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Hóquei em Patins - 2013/2014


António Gaspar, Professor de Educação Física e Treinador de Hóquei em Patins de Nível 3

 

MUNDIAL de A a Z

Caiu o pano sobre o 41º Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins Angola ‘ 2013. Durante cerca de uma semana, as cidades de Luanda e Namibe foram palco dos jogos deste mundial. Forma o centro do mundo hoquista. Foi o primeiro mundial realizado em África, berço da humanidade, numa clara demonstração do empenho e evolução do hóquei em patins em Angola.

Tal como me habituei, nos tempos de Carlos Miranda e Bruno MIranda nas suas crónicas do Tour de France dos idos anos 70 no jornal A BOLA, também agora me abalanço a fazer um MUNDIAL DE A a Z.

Angola – país organizador do 41º Campeonato do Mundo de hóquei em patins de 2013. Muita ambição, grupo difícil, melhoria da classificação do último mundial. Nota positiva.

Brasil – seleção renovada, gente jovem. Técnico argentino. Preparação com condições e apresentação em prova de forma mais competitiva. Melhorou 2 lugares desde 2011. Teve o melhor marcador do evento – Cláudio Filho “Cacau” com 15 golos. Guarda Redes a bom nível – Aurélio Rieger.

Calabeto (Carlos Alberto Jaime) – presidente da Federação Angolana de Patinagem, presidente do COHOQUEI. Alma mater deste mundial. Sonhou, acreditou e aqui está – 1º mundial no continente africano. Com homens como ele, qualquer sonho é possível de ser realizado. Parabéns presidente MANCALAS

Dirigentes – do CIRH. Muitas decisões não percebidas, nem tendo em conta critérios regionais que possam ter a ver com interesses extra desportivos. Nem assim. Não respeitam a modalidade e estão a cavar a sepultura do hóquei em patins, nas palavras de Fernando Claro, presidente da Federação da Patinagem de Portugal.

Espanha – PENTACAMPEÃ,  16 títulos mundiais. Melhor Guarda Redes – Carlos Grau e Melhor Jogador do Mundial – Pedro Gil. Marc Gual, Jordi Adroher e Jordi Bargalló os outros titulares da equipa que mostrou o seu melhor para alcançar o pentacampeonato. Parabéns.

França – o próximo organizador do 42º Campeonato do Mundo em 2015 em La Roche sur Yon. Trouxeram uma equipa para trabalhar para 2015, mas muito trabalho de casa deve ter de fazer. O seu capitão – Cirilo Garcia – de Argentino naturalizado já não deve constar no próximo, bem como o outro Argentino naturalizado – David Morales. Questiona-se por isso a sua utilidade numa seleção que se apresentou projeção de futuro. Se no Namibe ainda deram um ar da sua graça – ganharam ao Uruguai (quem não ganhou?) e à Alemanha (esta por um magro 1 x 0, mas suficiente) – a viagem para Luanda para a segunda fase foi prejudicial. Nunca mais se encontraram e tiveram muita dificuldade de se apresentarem competitivos. Desceram um lugar na classificação. Ficaremos atento ao que fizerem no seu próprio país.

Guarda Redes – Carlos Grau (Espanha) o melhor. André Girão (Portugal) valor seguro nas redes nacionais. Aurélio Rieger (Brasil) e Lucio Armijo em bom plano durante o mundial, sendo peças importantes para os seus países melhorarem a classificação anterior

Horários – um dos itens fundamentais para que tudo corra a contento. As razões para o atraso de várias situações, são as mesmas para tal não acontecer. Nunca se acertou com os horários apresentados nos vários comunicados. O fato de os hotéis estarem longe, do trânsito em Luanda ser caótico, não são por si só razões que justifiquem o que aconteceu. Até porque quando havia compromissos com os satélites – transmissão da RTP – o jogo começava a horas.

Inglaterra – falamos de um ausente. À última da hora decidiram não se apresentarem. Lá terão os seus motivos, mas quem fica a perder, em primeiríssimo lugar é o hóquei patinado do próprio país. Não é possível o desenvolvimento sustentado se não se dá condições de evolução aos seus praticantes, sem continuidade. Mais do que não terem vindo a este mundial, vamos ver se esta ausência não vai provocar um retrocesso.

Juízes – um campeonato do mundo é uma prova de excelência e como tal deve ter condições – desportivas, logísticas e organizacionais – como tal. Vem isto a propósito de constatarmos que a nível de infraestruturas este campeonato foi aquele em que a organização (país) mais se empenhou para apresentar e apresentou pavilhões, hotéis e transportes ao nível exigido pelos melhores, sendo dos melhores que estiveram à disposição de todos nos últimos mundiais. As equipas apresentaram o seu melhor nível competitivo, trabalhando por várias semanas por forma a conseguirem os objetivos traçados, tentando apresentar-se ao mais alto nível e aí os melhores, aqueles que tem um campeonato interno mais competitivo, apresentaram-se melhores com mais opções e mais fortes. Assim, através da sua prática regular e competitiva, conseguiram as melhores classificações. E os juízes que aqui estiveram? Para além do fato de não estarem em sintonia na aplicação das regras – como sabemos nem todos os países usam as mesmas regras – nem nos uniformes conseguiram ser iguais. Cada um utilizava equipamento próprio e assim surgiram árbitros em dupla com uniformes diferentes. Como a sua atuação é resultado da sua prática, não é possível que os árbitros de países com fraca atividade onde não tem nem jogos em quantidade nem estão habituados a atuarem sob pressão que surge de jogos de elevado índice competitividade. Por isso mesmo não podem apresentar-se em condições de ajuizarem ao mais alto nível, pois não se encontram com experiência de decidirem (e bem) na fração de segundo e com a certeza da interpretação das regras. Nada nos move contra as pessoas como ser humano. Estamos a escrever sobre a função que exercem. Tem de se preparar, serem sérios, rigorosos e competentes. Muitos deles não tem nos seus países competição que os prepare para um campeonato do mundo e assim estranha-se que se encontrem a dirigir partidas dos 8 primeiros. E como é possível que numa final Espanha Argentina não se encontre pelo menos um árbitro português. E estavam cá dois – Luís Peixoto e Miguem Guilherme. Do melhor que se apresentaram em pista.

Kaissarinha – nome da mascote do 41.º Campeonato do Mundo de hóquei em patins, que se disputou em Angola. O nome Kaissarinha, uma homenagem ao antigo jogador Kaissara, foi o mais votado numa eleição pública na Internet, obtendo 323 votos, vencendo outros nomes como Charra Charra (255 votos), designação atribuída a um tipo de patins usados nos primórdios da modalidade em Angola, e Cassendinha (115), em referência ao bairro Cassenda, onde o hóquei em patins é muito popular. Kaissara, hoje vice-presidente da Federação Angolana de Patinagem, foi dos primeiros jogadores angolanos a abraçar o profissionalismo na Europa. A mascote que publicitou o primeiro mundial da modalidade em África, inspirou-se na cultura Lunda "tchokwe", tinha as cores da bandeira nacional (amarela, vermelha e preta), e ao peito tinha a inscrição "Angola 2013".

 

Luanda - (antigamente Loanda) é a capital e a maior cidade de Angola. Localizada na costa do Oceano Atlântico, é também o principal porto e centro económico do país. Constitui um município subdividido em 13 distritos urbanos e é também a capital da província homónima. Foi fundada a 25 de Janeiro de 1576 pelo fidalgo e explorador português Paulo Dias de Novais, sob o nome de São Paulo da Assunção de Loanda, conta com uma população de aproximadamente5 milhões de habitantes, o que a torna a terceira mais populosa cidade lusófona do mundo, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, ambas no Brasil.

As indústrias presentes na cidade incluem as de transformação de produtos agrícolas, produção de bebidas, têxteis, cimento e outros materiais de construção, plásticos, metalurgia, cigarros e sapatos. O petróleo, extraído nas imediações, é refinado na cidade, embora a refinaria tenha sido várias vezes danificada durante a guerra civil que assolou o país entre 1975 e 2002. Luanda possui um excelente porto natural, sendo as principais exportações o café, algodão, açúcar, diamantes, ferro e sal.

Os habitantes de Luanda são, na sua grande maioria, membros de grupos étnicos, principalmente ambundu, ovimbundu ebakongo. Existe uma minoria significativa de origem europeia, constituída principalmente por portugueses, e uma importante comunidade chinesa. A língua oficial e a mais falada é o português, sendo também faladas várias línguas do grupo bantu, principalmente o kimbundu.

Luanda foi a principal cidade a acolher os jogos do Campeonato Africano das Nações 2010 em futebol e o Afrobasket de 2007

É uma cidade moderna com um belíssimo parque hoteleiro que recebeu os participantes a este 41º Campeonato do Mundo, tendo todos em uníssono referido tal facto.

Moçambique – depois do brilharete com o 4º lugar obtido em 2011 em S. Juan, Argentina, difícil, muito difícil se tornava repetir tal classificação. Apresentou uma equipa muito idêntica com algumas novidades, muito jovens, que podem prespetivar um futuro risonho, assim os seus dirigentes queiram apostar na modalidade. No entanto, e pela segunda vez consecutiva consegue ser a seleção africana com melhor desempenho e também ficar na tabela classificativa na metade superior.

Namibe – a outra cidade sede deste 41º Campeonato do Mundo. Um pavilhão mais pequeno (3.000 lugares), uma população entusiástica, acolheu com grande hospitalidade todas as seleções presentes em especial a nacional angolana.

Anteriormente Moçâmedes designa uma cidade e um município, capital da província do Namibe, em Angola. O município tem 8 916 km² e cerca de 162 mil habitantes . É limitado a Norte pelo município de Baía Farta, a Este pelos municípios de Camucuio, Bibala e Virei, a Sul pelo município de Tômbua e a Oeste pelo Oceano Atlântico e é constituído pelascomunas de Namibe, Lucira e Bentiaba. A cidade foi fundada em 1840 e, até 1985, teve o nome de «Moçâmedes». É o terceiro maior porto de Angola, depois de Luanda e Lobito. É também o terminal do caminho-de-ferro do Namibe. A região, maioritariamente desértica, com clima fresco e seco, alberga a Welwitschia mirabilis, uma espécie vegetal endémica.

Dos diversos bairros periféricos, o mais extenso é o «Cinco de Abril», que surgiu em consequência das cheias do dia 5 de Abril de 2001. Na sua maior parte, os populares perderam os entes queridos e os haveres, tendo os sobreviventes sido encaminhados para a área antes desértica.

Organização – Muita obra em tempo recorde para tudo estar em conformidade com as exigências de uma competição deste género. Nota positiva. Dois pavilhões novos – Luanda e Namibe – mais um em Malanje e reabilitação dos pavilhões da cidadela. Infra estruturas boas, muito boas para o desenvolvimento da modalidade no país.

Portugal – seleção que se apresentou com objetivos bem definidos desde a sua chegada a terras angolanas. Equipa jovem com larga margem de progressão. Foram “afastados” da final por um “golo de ouro” ou melhor “golo de morte” e com outras decisões muito discutíveis (mas isso já foi abordado). Seriedade, humildade e trabalho são os vetores que vão nortear a evolução desta seleção sabedores de que o futuro lhes pertence.  

Querido – José Carlos Querido, treinador português de créditos firmados, aparece aqui à frente da seleção moçambicana. Conseguiu fazer de uma seleção de um país com uma estrutura hoquista insipiente uma equipa para lutar pelos lugares cimeiros, colocando pela segunda vez o país entre os 8 melhores do mundo, sendo a melhor seleção africana.

Repórteres – das várias partes do mundo hoquista, acompanhando a sua seleção e inúmeros correspondentes, estiveram presentes. Todos fizeram o seu trabalho o melhor que sabem, fruto da sua experiência e conhecimento. Mas entre todos temos de destacar a “Armada Argentina”. Eram um “autocarro cheio”. Por todos os lados e por todas as razões faziam reportagens. Os homens da rádio então andavam sempre de microfone em punho. As viagens de avião Luanda – Namibe e regresso então foram um palco de performances que puseram o pessoal de voo com a cabeça em água. Para eles não existem regras a cumprir na ânsia de levar a informação a todos os seus fiéis ouvintes – Rádio Rivadavia, Radio Tucumán, Rádio Cadena Cinco, Rádio Aire Santa Fé – e os jornais Diário de Cuyo, Clarín e Quilmes Deportivo. Fizeram um trabalho de divulgação deste mundial a todos os níveis brilhante.

Seleções – 16 seleções de 3 continentes. Feitas as contas finais, Espanha alcança o 16º título mundial e o 5º consecutivo. Das quatro seleções classificadas nos 4 primeiros lugares, todas são constituídas por naturais do seu país, isto é, não tem atletas naturalizados, num mundial em que a regra foi essa. Impensável até agora pensar em seleções como a Itália, França, Brasil, Alemanha entre outras, aparecerem aqui com atletas que não nasceram nos países que agora representam. Itália apresentou 3 Argentinos, França, 2 Argentinos, Moçambique 5 Portugueses, Angola 4 portugueses e 1 Argentino, Alemanha 2 Portugueses e África do Sul com 9 Luso Descendentes.

No outro extremo da classificação as três seleções que baixaram ao Grupo B – Uruguai, Áustria e Estados Unidos representam os continentes Americano e Europeu. No 1º Campeonato Mundial em África, os seus 3 representantes – Moçambique, Angola e África do Sul – conseguiram a permanência no Grupo A para o próximo Mundial a disputar em França em 2015.

Toy limpa chão – uma figura deste mundial. Figura do BAI Basket. Agora chegou a vez de entrar nas casas de todo o mundo que assistiu aos jogos transmitidos pelas estações televisivas. Com a sua “arte” é um espetáculo dentro do espetáculo. Ninguém fica indiferente a esta figura que tem o sonho de limpar o chão do pavilhão do FC Barcelona e não pretende acabar a sua carreira de “LIMPADOR” sem atuar num jogo da NBA. Simpático, comunicativo q.b. sempre se disponibilizou para tirar centenas de fotos com os atletas das várias seleções aqui presentes (que o digam os moçambicanos…)

Uruguai – 4ª classificada no último mundial “B”, repescada pela ausência da Inglaterra à última da hora, veio a este mundial com muita vontade de participar, mas não passou disso mesmo. 16ª a chegar e 16ª classificada no final. Bons rapazes!

Voluntários – a base de todos os eventos deste quilate. Sem voluntários, difícil seria por de pé e dar continuidade à realização do mundial. Desde voluntários de pista, de seleções, de apoio à imprensa, bilheteiras, entradas, condutores, tradutores a assistências vários, a eles um muito obrigado por estarem presentes quando necessário fazendo se passar despercebidos quando não necessários. Bem hajam pelo trabalho realizado, tantas e tantas vezes não reconhecidos.

(X)imagem – o maior ganho para Angola é em termos de imagem. Imagem da sua capacidade organizativa e imagem do país lá fora. Os elementos das comitivas integrantes deste mundial ficaram agradados e certamente gostariam de voltar como turistas.

Zzzzz – vamos dormir sob o manto do 41º Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins.

António Gaspar

 

DIA 7 – sábado, 28 de setembro de 2013 

No Namibe

15º / 16º Lugares – Uruguai 1 x Áustria 5 – duas seleções já relegadas para o Grupo B, jogaram para cumprir calendário e ratificar o resultado do ano passado em que a Áustria garantiu a última vaga para este mundial. Recorde-se que a seleção sul americana está aqui em substituição da Inglaterra

13º / 14º Lugares – Colômbia 6 x Estados Unidos 1 – jogo que decidia quem acompanhava as seleções do jogo anterior até ao Grupo B. Repetição do 1º jogo deste mundial, só que desta vez a Colômbia fez o trabalho de casa todo e garantiu o 13º posto, descendo um lugar relativamente ao evento de 2011.

11º / 12º - África do Sul 3 x Alemanha 6 – A África do Sul que já tinha garantido a permanência, jogou descansada e a Alemanha ganhou conseguindo só perder um lugar desde a última edição.

9º / 10º Lugares – Angola 6 x Suíça 1 – os Suíços procuravam manter o mesmo nono lugar, mas tal tornou-se difícil pelo endiabrado Martin Payero que só à sua conta marcou 4 golos. Assim Angola melhorou 2 lugares, não conseguindo o primeiro objetivo que era disputar os 8 primeiros lugares.

Em Luanda

7º / 8º Lugares – Moçambique 5 x França 4 – Os moçambicanos começaram algo receosos, mas cedo foram para cima dos franceses e, finalmente, Fred apareceu. Marcou 3 golos e fez a cabeça em água dos defensores contrários. Pelas condições em que o hóquei em patins se encontra em Moçambique, este sétimo lugar, não é um retrocesso, mas sim um êxito. Pelo segundo mundial consecutivo ficou nos 8 primeiros e é seleção africana com melhor lugar na classificação.

5º / 6º Lugares – Brasil 1 x Itália 2 – jogo muito tático, fruto talvez da condição física dos atletas. Cacau marcou o 1 x 0 para o seu Brasil e com este tento deve ter selado a conquista do troféu de melhor marcador deste mundial. Feitas as contas Itália manteve o 5º lugar do mundial transato e o Brasil, fruto da renovação e das condições, melhores, de preparação, subiu 2 degraus na tabela classificativa.

3º / 4º Lugares – Portugal 10 x Chile 3 – Portugal com estes 10 golos passou a ser a seleção com maior número de golos deste campeonato e ao sofrer 3 golos, atingiu a marca dos 9 golos consentidos o que faz com que seja segunda seleção, ficando a Espanha com 7 a liderar neste item. A seleção lusa imprimiu um ritmo forte desse o inicio para não deixar os chilenas imporem o seu jogo pausado e 5 x 0 ao intervalo, quase que sentenciou o resultado. Na segunda metade baixou um pouco de intensidade e permitiu os 3 golos do Chile.

Luís Sénica disse no final que “este jogo foi presente na revolta desta seleção e futuro naquilo em que nós acreditamos” e  “ todos nós precisamos de rigor, credibilidade e seriedade, fomos sérios humildes  e trabalhadores”

1º /2º Lugares – Espanha 4 x Argentina 3 – PENTACAMPEÃ. São 5 contra 5 e no fim ganha a ESPANHA. E está tudo dito.

Um jogo intenso com uma Espanha dominadora desde o inicio chega com toda a justeza a 3 x 0, mas os astros individuias da Argentina nunca se renderam e foram buscar forças aonde elas estavam e com um final empolgante fazem 3 x 3.

Só que, como estavam, a subir “por uma escada rolante descendente”, pararam na igualdade a 2 minutos do fim, quiçá a pensar no prolongamento e chegou o génio do melhor jogador do torneio – Pedro Gil e no ataque seguinte resolveu – ESPANHA CAMPEÃ MUNDIAL ‘2013, PENTACAMPEÃ, 16 TÍTULOS MUNDIAIS, 16 TÍTULOS EUROPEUS  - . 32 no total

PORTUGAL 15 títulos mundiais e 20 titulos europeus – 35 no total. Ainda somos o país com mais títulos do mundo. Até quando?

Classificações individuais

MELHOR MARCADOR – Cláudio Filho “Cacau” (Brasil) – 15 golos

MELHOR G. REDES – Carlos Grau (Espanha)

EQUIPA FAIR-PLAY – Áustria (menos faltas cometidas)

MELHOR JOGADOR DO MUNDIAL – Pedro Gil (Espanha)

Classificação final

1º Espanha                2º Argentina                      3º Portugal                    4º Chile

8º França                    7º Moçambique                6º Brasil                         5º Itália

9º Angola                 10º Suíça                            11º Alemanha               12º Áf. do Sul

16º Uruguai             15º Áustria                         14º Est. Unidos            13º Colômbia

A classificação foi assim apresentada para se visionar desde já as séries do próximo mundial – França’ 2015.

Relativamente a este articulado da “feitura” das séries, achamos que algo deve mudar pois que, com alguma certeza define-se desde já as 4 seleções que vão disputar o titulo, bem como as que vão ficar nos 8 primeiros lugares. Basta para tal olhar para a classificação de 2011 e de 2013.

Também aqui chegou a altura de inovar, melhorando a competitividade. A incerteza do resultado leva à melhoria da competição.

Para quando outra alternativa? Não será chegada a altura de se adaptar a modalidade a quadros competitivos mais interessantes? 

António Gaspar

 

DIA 6 – sexta-feira, 27 de setembro de 2013 

Dia de decisões – Espanha x Chile e Argentina x Portugal, os vencedores estão na final. No outro extremo Estados Unidos x Uruguai e Colômbia x Áustria os derrotados estão no grupo B no próximo ano.

“ O hóquei não é uma agência de viagens” e “O campeonato ficou manchado desportivamente falando” – palavras de Fernando Claro, Presidente da Federação da Patinagem de Portugal na conferência de imprensa no final da meia final que opôs a seleção de Portugal à sua congénere da Argentina.

No seguimento da sua intervenção disse mais “O árbitro espanhol já deu provas da sua incompetência no jogo de ontem da Itália e como prémio veio arbitrar o jogo de Portugal” “Este comité Internacional não defende o hóquei em patins e por isso não deve continuar. A FPP não votou neste comité!”.

De seguida agradeceu aos portugueses e angolanos que apoiaram a seleção e referiu que não mereciam isto que se passou. Por fim deu os parabéns à organização angolana pelas condições que disponibilizou para as equipas e pelo trabalho feito.

“É o primado da incompetência premeditada” palavras de Luís Sénica na conferência de imprensa. “Marcamos 2 golos, isto é, a bola entrou logo no primeiro remate e depois foi confirmada pelo João e os árbitros invalidaram” “Nestas coisas temos de ser sérios. O critério das faltas tem de ser isento” “Esta seleção trabalhou com dignidade e competência e vai ganhar, hoje fomos afastados da final mas com a consciência que somos fortes” “É muito difícil jogar com uma potência”

Assim, quer o presidente da Federação da Patinagem de Portugal, quer o treinador nacional mostraram a sua indignidade pelo que se passou dentro da quadra de jogo na segunda meia final que definiu a Argentina para se juntar à ainda campeã em titulo, a Espanha. Mais logo pelas 21h15 se saberá o vencedor deste 41º campeonato do mundo de hóquei em patins Angola ‘ 2013.

Dos restantes jogos há a destacar os resultados – Espanha 7 x Chile 0, Brasil 7 x Moçambique 5, Itália 6 x França 5.

No jogo do Brasil x Moçambique a árbitra angolana Patrícia Costa averbou vermelho direto ao Guarda Redes de Moçambique, Igor Alves, por palavras dirigidas por este com o resultado ainda favorável a Moçambique que chegou a estar a vencer por 1 x 3. Muito difícil se vai tornar a vida a Zé Querido para levar a sua seleção a fugir ao 8º lugar. De qualquer forma Moçambique continua nos 8 primeiros lugares do Grupo A pelo segundo mundial consecutivo.

Itália x França foi um jogo muito intenso com muitas alternâncias no marcador tendo a França o pássaro na mão, mas nos instantes permitiu não só a igualdade a 5 como em simultâneo com o último segundo de jogo o 6 x 5 final. Já após o apito para o fim do jogo o jogador B. Nedder foi expulso pelo árbitro suíço.

A Espanha dominou e fez a gestão do esforço dos seus jogadores para o dia da final.   

Nos jogos da série do Namibe – disputa do 9º ao 16º lugares – os resultados foram os seguintes –Colômbia 7 x Áustria 3, Suíça 4 x África do Sul 2 (a África do Sul esteve a ganhar 0 x 2), Uruguai 3 x Estados Unidos 6 e Alemanha 1 x Angola 4

Daqui se infere que Uruguai e Áustria já “garantiram” o passe para o Mundial B do próximo ano e serão acompanhados pelo derrotado do Colômbia x Estados Unidos (na 1ª jornada do deste mundial, após 4 x 4 no tempo regulamentar os Estados Unidos venceram nos penaltis 7 x 6 a Colômbia)

Assim para amanhã último dia da prova temos no Namibe e a partir das 9h00 os seguintes jogos:

9h00 – 15º / 16º lugares – Uruguai x Áustria; 10h45 – 13º / 14º lugares – Colômbia x Estados Unidos; 12h30 – 11º / 12º - África do Sul x Alemanha – 9º / 10º lugares – Angola x Suíça

Em Luanda e a partir das 15h15 temos os seguintes jogos:

7º / 8º lugares – Moçambique x França

5º / 6º lugares – Brasil x Itália

3º / 4º lugares – Portugal x Chile

1º /2º lugares – Espanha x Argentina

No inicio da jornada das meias finais foi “brindados” com mais uma tabela dos melhores marcadores ao fim dos quartos de final e é a seguinte

11 GOLOS

Cacau – Brasil

8 GOLOS

Jorge Silva – Portugal

Luís Viana – Portugal

Lucas Karschau – Alemanha

Sérgio Pereira – Alemanha

Nicolas Fernandez – Chile

Pascal Kissing – Suíça 

António Gaspar

 

DIA 5 – quinta-feira, 26 de setembro de 2013 

E começou os quartos de final, quer para os 8 primeiros lugares, quer para os 8 últimos – a glória (o título) e a morte(s) (das 3 seleções que serão relegadas para o Grupo B).

Em Luanda aconteceu a primeira triagem. Das oito equipas – Espanha, França, Itália, Argentina, Brasil, Portugal, Chile e Moçambique – foi feita a triagem para quem vai disputar os 4 primeiros lugares e quem vai para a disputa do 5º ao 8º lugar.

No primeiro jogo da jornada a Argentina nâo começou bem, pois permitiu 2 golos sem resposta e andou atrás do marcador até que aos 5 x 5 no marcador conseguiu fugir até aos 9 x 5 finais.

O Brasil, fruto da capacidade técnica individual de Cacau e Didi e enquanto tiveram “pernas” incomodaram os “alvi-celestes”. Estes, por sua vez com uma equipa recheada de estrelas – jogadores do Barcelona (Matias Pascual), Benfica (Lopez e Abalos), Bassano (Emanuel Garcia), Valdagno (Nicolia, Figueroa, Platero) e Tissino (Dario Fernandez) – tiveram alguma dificuldade de adaptação ao piso da Arena e nem sempre conseguiram explanar o seu jogo.

No final, Argentina para as meias finais e o Brasil a disputar um lugar do 5º ao 8º.

No segundo jogo – Espanha x França -, tal como o selecionador francês tinha dito, os franceses vieram para complicar o jogo dos espanhóis.

Ao intervalo registava-se um 3 x 0 para os campeões em título e na segunda parte um 2 x 3 para os franceses, deu como resultado um score de 5 x 3 favorável aos “nuestros hermanos” (que nestas coisas do hóquei, nem são “nossos” e muito menos “irmãos”

Espanhóis qualificados para as meias e franceses para a disputa do 5º ao 8º.

Itália x Chile, começou de forma um tanto ao quanto diabólica, com 3 Cartões azuis -  2 para os italianos (um deles para o guarda redes Barozzi) e 1 para os chilenos – , nos primeiros 2 minutos de jogo, que não alteraram o marcador, isto apesar de os italianos estarem a jogar somente com 3 jogadores – GR e 2 de JC. 0 x 0 era o resultado ao intervalo.

No final, situação idêntica, agora com um golo para cada lado, obrigou as equipas a irem para um prolongamento sempre incomodo em que o menor deslize deita por terra tudo de bom que tenha sido feito até então. O Chile já se tinha visto nestas andanças – no jogo com Angola.

E eis que a 3’ 38 para o fim, o Chile sentenciou o jogo com o “golo de ouro” através da transformação de uma grande penalidade. Resultado final – Itália 1 x Chile 2.

Este resultado só demonstra que Angola estava colocada num grupo muito difícil com duas excelentes equipas. O Chile com esta vitória já garantiu pelo menos o 4º lugar neste mundial.

Só quem não viu (e os italianos não devem ter visto) o Chile na 1 fase é que se surpreende com este resultado. Agora que venha a Espanha.

No jogo que encerrava a jornada dos quartos de final, Portugal venceu por 6 x 0 sem que Moçambique esboçasse qualquer reação. Foi um jogo em que a ténue oposição dos moçambicanos, que tiveram algumas oportunidades que não foram concretizadas em contrapartida com os portugueses a faturarem. 4 x 0 na 1ª parte para os dois últimos golos só surgirem nos últimos 4 minutos.

Em face destes resultados temos para as meias finais do título os jogos – Espanha x Chile e Argentina x Portugal. Para as classificativas do 5º ao 8º lugar temos – França x Itália e Brasil x Moçambique.

Os jogos do Namibe serviram no dia de hoje para fazer a triagem das seleções que iriam lutar pelos 9º, 10º, 11º e 12º daqueles que irão disputar a fuga à despromoção ao Grupo B.

No Suíça x Uruguai – 16 x 2 – foi por demais evidente que estes uruguaios já estavam em férias e boas férias, nada que se pareça com a Dinamarca Campeã Europeia na Suécia’92. Assim vai direitinha para onde veio – o grupo B

No jogo seguinte, mais do mesmo – Alemanha 12 x Áustria 3. O dado digno de registo foi que a seleção austríaca finalmente marcou golos neste mundial, eles que tinham medo das doenças que pudessem contrair.

Estados Unidos (3º Grupo D) x África do Sul (4º Grupo C) fizeram um jogo cheio de calculismo até ao intervalo em que a seleção sul africana vencia por 0 x 1, com o golo a ser marcado aos 2 minutos de jogo. No reinício chegaram rapidamente a 0 x 3 e a 1 x 5 para permitir o perigoso 3 x 5 e fixar no 4 x 6 final. Assim o principal objetivo da África do Sul está conseguido pois já conseguiu com este resultado a permanência no Grupo A deixando de em 2014 lutar por um lugar entre a elite mundial. Possa agora estruturar um plano de desenvolvimento tendente a criar canais de formação de jogadores e agentes (treinadores, dirigentes e árbitros) da modalidade.

Angola x Colômbia foi o jogo que fechou a jornada do Namibe. Angola entrou a marcar mas a Colômbia empatou e passou para a frente, mas foi “sol de pouca dura” e os angolanos, motivados pelo apoio constante do público acabou por terminar o jogo com uma vitória por 6 x 3.

Para a luta pela despromoção vamos ter amanhã sexta feira os jogos – Estados Unidos x Uruguai e Colômbia x Áustria. Na disputa do 9º lugar temos os jogos – Angola x Alemanha e Suíça x África do Sul.

António Gaspar

Campeonato do Mundo registou ontem segunda pausa

Concluída a fase de grupos, o campeonato do mundo de hóquei em patins, que decorre em Angola desde o passado dia 20, registou ontem, quarta-feira, a segunda pausa.

A organização programou aquele dia para a deslocação das seleções de acordo com a "chave" da segunda fase da prova, que arranca quinta-feira, com a fase do título em Luanda e as classificativas do 9º ao 16º lugares no Namibe.

Os dois primeiros classificados de cada um dos quatros grupos formados cruzam-se na luta pelo título nos quartos-de-final, meias-finais e final, agendados para o pavilhão Multiusos de Luanda.

No Namibe, será disputado o alinhamento do nono ao décimo sexto lugar.

Esta é a segunda pausa da competição que pela primeira vez se disputa em África. A primeira foi dia 21, um dia depois da cerimónia de abertura e a partida inaugural (Angola-África do Sul), com a finalidade de permitir a deslocação dos integrantes dos grupos B e D para o Namibe e hoje para as deslocações das equipas de e para o trajeto Luanda – Namibe.

Tal com as equipas fazem deste dia, dia de reflexão, também nós aqui fazemos alguma análise do que foi e principalmente do que vai ser daqui até sábado, este mundial africano.

Foram marcados até agora 195 golos (não estão contabilizados os golos do desempate por grandes penalidades). A jornada mais produtiva foi a segunda com 76 golos. Justifica-se por ser a jornada intermédia e que já estão praticamente definidas as posições da maioria das equipas, e a menos produtiva a terceira (54), onde ainda se joga lugares classificativos e em que as equipas podem por isso “arriscar” menos. A 1ª teve 65 golos.

Por grupos, foi o grupo C – da nossa seleção – o mais goleador com 62 golos (para isso contribuiu a maior goleada do mundial de Portugal sobre a África do Sul por 21 x 2). Mesmo a nível de jornada, este grupo só perdeu na 1ª para o Grupo A que fez 19 golos e o C fez 18, tendo nas seguintes, 2ª e 3ª, respetivamente 25 e 19.

Estas marcas resultam numa média de 8,125 golos/jogo numa média de 65 golos/jornadas.

A nível de seleções temos como aquela que mais golos marcou a seleção Portuguesa com 31 golos e continua a ser a que maior diferenças de golos entre marcados e sofridos com +25. No lugar de equipa com menos golos sofridos está a Argentina e a França com 3 golos cada uma.

No top negativo temos a registar que a seleção da Áustria ainda não se estreou a marcar tendo sofrido 22 golos. Mas a equipa que mais golos sofreu nesta 1ª fase que agora terminou destaca-se a África do Sul com 39 golos, dos quais 53,8% são por culpa da equipa de Portugal, que concretizou por 21 vezes.

Olhando para os 4 primeiros classificados a seleção menos realizadora foi a Argentina com 16, seguida da Itália com 19, Espanha 25 e em primeiro lugar Portugal com os já referidos 31 golos.

Em termos defensivos, destes 4 concorrentes a equipa que menos permitiu que lhes violassem as redes foi a Argentina com 3 golos. A Espanha, que curiosamente, olhando para os atletas de campo aqui presentes, não apresenta nenhum defesa de raiz, surge em seguida com 4 golos sofridos a par da Itália.

Nesta classificação particular, surge Portugal em 4º lugar com 6 golos sofridos.

Não temos dados estatísticos pois não foram disponibilizados pela organização, nem em termos de marcadores individuais, nem em termos de cartões azuis, nem tempo de jogo de cada atleta.

As classificações de cada série foram similares aos lugares obtidos no último campeonato do mundo, isto é, exetuando o Grupo D, em que a Itália trocou com Moçambique de lugar classificativo e o mesmo aconteceu com os Estados Unidos e Colômbia.

Nos outros grupos mantiveram-se as posições relativas entre os países que resultaram da classificação final do mundial de 2011.

Portugal, Espanha, Argentina e Itália são as favoritas nos jogos dos quartos de final nos confrontos com Moçambique, França, Brasil e Chile respetivamente.

Nos jogos do Namibe, para as classificativas do 9º ao 16º lugares os jogos são os seguintes – Suíça x Uruguai; Alemanha x Áustria; Angola x Colômbia; Estados Unidos x África do Sul.

Pelo que todas elas fizeram na 1ª fase, consideramos claramente favoritas as seleções indicadas em 1º lugar de cada jogo, até porque são as ficaram colocadas em 3º lugares de cada grupo.

A festa vai começar hoje dia 26 de Setembro para jogos de “mata-mata” até à classificação final.

António Gaspar

 

Dia 3

Dia de decisões. Difíceis algumas. Felicidade para alguns, infelicidade para outros. Mas a festa vai continuar.

No grupo A já estavam encontradas as equipas apuradas para as fases seguintes. Brasil e Espanha para a metade superior da tabela classificativa e Suíça e Áustria para a metade inferior. Para esta 3ª jornada faltava decidir o escalonamento da série para encontrar os adversários dos quartos de final em cruzamento com as equipas da Série B.

Assim o jogo Suíça x Áustria decidia o 3º e 4º lugares e com a vitória por 2 x 0 da Suíça  fugiu ao último lugar do grupo.

No jogo Espanha x Brasil para o 1º lugar, apesar de o Brasil ter estado na frente por largo tempo, a sua condição física traí-os e foram derrotados por 5 x 3 e assim Espanha em 1º e Brasil em segundo.

A classificação deste grupo ficou ordenada da seguinte forma – 1º Espanha, 2º Brasil, 3º Suíça, 4º Áustria.

No grupo B, encontrado que já estava o líder da classificação da série – Argentina – faltava a segunda equipa que acompanhava para os quartos de final.

O  “bilhete premiado” foi conseguido pela França que derrotou a Alemanha com um golo aos 3, (isso mesmo, três) minutos de jogo e esse magro e inusitado resultado de 1 x 0, foi suficiente para alcançar a desejada vitória.

No outro jogo, no duelo sul americano – Argentina x Uruguai, a vitória foi da equipa representativa da terra de Maradona, Messi e companhia por 8 x 0, confirmando assim o pleno de vitórias nesta 1ª fase

A classificação deste grupo ficou ordenada da seguinte forma – 1º Argentina, 2º França, 3º Alemanha, 4º Uruguai.

Seguem para o grupo dos primeiros a Argentina e a França, sobrando as favas para a Alemanha e Uruguai que vão lutar pelas classificativas do 9º ao 16º lugares.

No outro grupo do Namibe, o D, a Itália já tinha o apuramento garantido e entrou no jogo com os Estados Unidos com à vontade e venceu por uns esclarecedores 10 x 0.

No Moçambique x Colômbia, os sul americanos ainda podiam aspirar ao apuramento desde que vencessem por margem de 3 golos ou superior. Tal não veio a acontecer e a seleção lusófona do indico ganhou por margem confortável de 5 x 1.

A classificação deste grupo ficou ordenada da seguinte forma – 1º Itália, 2º Moçambique, 3º Estados Unidos, 4º Colômbia.

Finalmente no grupo C, em Luanda e após a “surpresa” – com aspas para quem não viu os desperdícios dos angolanos – da vitória dos chilenos no jogo com os “donos da casa”, a jornada começou com uma folgada vitória do Chile sobre a África do Sul por 10 x 3, relegando a equipa sul africana para o último lugar.

No “escaldante” Angola x Portugal em que para os angolanos só a vitória servia, a equipa portuguesa entrou dominadora, consistente. Angola fez um bom jogo, tentou tudo o que tinha trabalhado, conseguiu inúmeros remates, rodou a equipa para tentar várias soluções, só que do outro lado esteve uma senhora equipa.

Portugal jogou o necessário para controlar as principais incidências das fases do jogo – uma defesa forte, compacta, rápidas saídas para a transição ofensiva, boa circulação de bola quando em ataque posicional e uma rápida transição defensiva que dificultava sempre as ações da equipa angolana.

Se na 1ª parte Angola ainda conseguiu equilibrar o resultado acabando a perder apenas por um golo – 2 x 1 – na etapa complementar os 3 golos sem resposta coartaram qualquer hipótese de recuperação, chegando ao resultado final de 5 x 1

A classificação deste grupo ficou ordenada da seguinte forma – 1º Itália, 2º Moçambique, 3º Estados Unidos, 4º Colômbia.

 

Treinador angolano reconhece superioridade portuguesa

 

O treinador da seleção angolana de hóquei em patins, Orlando Graça, reconheceu terça-feira, em Luanda, a superioridade da similar portuguesa e as dificuldades de finalização como bases da derrota, por 1-5, em jogo da terceira jornada do grupo C, do Campeonato do Mundo da modalidade, disputado no Pavilhão Multiusos de Luanda.

 

Ao falar em conferência de imprensa no final da partida, o técnico apontou a necessidade de fazer uma análise do que se passou e as correcções devidas:

“Os jogadores entraram em campo com uma postura desejada, mas falhamos na finalização. Chegamos várias vezes a baliza adversária, sem no entanto conseguirmos concretizar as oportunidades. Por isso, temos de ser dignos e aceitar os resultados e valorizar as equipas que nos ganharam”, disse.

 

Acrescentou que pelo facto de não se alcançar as perspectivas, o colectivo não poderá ficar satisfeito, mas, considera-se orgulhoso pelo comportamento demonstrado pela selecção nacional. 

 

 

Treinador português determinado na conquista do Mundial

 

O treinador da selecção portuguesa de hóquei em patins, Luís Sénica, garantiu na noite de terça-feira, em Luanda, a determinação da sua equipa em lutar para conquistar o Campeonato do Mundo da modalidade, que se disputa em Angola.

 

Em declarações à imprensa, após vitória sobre a similar angolana, por 5-1, em jogo da terceira jornada da prova, no Pavilhão Multiuso do Kilamba, o técnico afirmou terem cumprido o primeiro objectivo: “Ganhar os jogos foi o objectivo conseguido. Agora vamos lutar para sermos campeões do mundo”, disse.

 

Quanto ao próximo desafio com a congénere de Moçambique, referiu respeitar o adversário, mas aponta o triunfo como prioridade.

 

França carimba à tangente passe para os quartos-de-final

Numa partida épica e com um único golo, de Anthony Weber aos 3 minutos de jogo, a França garantiu hoje, terça-feira, no Namibe, o segundo lugar do grupo B, após vitoria sobre a Alemanha por 1-0, em jogo da terceira jornada do campeonato do mundo de hóquei em patins.

 

O seleccionador da Alemanha, Mike Neubauer, considerou hoje, terça-feira, no pavilhão Welwitschia Mirabilis, que a sua equipa não teve sorte diante da similar da França, em que perdeu por 0-1, no jogo da terceira jornada do grupo B.

 

Falando em conferência de imprensa, o treinador alemão referiu que os seus jogadores tiveram oportunidades de marcar muitos golos, mas a pontaria não foi eficaz principalmente quando faltavam dois minutos para terminar o encontro.

Mike Neubauer explicou que a equipa esteve bem na primeira parte, mas depois de ter sofrido o único golo, teve que se empenhar para poder empatar a partida o que não foi concretizado devido a ineficácia dos jogadores.

Entretanto, o técnico disse que a selecção vai trabalhar no sentido de conseguir a melhor classificação no campeonato do mundo.

Sobre a hospedagem na cidade do Namibe, o técnico considerou óptima, mas solicitou maior encontro entre os jogadores e público para que eles possam se conhecer e trocar experiência.

Capitão Francês antevê dificuldades com Espanha

O capitão da selecção da França, Cirilo Garcia, afirmou hoje, terça-feira, na cidade do Namibe, que a equipa francesa terá “grandes” dificuldades para vencer a Espanha em Luanda, nos jogos dos quartos de final.

O capitão gaulês de nacionalidade argentina, que prestava informações a imprensa, após o jogo em que a sua selecção venceu por 1-0 a similar da Alemanha, afirmou que Espanha é favorita, mas vão jogar para contrariar o favoritismo.

“ Vamos à Luanda com a intenção de fazer o nosso jogo, e mais uma vez temos a esperança que vamos passar para outra fase do campeonato do mundo de hóquei em patins”, realçou.

Em relação ao jogo de hoje, o capitão da França  explicou que foi uma vitoria difícil, uma vez que Alemanha soube posicionar-se na quadra e não dando espaços de golos.

A França ficou no segundo lugar do grupo B com seis pontos.

Técnico Galês satisfeito com a evolução dos jogadores

O treinador da selecção da França, Fabien Savreux, mostrou-se hoje, terça-feira, no pavilhão Welwitschia Mirabilis, no Namibe, satisfeito com o desempenho dos seus atletas que qualificaram-se para os quartos de final ao vencer a Alemanha por, 1-0.

Falando em conferência de imprensa, o técnico gaulês disse que os seus atletas conseguiram cumprir com os objectivos, embora o ataque não resultou em eficácia atendendo as oportunidades de golos que tiveram ao longo da partida.

“ Agora a equipa está a jogar na medida, por isso iremos a Luanda com determinação para poder contrariar o favoritismo dos espanhóis, embora ser difícil, uma vez que a Espanha conhece muito bem o pavilhão de Luanda”, considerou o técnico.

Fabien Savreux referiu que, a selecção francesa deixa a cidade do Namibe esta quarta-feira, com “muitas” preocupações sendo que a Espanha vai aproveitar o factor tempo e o conhecimento do pavilhão para fazer o seu jogo.

Entretanto para contrapor a situação, o treinador francês informou que equipa técnica vai trabalhar principalmente nos aspectos psicológicos na perspectiva de recuperar os jogadores.

Fabien Savreux manifestou-se no entanto regozijado com a organização do campeonato a nível da província do Namibe, palco dos grupos B e D, tendo considerado de positivo.

 

Marcadores

Para espanto de todos os jornalistas aqui presentes, fomos hoje "brindados" com "uma" lista dos melhores marcadores ao fim da segunda jornada, e ela é assim constituida:
 
7 GOLOS
 
Cacau (Brasil)
Luís Viana (Portugal)
 
6 GOLOS
 
João Rodrigues (Portugal)
Jorge Silva (Portugal)
 
5 GOLOS
 
Lucas Karschau (Alemanha)
Didi (Brasil)
 
4 GOLOS
 
Selva (Espanha)
Perez (Espanha)
Wilfried Roux (França)
 
Foi a lista que foi disponibilizada pela organização através do "KAISSARINHA" (Jornal do Mundial).
É interessante de ver e lembrar que ontem na goleada de 21 x 2 à África do Sul, Jorge Silva marcou - garantidamente - 7 golos, mas como podem ver na lista tem 6 contabilizados
 

António Gaspar

Dia 2 – 23 de Setembro de 2013

Numa competição com 4 séries de 4 seleções, o segundo dia de prova serve já para definir o escalonamento para a segunda fase da prova.

Na série A o Brasil e a Espanha, ao vencerem respetivamente a Suíça por 4 x 2 e a Áustria por 11 x 0, resultou desde já o apuramento para a série de disputa do título, ficando para a 3ª jornada a classificação final que sairá do confronto direto entre eles, agendado para amanhã pelas 19h30, antes do escaldante Portugal x Angola.

No Namibe e a contar para o grupo B aconteceu a primeira goleada por números com dois dígitos da prova com a robusta vitória por 13 x 0 da França sobre o Uruguai e no outro jogo a Argentina cumpriu o calendário vencendo a Alemanha por 5 x 2, garantindo o apuramento e o primeiro lugar do grupo na passagem para a fase 2.

Amanhã no confronto entre franceses e alemães se decidirá quem acompanha a Argentina na passagem para os quartos de final.

Ainda no Namibe e para o Grupo D defrontaram-se Moçambique x Estados Unidos e Colômbia x Itália.

Moçambique cumpriu e ganhou por 4 x 2 e fica numa posição privilegiada para alcançar o segundo lugar do grupo e assim ser apurada para os 8 primeiros.

No outro jogo do grupo os Italianos levaram de vencida os Colombianos por 5 x 3 e garantiram o primeiro lugar do grupo e vão esperar pela 3ª jornada para saber quem os acompanha.

Finalmente para o nosso grupo, em Luanda, no Pavilhão Multiusos do Kilamba jogaram Portugal x África do Sul e Angola x Chile.

No jogo da “equipa de todos nós” os nossos jogadores não podiam começar melhor com um golo logo aos 19 segundos de jogo e por aí fora até ao score final de 21 x 2. Foi um jogo para trabalhar os esquemas ofensivos, as transições e o trabalho de finalização, encarando o jogo com seriedade e onde as duas notas de registo foi a utilização do guarda-redes Pedro Henriques na segunda parte, fazendo assim a sua estreia em Mundiais e neste momento ser o Capitão Valter Neves o único jogador de campo que ainda não marcou qualquer golo nesta prova.

No final, em conferência de imprensa o técnico nacional destacou a intensidade que a equipa colocou no jogo e a forma como o abordou no sentido de respeitar o adversário dando o máximo na defesa do jogo e do espetáculo. Por sua vez, Valter Neves, considerou positiva a prestação da equipa portuguesa, preparada para ir jogo a jogo até à vitória final.

No outro jogo do grupo Angola chegou ao intervalo a ganhar por 1 x 0, mas permitiu o empate com que terminou o tempo regulamentar. Como neste Mundial não são permitido empates, seguiu-se o tempo extra de 10 minutos, divididos em duas partes de 5 e nada se alterou o que levou toda a gente para os dramáticos penaltis onde a sorte sorriu aos chilenos.

Agora para os Angolanos o jogo de amanhã torna-se crucial, como única tentativa de poder ainda explorar as suas hipóteses de se apurar para os quartos de final.

O Chile utilizou uma estratégia de “força de bloqueio” ou de “resistência passiva” em que entre marcar ou não sofrer optou pela segunda hipótese e percebeu que por cada avançar do cronómetro mais força encontrava e fundamentalmente mais pressão colocava nos jogadores adversários.

Temos então neste grupo a nossa seleção com os pés no 1º lugar e o Chile, ganhando à África do Sul, esperar que o normal aconteça com a vitória de Portugal.

Como registo final aproveito para informar que o atleta Alan Fernandes – a jogar pelo Brasil – se lesionou ainda no decorrer da 1ª parte do jogo de hoje com a Suíça, no joelho esquerdo com algum aparato. Prontamente socorrido pelos serviços médicos presentes, já fez uma ressonância e não acusou qualquer lesão grave, ficando em repouso na jornada de amanhã e tem autorização médica para jogar a partir de 5ª feira.

António Gaspar

Dia 1B... (o 1A foi a 20 de Setembro)

Hoje começou a maratona de jogos da 1ª fase do 41º Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins - Angola '2013

Agora e durante 3 dias em Luanda - Séries A e C - e no Namibe - Séries B e D - desenrolar-se-ão os jogos da 1ª fase para apuramento das 8 seleções que vão disputar os primeiros lugares e consequentemente o título de CAMPEÃO e as restantes 8 seleções - 3ª e 4ª classificadas de cada série - para disputarem as classificativas do 9º ao 16º lugares e que definiram as três últimas seleções que baixarão ao Mundial B no próximo ano.

A máquina está montada, pese o fato de não estar ainda bem oleada, mas mais uma jornada e tudo entrará em velocidade de cruzeiro.

As seleções que se prepararam com mais ou menos condições, mas todas com afinco para chegarem aos objectivos definidos.

Muitos golos vão ser marcados, muitos mais vão passar ao lado, mas no final todos em festa, vão comemorar mais um Mundial.

Só a 28 de Setembro se fazem as contas, mas até lado muitas se vão fazer nesta fase para conseguirem os desideratos de cada um.

E a começar desde já com os Estados Unidos a deixarem a sua marca na história deste evento ao levarem de vencida a Colômbia por 7 x 6 – apesar de ser em mais uma “inovação” (que teve a sua primeira aparição no Mundial Feminino do Japão) em que os jogos não podem terminar empatados, isto num CAMPEONATO sob regulamentos da CIRH em que diz que a vitória vale 3 pontos, o Empate 1 ponto e a Derrota 0 (Zero) pontos – e assim arredaram (quase) desde já os sul americanos do segundo lugar do grupo.

Para o mesmo grupo o jogo Itália x Moçambique terminou com a vitória dos transalpinos por 4 x 1 e assim garantiram praticamente o 1º lugar do grupo.

O grupo B, começou com uma Alemanha, treinada pelo Mike, jogador da Associação Académica de Coimbra na década de 80 do século passado, a levar de vencida o Uruguay, última equipa a chegar a este palco e repescada para substituir a Inglaterra que por problemas vários declinou a sua participação, com um score dilatado de 10 x 1, com 5 x 0 já ao intervalo

Neste grupo, o Argentina  x França definiu o primeiro lugar do grupo e ele vai inteirinho para a Argentina que trás uma equipa com apenas dois sobreviventes do último campeonato, mas cheia de valores que tem mostrado o quanto valem pelos palcos da europa. No final 3 x 1 para os homens das pampas e que devem dar já a liderança final do grupo B.

Nas séries da Luanda e começando pela séria A, no primeiro jogo da jornada o Brasil passeou a sua classe em frente da frágil Áustria, vencendo por 9 x 0 com 4 x 0 ao meio tempo. A destacar os 5 golos de Cacau e 3 de Didi, os motores da equipa do país irmão, que foram bem secundados pelo “portugues” Alan Fernandes e pelo bem conhecido Bruno Matos (ex Santa Clara, Candelária e Barcelos). O outro golo para a conta final foi conseguido pelo jovem Diego Dias.

No outro jogo da série, pese o facto da a Espanha só ter 1 x 0 de margem ao intervalo, marcando o golo com 1’45 de jogo por Mac Gual, entrou na segunda parte com um golo de J. Selva a finalizar um Contra Ataque aos 1’52 de jogo o que fez com que logo 41’’ depois A. Perez elevado para 3 x 0 terminando o jogo com uns esclarecedores 9 x 1 finais que demonstraram que os treta campeões estão aqui para o penta.

Na série de Portugal, que teve o primeiro jogo na sexta feira com a Angola a derrotar o África do Sul por 8 x 2, a nossa equipa cumpriu com a “obrigação” de ganhar e assim aconteceu com 5 x 3 final, apesar de a exibição não ter sido tão conseguida como desejado. Mas se por um lado a equipa chilena não conseguiu jogar, apresentando um hóquei muito fraco, por outro podemos queixarmo-nos de 3 bolas no ferro ainda na 1ª parte e a ansiedade do primeiro jogo ter influenciado a nossa prestação.

Mas neste campeonato, mais do que a exibição, conta o resultado e esse foi de encontro aos objetivos

Amanhã temos então a 2ª jornada para todos os grupos com jogos para vários gostos, mas isso fica para o lançamento da jornada.

 

Surpresa

Primeira surpresa no Mundial de Hóquei e Patins a decorrer em Angola.

Na cidade do Namibe, no 1º jogo do dia - Estados Unidos x Colômbia, no final dos 40 minutos de jogo registava-se uma igualdade a 4 bolas... e surpresa 1 - decorreu um prolongamento em que não houve golos e seguiu-se o desempate por grandes penalidades e.... surpresa 2 - o Estados Unidos venceram por 7x6.

Muito dificil se torna atingir o segundo lugar do grupo, como era objectivo expresso pelo treinador asturiano Fernando Sierra.

Portanto para a história fica Estados Unidos 7 x Colômbia 6

António Gaspar

Receção na Escola Portuguesa de Luanda

 

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António Gaspar

Receção na Escola Portuguesa de Luanda

 

A Seleção Portuguesa teve hoje dia 20 de Setembro uma receção na Escola Portuguesa de Luanda - EPL.
 
De forma entusiástica a comitiva nacional foi recebida pelos alunos e professores da EPL. Mais do que as palavras as imagens junto são demonstrativas do calor humano que rodeou todos os integrantes do selecionado que foram acompanhados pelo Embaixador Português em Angola e pelo Secretário de Estado da Juventude e Desportos do governo central.
 
À chegada, o coro da EPL cantou o Hino Nacional Angolano seguido da nossa bem conhecida "A Portuguesa", hino este que tem um encanto especial quando ouvido a kilómetros de distância do solo pátrio.
 
Após a entrega de desenhos e trabalhos dos alunos desde o pré escolar até ao secundário, os atletas, e não só..., foram literalmente abalroados para a caça aos autógrafos, nas fotos/postais que foram distribuídos pela comitiva e por todos os cadernos e não só que os alunos tinham.
 
Foi uma manhã diferente e que muita motivação, se é que mais seria necessário, deu a quem está focalizado na conquista do lugar primeiro do pódium. 


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António Gaspar

Chegou o dia...

Desportivamente falando, cruza-se hoje mais uma data especial, assumindo a particularidade de ganhar espaço próprio nas páginas da História. O 20 de Setembro junta-se a outras datas que marcaram o início de eventos de tamanha grandeza desportiva realizados em Angola, naquilo que, em bom rigor, acaba por ser um teste à capacidade empreendedora de um país ainda com resquícios de um passado marcado a ferrete.

Não vai para muito tempo, Angola chamou a si a responsabilidade de acolher o Campeonato Africano de Futebol das Nações (CAN’2010), qual desafio foi aquele, com a construção de quatro estádios de raiz em quatro províncias sedes, e a partir de hoje junta no seu regaço a nata do hóquei em patins. Trata-se de uma retumbante vitória, que projecta o seu nome e prestigio para os píncaros da celebridade.

É, pois, a primeira vez que, em 40 edições já realizadas, a competição tem lugar no continente africano. Assim como a África do Sul que, em 2010, teve o privilégio de cá trazer o primeiro campeonato mundial de futebol, Angola também assina o seu nome na lista dos africanos mais ousados, com propensão para abraçar projectos arrojados, com convicção vitoriosa realizando o 1º Campeonato Mundial de desportos de pavilhão em África.

Senhora e senhores, aí está o mundial de hóquei em patins, para ser vivido até à exaustão, não fossem os angolanos um povo entusiasta, que na sua forma de ser e de estar sabe valorizar o belo que há na arte do jogo da bola. Luanda e Namibe, já em vestes festivas, prometem escaldar nos próximos dias. Serão, de resto, dez dias de renhida refrega nas quadras, esperando-se apenas por jogos de apurado teor qualitativo e apurado espírito de fair play, sendo o mundial uma montra só reservada aos melhores.

O país está mobilizado para fazer a festa. Claro está que o hóquei em patins, mesmo não sendo uma modalidade de elite, não é porém um desporto popularizado entre nós. Mas, o trabalho de organização da prova não esteve alheio ao trabalho de marketing, que teve o seu efeito. Os angolanos, sobretudo nas cidades sede, falam hoje do hóquei em patins no mesmo tom com que falam de futebol, andebol ou basquetebol. 

Competitivamente, espera-se que as maiores potências da modalidade correspondam à expectativa. Espanha, Portugal e Argentina, detentores do mais rico palmarés, estão aí para mostrarem o seu valor real, que os consagra como os “senhores” donos do hóquei em patins mais expressivo que se pratica à superfície da Terra.

Enfim, Angola sorri de alegria. De forma diferente não podia ser para quem acreditou na concretização de um projeto tão ingente como este. Na certa, respiram de alívio os membros da comissão organizadora, os únicos que estarão em condições de explicar as diferentes etapas que o processo conheceu, as boas e más fases e os momentos em que, se calhar, o pessimismo chegou a ameaçar o lugar do otimismo.

Mas, pelo que hoje a prática nos dá a ver, reinou a garra, a determinação e a crença no êxito. Os pavilhões construídos de raiz aí estão, feitos em verdadeiros comerciantes de charme e imponência. Estando a casa arrumada para a festa que se pretende e se espera de requinte, e chegados aqui, podemos concluir que, removida a areia e feita a travessia do deserto valeu a pena o desafio. Chegámos ao dia…


Moldes de disputa
do campeonato


O Campeonato do Mundo de hóquei em patins é a principal competição entre seleções nacionais e disputa-se de dois em dois anos, tanto na vertente masculina como na feminina. É uma prova organizada pelo Comité Internacional de Rink Hockey (CIRH) e a Federação Internacional de Roller Sporting (FIRS). 

O campeonato do mundo de hóquei em patins divide-se em dois escalões, A e B. O A engloba as 16 melhores seleções do mundo, ao passo que no B jogam seleções de nível inferior.

É disputado em duas fases. Na primeira, as seleções são colocadas em quatro grupos, de quatro equipas cada, que se designam A,B,C e D, constituídas pela classificação do Campeonato anterior. As equipas de cada grupo defrontam-se, a uma mão. Os dois primeiros classificados apuram-se para os quartos-de-final, ao passo que os últimos ficam relegados à disputa das classificativas, do nono ao último lugar.

A segunda fase corresponde às eliminatórias diretas que se disputam desde os quartos-de- final, meias-finais, final e classificativas. Nos quartos-de-final as seleções nacionais apuradas dos grupos A e B defrontam-se em sistema cruzado. Os primeiros classificados jogam com os segundos e os vencedores apuram-se para a meia-final. Acontece o mesmo com as equipas apuradas nos grupos C e D.

Os conjuntos nacionais que perderem jogam classificativas para do quinto ao oitavo lugar. As seleções nacionais que perderem na meia-final jogam pelo terceiro lugar, ao passo que as vencedoras vão disputar o título mundial no jogo da final.

As três últimas classificadas baixam para disputarem, no ano seguinte, o campeonato do mundo B. Muitas seleções têm assim a possibilidade de disputar mundiais A e B seguidos, porque após baixarem para o mundial B, geralmente as equipas conseguem colocar-se entre os três primeiros classificados e isso permite-lhes regressarem ao mundial A, que se disputa logo após aquele em que tinham descido.


Argentinos em maioria

O campeonato mundial que Angola acolhe a partir de hoje tem a particularidade de ser o que mais atletas naturalizados vai inscrever. A naturalização de atletas, uma prática que encontrou sempre terreno fértil no futebol e no basquetebol, ganha corpo no hóquei em patins, e em Angola muitos atletas nesta condição vão estrear-se a jogar pelos seus novos países.

Martin Payero, san-juanino que se naturalizou angolano, pode ser de todos o único que faz a sua estreia no mundial por um segundo país, já que, segundo dados disponíveis os outros nunca jogaram um mundial de seniores pela Argentina.

Martin alinhou pela equipa das pampas nos mundiais de 2003, em Oliveira de Azeméis, Portugal e em San José (EUA) 2005. A França vem a Angola com dois argentinos naturalizados, Cirilo Garcia e Alberto Morales “Bebo”. O Brasil traz Alan Fernandes, que agora é brasileiro bem como Pedro Cuvelo, ambos portugueses. Há ainda argentinos naturalizados na equipa da Itália e dois portugueses na equipa da Alemanha. Não sendo portugueses de nacionalidade, a equipa sul africana tem na sua maioria descendentes lusos.

Outra curiosidade desta ordem, a equipa norte americana tem nas suas fileiras um “jovem”, Englund de seu nome que na época de 1999/2000 foi atleta júnior do SC Marinhense

António Gaspar

e acredita na conquista do 5º título consecutivo...

A seleção espanhola de Hóquei em Patins chegou ao princípio da noite de hoje, a Luanda, confiante na conquista do quinto título consecutivo do Campeonato do Mundo da modalidade, que decorre de 20 a 28 do presente, nas cidades de Luanda e Namibe.

O técnico principal da seleção, Carlos Feriche, disse que “na verdade, para nós a conquista do quinto título consecutivo seria a realização de um sonho, pois seria um feito histórico no mundo dos desportos e no hóquei em patins em particular”.

Para o técnico, apesar de Portugal e Argentina, serem sérios candidatos, “este é o sonho espanhol e tudo faremos para concretiza-lo”.

Apontou Angola e a Itália como outros potenciais candidatos, por serem duas seleções que têm mostrado bastante trabalho. No caso de Angola, destacou o factor casa e organização, bem como por jogar diante do seu público, no seu campo e com toda a envolvência de ter uma boa equipa, com boas opções.

“Ainda assim trazemos uma seleção bastante competitiva de 10 jogadores, que teve a melhor preparação de sempre, por isso acreditamos nessa conquista”, afirmou.

Para o médio da seleção, Jordi Bargalló, “este vai ser um grande mundial e temos a esperança de levar o título para Espanha”.

O jogador do Liceu de La Corunha, que se desloca pela primeira vez ao continente africano, espera conhecer um pouco a sociedade angolana e a maneira de viver do seu povo.

A seleção de Espanha já foi 15 vezes campeão do mundo de hóquei em patins, sendo atual Tetra-Campeã (detentora de quatro títulos consecutivos), uma vez que ganhou os campeonatos de 2005, 2007, 2009 e de 2011.

Localizado no Camama II, junto à centralidade do Kilamba e do estádio 11 de Novembro, o Pavilhão Multiusos de Luanda, inaugurado hoje pelo Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, para o mundial de hóquei em patins a iniciar sexta-feira, possui capacidade para 12.720 espectadores e foi erguido em nove meses e 15 dias pela construtora angolana ?Omatapalo?.(estrada num dialeto local)

O local definido para a implantação é marcado pelo eixo de distribuição circular cidade capital, via expresso, numa infra-estrutura cujos módulos de sombreamento são compostos por estruturas metálicas de suporte a telas tensionadas de cor cinza, mas que assumem diferentes níveis de transparência consoante a intensidade da iluminação.
 
Com vista a garantir a protecção das áreas, impedir a propagação de incêndios, o edifício encontra-se compartimentado em vários espaços organizados de forma a permitir, em caso de sinistro, que os espectadores possam alcançar um lugar seguro no exterior de modo fácil e rápido.
 
As galerias dos pisos elevados do pavilhão são encerradas exteriormente por 156 módulos, compostos por uma estrutura metálica de dois perfis principais ligados entre si.

No piso zero (0) situam-se os serviços e áreas afectas ao público em geral, nomeadamente balcões de informação, bares e instalações sanitárias, enquanto no topo estão os acessos para os VIP e imprensa, administração, agentes desportivos e adeptos com mobilidade reduzida.

No piso 1, além da quadra de jogo, possui diversas zonas de apoio às modalidades desportivas, balneários de atletas, de árbitros e treinadores, zonas de aquecimento, posto médico, controlo anti-doping e áreas de apoio para a comunicação social como salas de imprensa, redacção, entrevistas rápidas e conferência de imprensa.
 
Em complemento surgem as áreas técnicas de manutenção de apoio ao pessoal, integrando vestiários e respectivas instalações de suporte e uma esquadra da Polícia Nacional.

O último nível retoma as bancadas destinadas ao público geral, com acesso às várias colunas de escadas garantindo conforto e segurança. A bancada de maior inclinação garante óptimas condições de visibilidade.

Embora originalmente projectado para receber o primeiro campeonato do mundo de hóquei em patins, o primeiro a disputar-se em África, o Multidesportivo de Luanda tem condições para jogos de outras modalidades de sala devido às bancadas removíveis.

Na configuração para hóquei em patins, cabem no recinto 12.720 espectadores numa área de 1.630 metros quadrados. Todavia, para configuração de eventos em que se queira maximizar a área disponível ao nível da arena, perde 2.838 lugares mas ganha 2.000 metros quadrados passando a ter arena livre de 3.490 metros quadrados.

A área bruta da construção cifra-se em 30 mil metros quadrados. O estacionamento exterior tem capacidade para 873 viaturas e a interior 47, além do espaço para táxis e outros transportes públicos com 27 metros quadrados.