º lugar.
No primeiro jogo
da jornada a Argentina nâo começou bem, pois permitiu 2 golos sem resposta e
andou atrás do marcador até que aos 5 x 5 no marcador conseguiu fugir até aos 9
x 5 finais.
O Brasil, fruto da
capacidade técnica individual de Cacau e Didi e enquanto tiveram “pernas”
incomodaram os “alvi-celestes”. Estes, por sua vez com uma equipa recheada de
estrelas – jogadores do Barcelona (Matias Pascual), Benfica (Lopez e Abalos),
Bassano (Emanuel Garcia), Valdagno (Nicolia, Figueroa, Platero) e Tissino (Dario
Fernandez) – tiveram alguma dificuldade de adaptação ao piso da Arena e nem
sempre conseguiram explanar o seu jogo.
No final,
Argentina para as meias finais e o Brasil a disputar um lugar do 5º ao 8º.
No segundo jogo –
Espanha x França -, tal como o selecionador francês tinha dito, os franceses
vieram para complicar o jogo dos espanhóis.
Ao intervalo
registava-se um 3 x 0 para os campeões em título e na segunda parte um 2 x 3
para os franceses, deu como resultado um score de 5 x 3 favorável aos “nuestros
hermanos” (que nestas coisas do hóquei, nem são “nossos” e muito menos “irmãos”
Espanhóis
qualificados para as meias e franceses para a disputa do 5º ao 8º.
Itália x Chile,
começou de forma um tanto ao quanto diabólica, com 3 Cartões azuis - 2 para os
italianos (um deles para o guarda redes Barozzi) e 1 para os chilenos – , nos
primeiros 2 minutos de jogo, que não alteraram o marcador, isto apesar de os
italianos estarem a jogar somente com 3 jogadores – GR e 2 de JC. 0 x 0 era o
resultado ao intervalo.
No final, situação
idêntica, agora com um golo para cada lado, obrigou as equipas a irem para um
prolongamento sempre incomodo em que o menor deslize deita por terra tudo de bom
que tenha sido feito até então. O Chile já se tinha visto nestas andanças – no
jogo com Angola.
E eis que a 3’ 38
para o fim, o Chile sentenciou o jogo com o “golo de ouro” através da
transformação de uma grande penalidade. Resultado final – Itália 1 x Chile 2.
Este resultado só
demonstra que Angola estava colocada num grupo muito difícil com duas excelentes
equipas. O Chile com esta vitória já garantiu pelo menos o 4º lugar neste
mundial.
Só quem não viu (e
os italianos não devem ter visto) o Chile na 1 fase é que se surpreende com este
resultado. Agora que venha a Espanha.
No jogo que
encerrava a jornada dos quartos de final, Portugal venceu por 6 x 0 sem que
Moçambique esboçasse qualquer reação. Foi um jogo em que a ténue oposição dos
moçambicanos, que tiveram algumas oportunidades que não foram concretizadas em
contrapartida com os portugueses a faturarem. 4 x 0 na 1ª parte para os dois
últimos golos só surgirem nos últimos 4 minutos.
Em face destes
resultados temos para as meias finais do título os jogos – Espanha x Chile e
Argentina x Portugal. Para as classificativas do 5º ao 8º lugar temos – França x
Itália e Brasil x Moçambique.
Os jogos do Namibe
serviram no dia de hoje para fazer a triagem das seleções que iriam lutar pelos
9º, 10º, 11º e 12º daqueles que irão disputar a fuga à despromoção ao Grupo B.
No Suíça x Uruguai
– 16 x 2 – foi por demais evidente que estes uruguaios já estavam em férias e
boas férias, nada que se pareça com a Dinamarca Campeã Europeia na Suécia’92.
Assim vai direitinha para onde veio – o grupo B
No jogo seguinte,
mais do mesmo – Alemanha 12 x Áustria 3. O dado digno de registo foi que a
seleção austríaca finalmente marcou golos neste mundial, eles que tinham medo
das doenças que pudessem contrair.
Estados Unidos (3º
Grupo D) x África do Sul (4º Grupo C) fizeram um jogo cheio de calculismo até ao
intervalo em que a seleção sul africana vencia por 0 x 1, com o golo a ser
marcado aos 2 minutos de jogo. No reinício chegaram rapidamente a 0 x 3 e a 1 x
5 para permitir o perigoso 3 x 5 e fixar no 4 x 6 final. Assim o principal
objetivo da África do Sul está conseguido pois já conseguiu com este resultado a
permanência no Grupo A deixando de em 2014 lutar por um lugar entre a elite
mundial. Possa agora estruturar um plano de desenvolvimento tendente a criar
canais de formação de jogadores e agentes (treinadores, dirigentes e árbitros)
da modalidade.
Angola x Colômbia
foi o jogo que fechou a jornada do Namibe. Angola entrou a marcar mas a Colômbia
empatou e passou para a frente, mas foi “sol de pouca dura” e os angolanos,
motivados pelo apoio constante do público acabou por terminar o jogo com uma
vitória por 6 x 3.
Para a luta pela
despromoção vamos ter amanhã sexta feira os jogos – Estados Unidos x Uruguai e
Colômbia x Áustria. Na disputa do 9º lugar temos os jogos – Angola x Alemanha e
Suíça x África do Sul.
António Gaspar |
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Campeonato do Mundo registou ontem segunda pausa
Concluída a fase de grupos, o campeonato do mundo de hóquei em patins, que
decorre em Angola desde o passado dia 20, registou ontem, quarta-feira, a
segunda pausa.
A organização programou aquele dia para a deslocação das seleções de acordo com
a "chave" da segunda fase da prova, que arranca quinta-feira, com a fase do
título em Luanda e as classificativas do 9º ao 16º lugares no Namibe.
Os dois primeiros classificados de cada um dos quatros grupos formados cruzam-se
na luta pelo título nos quartos-de-final, meias-finais e final, agendados para o
pavilhão Multiusos de Luanda.
No Namibe, será disputado o alinhamento do nono ao décimo sexto lugar.
Esta é a segunda pausa da competição que pela primeira vez se disputa em África.
A primeira foi dia 21, um dia depois da cerimónia de abertura e a partida
inaugural (Angola-África do Sul), com a finalidade de permitir a deslocação dos
integrantes dos grupos B e D para o Namibe e hoje para as deslocações das
equipas de e para o trajeto Luanda – Namibe.
Tal com as equipas fazem deste dia, dia de reflexão, também nós aqui fazemos
alguma análise do que foi e principalmente do que vai ser daqui até sábado, este
mundial africano.
Foram marcados até agora 195 golos (não estão contabilizados os golos do
desempate por grandes penalidades). A jornada mais produtiva foi a segunda com
76 golos. Justifica-se por ser a jornada intermédia e que já estão praticamente
definidas as posições da maioria das equipas, e a menos produtiva a terceira
(54), onde ainda se joga lugares classificativos e em que as equipas podem por
isso “arriscar” menos. A 1ª teve 65 golos.
Por grupos, foi o grupo C – da nossa seleção – o mais goleador com 62 golos
(para isso contribuiu a maior goleada do mundial de Portugal sobre a África do
Sul por 21 x 2). Mesmo a nível de jornada, este grupo só perdeu na 1ª para o
Grupo A que fez 19 golos e o C fez 18, tendo nas seguintes, 2ª e 3ª,
respetivamente 25 e 19.
Estas marcas resultam numa média de 8,125 golos/jogo numa média de 65
golos/jornadas.
A nível de seleções temos como aquela que mais golos marcou a seleção Portuguesa
com 31 golos e continua a ser a que maior diferenças de golos entre marcados e
sofridos com +25. No lugar de equipa com menos golos sofridos está a Argentina e
a França com 3 golos cada uma.
No top negativo temos a registar que a seleção da Áustria ainda não se estreou a
marcar tendo sofrido 22 golos. Mas a equipa que mais golos sofreu nesta 1ª fase
que agora terminou destaca-se a África do Sul com 39 golos, dos quais 53,8% são
por culpa da equipa de Portugal, que concretizou por 21 vezes.
Olhando para os 4 primeiros classificados a seleção menos realizadora foi a
Argentina com 16, seguida da Itália com 19, Espanha 25 e em primeiro lugar
Portugal com os já referidos 31 golos.
Em termos defensivos, destes 4 concorrentes a equipa que menos permitiu que lhes
violassem as redes foi a Argentina com 3 golos. A Espanha, que curiosamente,
olhando para os atletas de campo aqui presentes, não apresenta nenhum defesa de
raiz, surge em seguida com 4 golos sofridos a par da Itália.
Nesta classificação particular, surge Portugal em 4º lugar com 6 golos sofridos.
Não temos dados estatísticos pois não foram disponibilizados pela organização,
nem em termos de marcadores individuais, nem em termos de cartões azuis, nem
tempo de jogo de cada atleta.
As classificações de cada série foram similares aos lugares obtidos no último
campeonato do mundo, isto é, exetuando o Grupo D, em que a Itália trocou com
Moçambique de lugar classificativo e o mesmo aconteceu com os Estados Unidos e
Colômbia.
Nos outros grupos mantiveram-se as posições relativas entre os países que
resultaram da classificação final do mundial de 2011.
Portugal, Espanha, Argentina e Itália são as favoritas nos jogos dos quartos de
final nos confrontos com Moçambique, França, Brasil e Chile respetivamente.
Nos jogos do Namibe, para as classificativas do 9º ao 16º lugares os jogos são
os seguintes – Suíça x Uruguai; Alemanha x Áustria; Angola x Colômbia; Estados
Unidos x África do Sul.
Pelo que todas elas fizeram na 1ª fase, consideramos claramente favoritas as
seleções indicadas em 1º lugar de cada jogo, até porque são as ficaram colocadas
em 3º lugares de cada grupo.
A festa vai começar hoje dia 26 de Setembro para jogos de “mata-mata” até à
classificação final.
António Gaspar |
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Dia 3
Dia de decisões. Difíceis algumas. Felicidade
para alguns, infelicidade para outros. Mas a
festa vai continuar.
No grupo A já estavam encontradas as equipas
apuradas para as fases seguintes. Brasil e
Espanha para a metade superior da tabela
classificativa e Suíça e Áustria para a metade
inferior. Para esta 3ª jornada faltava decidir o
escalonamento da série para encontrar os
adversários dos quartos de final em cruzamento
com as equipas da Série B.
Assim o jogo Suíça x Áustria decidia o 3º e 4º
lugares e com a vitória por 2 x 0 da Suíça
fugiu ao último lugar do grupo.
No jogo Espanha x Brasil para o 1º lugar, apesar
de o Brasil ter estado na frente por largo
tempo, a sua condição física traí-os e foram
derrotados por 5 x 3 e assim Espanha em 1º e
Brasil em segundo.
A classificação deste grupo ficou ordenada da
seguinte forma – 1º Espanha, 2º Brasil, 3º
Suíça, 4º Áustria.
No grupo B, encontrado que já estava o líder da
classificação da série – Argentina – faltava a
segunda equipa que acompanhava para os quartos
de final.
O “bilhete premiado” foi conseguido pela França
que derrotou a Alemanha com um golo aos 3, (isso
mesmo, três) minutos de jogo e esse magro e
inusitado resultado de 1 x 0, foi suficiente
para alcançar a desejada vitória.
No outro jogo, no duelo sul americano –
Argentina x Uruguai, a vitória foi da equipa
representativa da terra de Maradona, Messi e
companhia por 8 x 0, confirmando assim o pleno
de vitórias nesta 1ª fase
A classificação deste grupo ficou ordenada da
seguinte forma – 1º Argentina, 2º França, 3º
Alemanha, 4º Uruguai.
Seguem para o grupo dos primeiros a Argentina e
a França, sobrando as favas para a Alemanha e
Uruguai que vão lutar pelas classificativas do
9º ao 16º lugares.
No outro grupo do Namibe, o D, a Itália já tinha
o apuramento garantido e entrou no jogo com os
Estados Unidos com à vontade e venceu por uns
esclarecedores 10 x 0.
No Moçambique x Colômbia, os sul americanos
ainda podiam aspirar ao apuramento desde que
vencessem por margem de 3 golos ou superior. Tal
não veio a acontecer e a seleção lusófona do
indico ganhou por margem confortável de 5 x 1.
A classificação deste grupo ficou ordenada da
seguinte forma – 1º Itália, 2º Moçambique, 3º
Estados Unidos, 4º Colômbia.
Finalmente no grupo C, em Luanda e após a
“surpresa” – com aspas para quem não viu os
desperdícios dos angolanos – da vitória dos
chilenos no jogo com os “donos da casa”, a
jornada começou com uma folgada vitória do Chile
sobre a África do Sul por 10 x 3, relegando a
equipa sul africana para o último lugar.
No “escaldante” Angola x Portugal em que para os
angolanos só a vitória servia, a equipa
portuguesa entrou dominadora, consistente.
Angola fez um bom jogo, tentou tudo o que tinha
trabalhado, conseguiu inúmeros remates, rodou a
equipa para tentar várias soluções, só que do
outro lado esteve uma senhora equipa.
Portugal jogou o necessário para controlar as
principais incidências das fases do jogo – uma
defesa forte, compacta, rápidas saídas para a
transição ofensiva, boa circulação de bola
quando em ataque posicional e uma rápida
transição defensiva que dificultava sempre as
ações da equipa angolana.
Se na 1ª parte Angola ainda conseguiu equilibrar
o resultado acabando a perder apenas por um golo
– 2 x 1 – na etapa complementar os 3 golos sem
resposta coartaram qualquer hipótese de
recuperação, chegando ao resultado final de 5 x
1
A classificação deste grupo ficou ordenada da
seguinte forma – 1º Itália, 2º Moçambique, 3º
Estados Unidos, 4º Colômbia.
Treinador angolano reconhece
superioridade portuguesa
O treinador da seleção angolana de hóquei em
patins, Orlando Graça, reconheceu terça-feira,
em Luanda, a superioridade da similar portuguesa
e as dificuldades de finalização como bases da
derrota, por 1-5, em jogo da terceira jornada do
grupo C, do Campeonato do Mundo da modalidade,
disputado no Pavilhão Multiusos de Luanda.
Ao falar em conferência de imprensa no final da
partida, o técnico apontou a necessidade de
fazer uma análise do que se passou e as
correcções devidas:
“Os jogadores entraram em campo com uma postura
desejada, mas falhamos na finalização. Chegamos
várias vezes a baliza adversária, sem no entanto
conseguirmos concretizar as oportunidades. Por
isso, temos de ser dignos e aceitar os
resultados e valorizar as equipas que nos
ganharam”, disse.
Acrescentou que pelo facto de não se alcançar as
perspectivas, o colectivo não poderá ficar
satisfeito, mas, considera-se orgulhoso pelo
comportamento demonstrado pela selecção
nacional.
Treinador
português determinado na conquista do Mundial
O treinador da selecção portuguesa de hóquei em
patins, Luís Sénica, garantiu na noite de
terça-feira, em Luanda, a determinação da sua
equipa em lutar para conquistar o Campeonato do
Mundo da modalidade, que se disputa em Angola.
Em
declarações à imprensa, após vitória sobre a
similar angolana, por 5-1, em jogo da terceira
jornada da prova, no Pavilhão Multiuso do
Kilamba, o técnico afirmou terem cumprido o
primeiro objectivo:
“Ganhar os jogos foi o objectivo conseguido.
Agora vamos lutar para sermos campeões do
mundo”, disse.
Quanto ao próximo desafio com a congénere de
Moçambique, referiu respeitar o adversário, mas
aponta o triunfo como prioridade.
França carimba à tangente passe para os
quartos-de-final
Numa partida épica e com um único golo, de
Anthony Weber aos 3 minutos de jogo, a França
garantiu hoje, terça-feira, no Namibe, o segundo
lugar do grupo B, após vitoria sobre a Alemanha
por 1-0, em jogo da terceira jornada do
campeonato do mundo de hóquei em patins.
O seleccionador da Alemanha, Mike Neubauer,
considerou hoje, terça-feira, no pavilhão
Welwitschia Mirabilis, que a sua equipa não teve
sorte diante da similar da França, em que perdeu
por 0-1, no jogo da terceira jornada do grupo B.
Falando em conferência de imprensa, o
treinador alemão referiu que os seus jogadores
tiveram oportunidades de marcar muitos golos,
mas a pontaria não foi eficaz principalmente
quando faltavam dois minutos para terminar o
encontro.
Mike Neubauer explicou que a equipa esteve
bem na primeira parte, mas depois de ter sofrido
o único golo, teve que se empenhar para poder
empatar a partida o que não foi concretizado
devido a ineficácia dos jogadores.
Entretanto, o técnico disse que a selecção
vai trabalhar no sentido de conseguir a melhor
classificação no campeonato do mundo.
Sobre a hospedagem na
cidade do Namibe, o técnico considerou óptima,
mas solicitou maior encontro entre os jogadores
e público para que eles possam se conhecer e
trocar experiência.
Capitão Francês antevê
dificuldades com Espanha
O capitão da selecção da França, Cirilo Garcia,
afirmou hoje, terça-feira, na cidade do Namibe,
que a equipa francesa terá “grandes”
dificuldades para vencer a Espanha em Luanda,
nos jogos dos quartos de final.
O capitão gaulês de nacionalidade argentina, que
prestava informações a imprensa, após o jogo em
que a sua selecção venceu por 1-0 a similar da
Alemanha, afirmou que Espanha é favorita, mas
vão jogar para contrariar o favoritismo.
“ Vamos à Luanda com a intenção de fazer o nosso
jogo, e mais uma vez temos a esperança que vamos
passar para outra fase do campeonato do mundo de
hóquei em patins”, realçou.
Em relação ao jogo de hoje, o capitão da França
explicou que foi uma vitoria difícil, uma vez
que Alemanha soube posicionar-se na quadra e não
dando espaços de golos.
A França ficou no segundo lugar do grupo B com
seis pontos.
Técnico Galês satisfeito
com a evolução dos jogadores
O treinador da selecção da França, Fabien
Savreux, mostrou-se hoje, terça-feira, no
pavilhão Welwitschia Mirabilis, no Namibe,
satisfeito com o desempenho dos seus atletas que
qualificaram-se para os quartos de final ao
vencer a Alemanha por, 1-0.
Falando em conferência de imprensa, o técnico
gaulês disse que os seus atletas conseguiram
cumprir com os objectivos, embora o ataque não
resultou em eficácia atendendo as oportunidades
de golos que tiveram ao longo da partida.
“ Agora a equipa está a jogar na medida, por
isso iremos a Luanda com determinação para poder
contrariar o favoritismo dos espanhóis, embora
ser difícil, uma vez que a Espanha conhece muito
bem o pavilhão de Luanda”, considerou o técnico.
Fabien Savreux referiu que, a selecção francesa
deixa a cidade do Namibe esta quarta-feira, com
“muitas” preocupações sendo que a Espanha vai
aproveitar o factor tempo e o conhecimento do
pavilhão para fazer o seu jogo.
Entretanto para contrapor a situação, o
treinador francês informou que equipa técnica
vai trabalhar principalmente nos aspectos
psicológicos na perspectiva de recuperar os
jogadores.
Fabien Savreux manifestou-se no entanto
regozijado com a organização do campeonato a
nível da província do Namibe, palco dos grupos B
e D, tendo considerado de positivo.
Marcadores
Para espanto de todos os jornalistas aqui
presentes, fomos hoje "brindados" com "uma"
lista dos melhores marcadores ao fim da segunda
jornada, e ela é assim constituida:
7 GOLOS
Cacau (Brasil)
Luís Viana (Portugal)
6 GOLOS
João Rodrigues (Portugal)
Jorge Silva (Portugal)
5 GOLOS
Lucas Karschau (Alemanha)
Didi (Brasil)
4 GOLOS
Selva (Espanha)
Perez (Espanha)
Wilfried Roux (França)
Foi a lista que foi disponibilizada pela
organização através do "KAISSARINHA" (Jornal
do Mundial).
É interessante de ver e lembrar que ontem
na goleada de 21 x 2 à África do Sul, Jorge
Silva marcou - garantidamente - 7 golos, mas
como podem ver na lista tem 6 contabilizados
António Gaspar |
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Dia 2 – 23 de Setembro de 2013
Numa
competição com 4 séries de 4 seleções, o segundo
dia de prova serve já para definir o
escalonamento para a segunda fase da prova.
Na série
A o Brasil e a Espanha, ao vencerem
respetivamente a Suíça por 4 x 2 e a Áustria por
11 x 0, resultou desde já o apuramento para a
série de disputa do título, ficando para a 3ª
jornada a classificação final que sairá do
confronto direto entre eles, agendado para
amanhã pelas 19h30, antes do escaldante Portugal
x Angola.
No Namibe
e a contar para o grupo B aconteceu a primeira
goleada por números com dois dígitos da prova
com a robusta vitória por 13 x 0 da França sobre
o Uruguai e no outro jogo a Argentina cumpriu o
calendário vencendo a Alemanha por 5 x 2,
garantindo o apuramento e o primeiro lugar do
grupo na passagem para a fase 2.
Amanhã no
confronto entre franceses e alemães se decidirá
quem acompanha a Argentina na passagem para os
quartos de final.
Ainda no
Namibe e para o Grupo D defrontaram-se
Moçambique x Estados Unidos e Colômbia x Itália.
Moçambique cumpriu e ganhou por 4 x 2 e fica
numa posição privilegiada para alcançar o
segundo lugar do grupo e assim ser apurada para
os 8 primeiros.
No outro
jogo do grupo os Italianos levaram de vencida os
Colombianos por 5 x 3 e garantiram o primeiro
lugar do grupo e vão esperar pela 3ª jornada
para saber quem os acompanha.
Finalmente para o nosso grupo, em Luanda, no
Pavilhão Multiusos do Kilamba jogaram Portugal x
África do Sul e Angola x Chile.
No jogo
da “equipa de todos nós” os nossos jogadores não
podiam começar melhor com um golo logo aos 19
segundos de jogo e por aí fora até ao score
final de 21 x 2. Foi um jogo para trabalhar os
esquemas ofensivos, as transições e o trabalho
de finalização, encarando o jogo com seriedade e
onde as duas notas de registo foi a utilização
do guarda-redes Pedro Henriques na segunda
parte, fazendo assim a sua estreia em Mundiais e
neste momento ser o Capitão Valter Neves o único
jogador de campo que ainda não marcou qualquer
golo nesta prova.
No final,
em conferência de imprensa o técnico nacional
destacou a intensidade que a equipa colocou no
jogo e a forma como o abordou no sentido de
respeitar o adversário dando o máximo na defesa
do jogo e do espetáculo. Por sua vez, Valter
Neves, considerou positiva a prestação da equipa
portuguesa, preparada para ir jogo a jogo até à
vitória final.
No outro
jogo do grupo Angola chegou ao intervalo a
ganhar por 1 x 0, mas permitiu o empate com que
terminou o tempo regulamentar. Como neste
Mundial não são permitido empates, seguiu-se o
tempo extra de 10 minutos, divididos em duas
partes de 5 e nada se alterou o que levou toda a
gente para os dramáticos penaltis onde a sorte
sorriu aos chilenos.
Agora
para os Angolanos o jogo de amanhã torna-se
crucial, como única tentativa de poder ainda
explorar as suas hipóteses de se apurar para os
quartos de final.
O Chile
utilizou uma estratégia de “força de bloqueio”
ou de “resistência passiva” em que entre marcar
ou não sofrer optou pela segunda hipótese e
percebeu que por cada avançar do cronómetro mais
força encontrava e fundamentalmente mais pressão
colocava nos jogadores adversários.
Temos
então neste grupo a nossa seleção com os pés no
1º lugar e o Chile, ganhando à África do Sul,
esperar que o normal aconteça com a vitória de
Portugal.
Como
registo final aproveito para informar que o
atleta Alan Fernandes – a jogar pelo Brasil – se
lesionou ainda no decorrer da 1ª parte do jogo
de hoje com a Suíça, no joelho esquerdo com
algum aparato. Prontamente socorrido pelos
serviços médicos presentes, já fez uma
ressonância e não acusou qualquer lesão grave,
ficando em repouso na jornada de amanhã e tem
autorização médica para jogar a partir de 5ª
feira.
António Gaspar |
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Dia 1B... (o
1A
foi a 20 de Setembro)
Hoje começou a maratona de jogos da 1ª fase do
41º Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins -
Angola '2013
Agora e durante 3 dias em Luanda - Séries A e C
- e no Namibe - Séries B e D - desenrolar-se-ão
os jogos da 1ª fase para apuramento das 8
seleções que vão disputar os primeiros lugares e
consequentemente o título de CAMPEÃO e as
restantes 8 seleções - 3ª e 4ª classificadas de
cada série - para disputarem as classificativas
do 9º ao 16º lugares e que definiram as três
últimas seleções que baixarão ao Mundial B no
próximo ano.
A máquina está montada, pese o fato de não estar
ainda bem oleada, mas mais uma jornada e tudo
entrará em velocidade de cruzeiro.
As seleções que se prepararam com mais ou menos
condições, mas todas com afinco para chegarem
aos objectivos definidos.
Muitos golos vão ser marcados, muitos mais vão
passar ao lado, mas no final todos em festa, vão
comemorar mais um Mundial.
Só a 28 de Setembro se fazem as contas, mas até
lado muitas se vão fazer nesta fase para
conseguirem os desideratos de cada um.
E a começar desde já com os Estados Unidos a
deixarem a sua marca na história deste evento ao
levarem de vencida a Colômbia por 7 x 6 – apesar
de ser em mais uma “inovação” (que teve a sua
primeira aparição no Mundial Feminino do Japão)
em que os jogos não podem terminar empatados,
isto num CAMPEONATO sob regulamentos da CIRH em
que diz que a vitória vale 3 pontos, o Empate 1
ponto e a Derrota 0 (Zero) pontos – e assim
arredaram (quase) desde já os sul americanos do
segundo lugar do grupo.
Para o mesmo grupo o jogo Itália x Moçambique
terminou com a vitória dos transalpinos por 4 x
1 e assim garantiram praticamente o 1º lugar do
grupo.
O grupo B, começou com uma Alemanha, treinada
pelo Mike, jogador da Associação Académica de
Coimbra na década de 80 do século passado, a
levar de vencida o Uruguay, última equipa a
chegar a este palco e repescada para substituir
a Inglaterra que por problemas vários declinou a
sua participação, com um score dilatado de 10 x
1, com 5 x 0 já ao intervalo
Neste grupo, o Argentina x França definiu o
primeiro lugar do grupo e ele vai inteirinho
para a Argentina que trás uma equipa com apenas
dois sobreviventes do último campeonato, mas
cheia de valores que tem mostrado o quanto valem
pelos palcos da europa. No final 3 x 1 para os
homens das pampas e que devem dar já a liderança
final do grupo B.
Nas séries da Luanda e começando pela séria A,
no primeiro jogo da jornada o Brasil passeou a
sua classe em frente da frágil Áustria, vencendo
por 9 x 0 com 4 x 0 ao meio tempo. A destacar os
5 golos de Cacau e 3 de Didi, os motores da
equipa do país irmão, que foram bem secundados
pelo “portugues” Alan Fernandes e pelo bem
conhecido Bruno Matos (ex Santa Clara,
Candelária e Barcelos). O outro golo para a
conta final foi conseguido pelo jovem Diego
Dias.
No outro jogo da série, pese o facto da a
Espanha só ter 1 x 0 de margem ao intervalo,
marcando o golo com 1’45 de jogo por Mac Gual,
entrou na segunda parte com um golo de J. Selva
a finalizar um Contra Ataque aos 1’52 de jogo o
que fez com que logo 41’’ depois A. Perez
elevado para 3 x 0 terminando o jogo com uns
esclarecedores 9 x 1 finais que demonstraram que
os treta campeões estão aqui para o penta.
Na série de Portugal, que teve o primeiro jogo
na sexta feira com a Angola a derrotar o África
do Sul por 8 x 2, a nossa equipa cumpriu com a
“obrigação” de ganhar e assim aconteceu com 5 x
3 final, apesar de a exibição não ter sido tão
conseguida como desejado. Mas se por um lado a
equipa chilena não conseguiu jogar, apresentando
um hóquei muito fraco, por outro podemos
queixarmo-nos de 3 bolas no ferro ainda na 1ª
parte e a ansiedade do primeiro jogo ter
influenciado a nossa prestação.
Mas neste campeonato, mais do que a exibição,
conta o resultado e esse foi de encontro aos
objetivos
Amanhã temos então a 2ª jornada para todos os
grupos com jogos para vários gostos, mas isso
fica para o lançamento da jornada.
Surpresa
Primeira surpresa no
Mundial de Hóquei e Patins a decorrer em Angola.
Na cidade do Namibe,
no 1º jogo do dia - Estados Unidos x
Colômbia, no final dos 40 minutos de jogo
registava-se uma igualdade a 4 bolas... e
surpresa 1 - decorreu um prolongamento em
que não houve golos e seguiu-se o desempate
por grandes penalidades e.... surpresa 2 - o
Estados Unidos venceram por 7x6.
Muito dificil se torna
atingir o segundo lugar do grupo, como era
objectivo expresso pelo treinador asturiano
Fernando Sierra.
Portanto para a
história fica Estados Unidos 7 x Colômbia 6
António Gaspar |
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Receção na
Escola Portuguesa de Luanda
CLIQUE NA IMAGEM ACIMA PARA VER AS
ENTREVISTAS
António Gaspar |
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Receção na
Escola Portuguesa de Luanda
A Seleção Portuguesa teve hoje dia 20 de
Setembro uma receção na Escola Portuguesa de
Luanda - EPL.
De forma entusiástica a comitiva nacional
foi recebida pelos alunos e professores da
EPL. Mais do que as palavras as imagens
junto são demonstrativas do calor humano que
rodeou todos os integrantes do selecionado
que foram acompanhados pelo Embaixador
Português em Angola e pelo Secretário de
Estado da Juventude e Desportos do governo
central.
À chegada, o coro da EPL cantou o Hino
Nacional Angolano seguido da nossa bem
conhecida "A Portuguesa", hino este que tem
um encanto especial quando ouvido a
kilómetros de distância do solo pátrio.
Após a entrega de desenhos e trabalhos
dos alunos desde o pré escolar até ao
secundário, os atletas, e não só..., foram
literalmente abalroados para a caça aos
autógrafos, nas fotos/postais que foram
distribuídos pela comitiva e por todos os
cadernos e não só que os alunos tinham.
António Gaspar |
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Chegou o
dia...
Desportivamente falando, cruza-se hoje mais uma
data especial, assumindo a particularidade de
ganhar espaço próprio nas páginas da História. O
20 de Setembro junta-se a outras datas que
marcaram o início de eventos de tamanha grandeza
desportiva realizados em Angola, naquilo que, em
bom rigor, acaba por ser um teste à capacidade
empreendedora de um país ainda com resquícios de
um passado marcado a ferrete.
Não vai para muito tempo, Angola chamou a si a
responsabilidade de acolher o Campeonato
Africano de Futebol das Nações (CAN’2010), qual
desafio foi aquele, com a construção de quatro
estádios de raiz em quatro províncias sedes, e a
partir de hoje junta no seu regaço a nata do
hóquei em patins. Trata-se de uma retumbante
vitória, que projecta o seu nome e prestigio
para os píncaros da celebridade.
É, pois, a primeira vez que, em 40 edições já
realizadas, a competição tem lugar no continente
africano. Assim como a África do Sul que, em
2010, teve o privilégio de cá trazer o primeiro
campeonato mundial de futebol, Angola também
assina o seu nome na lista dos africanos mais
ousados, com propensão para abraçar projectos
arrojados, com convicção vitoriosa realizando o
1º Campeonato Mundial de desportos de pavilhão
em África.
Senhora e senhores, aí está o mundial de hóquei
em patins, para ser vivido até à exaustão, não
fossem os angolanos um povo entusiasta, que na
sua forma de ser e de estar sabe valorizar o
belo que há na arte do jogo da bola. Luanda e
Namibe, já em vestes festivas, prometem escaldar
nos próximos dias. Serão, de resto, dez dias de
renhida refrega nas quadras, esperando-se apenas
por jogos de apurado teor qualitativo e apurado
espírito de fair play, sendo o mundial uma
montra só reservada aos melhores.
O país está mobilizado para fazer a festa. Claro
está que o hóquei em patins, mesmo não sendo uma
modalidade de elite, não é porém um desporto
popularizado entre nós. Mas, o trabalho de
organização da prova não esteve alheio ao
trabalho de marketing, que teve o seu efeito. Os
angolanos, sobretudo nas cidades sede, falam
hoje do hóquei em patins no mesmo tom com que
falam de futebol, andebol ou basquetebol.
Competitivamente, espera-se que as maiores
potências da modalidade correspondam à
expectativa. Espanha, Portugal e Argentina,
detentores do mais rico palmarés, estão aí para
mostrarem o seu valor real, que os consagra como
os “senhores” donos do hóquei em patins mais
expressivo que se pratica à superfície da Terra.
Enfim, Angola sorri de alegria. De forma
diferente não podia ser para quem acreditou na
concretização de um projeto tão ingente como
este. Na certa, respiram de alívio os membros da
comissão organizadora, os únicos que estarão em
condições de explicar as diferentes etapas que o
processo conheceu, as boas e más fases e os
momentos em que, se calhar, o pessimismo chegou
a ameaçar o lugar do otimismo.
Mas, pelo que hoje a prática nos dá a ver,
reinou a garra, a determinação e a crença no
êxito. Os pavilhões construídos de raiz aí
estão, feitos em verdadeiros comerciantes de
charme e imponência. Estando a casa arrumada
para a festa que se pretende e se espera de
requinte, e chegados aqui, podemos concluir que,
removida a areia e feita a travessia do deserto
valeu a pena o desafio. Chegámos ao dia…
Moldes de disputa
do campeonato
O Campeonato do Mundo de hóquei em patins é a
principal competição entre seleções nacionais e
disputa-se de dois em dois anos, tanto na
vertente masculina como na feminina. É uma prova
organizada pelo Comité Internacional de Rink
Hockey (CIRH) e a Federação Internacional de
Roller Sporting (FIRS).
O campeonato do mundo de hóquei em patins
divide-se em dois escalões, A e B. O A engloba
as 16 melhores seleções do mundo, ao passo que
no B jogam seleções de nível inferior.
É disputado em duas fases. Na primeira, as
seleções são colocadas em quatro grupos, de
quatro equipas cada, que se designam A,B,C e D,
constituídas pela classificação do Campeonato
anterior. As equipas de cada grupo defrontam-se,
a uma mão. Os dois primeiros classificados
apuram-se para os quartos-de-final, ao passo que
os últimos ficam relegados à disputa das
classificativas, do nono ao último lugar.
A segunda fase corresponde às eliminatórias
diretas que se disputam desde os quartos-de-
final, meias-finais, final e classificativas.
Nos quartos-de-final as seleções nacionais
apuradas dos grupos A e B defrontam-se em
sistema cruzado. Os primeiros classificados
jogam com os segundos e os vencedores apuram-se
para a meia-final. Acontece o mesmo com as
equipas apuradas nos grupos C e D.
Os conjuntos nacionais que perderem jogam
classificativas para do quinto ao oitavo lugar.
As seleções nacionais que perderem na meia-final
jogam pelo terceiro lugar, ao passo que as
vencedoras vão disputar o título mundial no jogo
da final.
As três últimas classificadas baixam para
disputarem, no ano seguinte, o campeonato do
mundo B. Muitas seleções têm assim a
possibilidade de disputar mundiais A e B
seguidos, porque após baixarem para o mundial B,
geralmente as equipas conseguem colocar-se entre
os três primeiros classificados e isso
permite-lhes regressarem ao mundial A, que se
disputa logo após aquele em que tinham descido.
Argentinos em maioria
O campeonato mundial que Angola acolhe a partir
de hoje tem a particularidade de ser o que mais
atletas naturalizados vai inscrever. A
naturalização de atletas, uma prática que
encontrou sempre terreno fértil no futebol e no
basquetebol, ganha corpo no hóquei em patins, e
em Angola muitos atletas nesta condição vão
estrear-se a jogar pelos seus novos países.
Martin Payero, san-juanino que se naturalizou
angolano, pode ser de todos o único que faz a
sua estreia no mundial por um segundo país, já
que, segundo dados disponíveis os outros nunca
jogaram um mundial de seniores pela Argentina.
Martin alinhou pela equipa das pampas nos
mundiais de 2003, em Oliveira de Azeméis,
Portugal e em San José (EUA) 2005. A França vem
a Angola com dois argentinos naturalizados,
Cirilo Garcia e Alberto Morales “Bebo”. O Brasil
traz Alan Fernandes, que agora é brasileiro bem
como Pedro Cuvelo, ambos portugueses. Há ainda
argentinos naturalizados na equipa da Itália e
dois portugueses na equipa da Alemanha. Não
sendo portugueses de nacionalidade, a equipa sul
africana tem na sua maioria descendentes lusos.
Outra curiosidade desta ordem, a equipa norte
americana tem nas suas fileiras um “jovem”,
Englund de seu nome que na época de 1999/2000
foi atleta júnior do SC Marinhense
António Gaspar |
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e
acredita
na conquista do 5º título consecutivo...
A
seleção espanhola de Hóquei em Patins chegou ao
princípio da noite de hoje, a Luanda, confiante
na conquista do quinto título consecutivo do
Campeonato do Mundo da modalidade, que decorre
de 20 a 28 do presente, nas cidades de Luanda e
Namibe.
O técnico principal da seleção, Carlos Feriche,
disse que “na verdade, para nós a conquista do
quinto título consecutivo seria a realização de
um sonho, pois seria um feito histórico no mundo
dos desportos e no hóquei em patins em
particular”.
Para o técnico, apesar de Portugal e Argentina,
serem sérios candidatos, “este é o sonho
espanhol e tudo faremos para concretiza-lo”.
Apontou Angola e a Itália como outros potenciais
candidatos, por serem duas seleções que têm
mostrado bastante trabalho. No caso de Angola,
destacou o factor casa e organização, bem como
por jogar diante do seu público, no seu campo e
com toda a envolvência de ter uma boa equipa,
com boas opções.
“Ainda assim trazemos uma seleção bastante
competitiva de 10 jogadores, que teve a melhor
preparação de sempre, por isso acreditamos nessa
conquista”, afirmou.
Para o médio da seleção, Jordi Bargalló, “este
vai ser um grande mundial e temos a esperança de
levar o título para Espanha”.
O jogador do Liceu de La Corunha, que se desloca
pela primeira vez ao continente africano, espera
conhecer um pouco a sociedade angolana e a
maneira de viver do seu povo.
A seleção de Espanha já foi 15 vezes campeão do
mundo de hóquei em patins, sendo atual
Tetra-Campeã (detentora de quatro títulos
consecutivos), uma vez que ganhou os campeonatos
de 2005, 2007, 2009 e de 2011. |
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Localizado no Camama II, junto à centralidade do
Kilamba e do estádio 11 de Novembro, o Pavilhão
Multiusos de Luanda, inaugurado hoje pelo Chefe
de Estado, José Eduardo dos Santos, para o
mundial de hóquei em patins a iniciar
sexta-feira, possui capacidade para 12.720
espectadores e foi erguido em nove meses e 15
dias pela construtora angolana ?Omatapalo?.(estrada
num dialeto local)
O local definido para a implantação é marcado
pelo eixo de distribuição circular cidade
capital, via expresso, numa infra-estrutura
cujos módulos de sombreamento são compostos por
estruturas metálicas de suporte a telas
tensionadas de cor cinza, mas que assumem
diferentes níveis de transparência consoante a
intensidade da iluminação.
Com vista a garantir a protecção das áreas,
impedir a propagação de incêndios, o edifício
encontra-se compartimentado em vários espaços
organizados de forma a permitir, em caso de
sinistro, que os espectadores possam alcançar um
lugar seguro no exterior de modo fácil e rápido.
As galerias dos pisos elevados do pavilhão são
encerradas exteriormente por 156 módulos,
compostos por uma estrutura metálica de dois
perfis principais ligados entre si.
No piso zero (0) situam-se os serviços e áreas
afectas ao público em geral, nomeadamente
balcões de informação, bares e instalações
sanitárias, enquanto no topo estão os acessos
para os VIP e imprensa, administração, agentes
desportivos e adeptos com mobilidade reduzida.
No piso 1, além da quadra de jogo, possui
diversas zonas de apoio às modalidades
desportivas, balneários de atletas, de árbitros
e treinadores, zonas de aquecimento, posto
médico, controlo anti-doping e áreas de apoio
para a comunicação social como salas de
imprensa, redacção, entrevistas rápidas e
conferência de imprensa.
Em complemento surgem as áreas técnicas de
manutenção de apoio ao pessoal, integrando
vestiários e respectivas instalações de suporte
e uma esquadra da Polícia Nacional.
O último nível retoma as bancadas destinadas ao
público geral, com acesso às várias colunas de
escadas garantindo conforto e segurança. A
bancada de maior inclinação garante óptimas
condições de visibilidade.
Embora originalmente projectado para receber o
primeiro campeonato do mundo de hóquei em
patins, o primeiro a disputar-se em África, o
Multidesportivo de Luanda tem condições para
jogos de outras modalidades de sala devido às
bancadas removíveis.
Na configuração para hóquei em patins, cabem no
recinto 12.720 espectadores numa área de 1.630
metros quadrados. Todavia, para configuração de
eventos em que se queira maximizar a área
disponível ao nível da arena, perde 2.838
lugares mas ganha 2.000 metros quadrados
passando a ter arena livre de 3.490 metros
quadrados.
A área bruta da construção cifra-se em 30 mil
metros quadrados. O estacionamento exterior tem
capacidade para 873 viaturas e a interior 47,
além do espaço para táxis e outros transportes
públicos com 27 metros quadrados. |
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